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quinta-feira, 11 de junho de 2020

HISTÓRIA - As consequências da II Guerra e a ameaça fascista hoje - 3º ano - 08 a 12/06

As consequências da II Guerra: a ameaça fascista hoje 


A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E SEUS IMPACTOS EM NÍVEL GLOBAL

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito marcante na história da humanidade por diversos motivos – um deles é o gigantesco número de mortes. Entre os anos de 1939 e 1945, 72 nações – incluindo o Brasil – se envolveram em operações militares, que resultaram na morte de aproximadamente 45 milhões de pessoas. A grande maioria delas pertencente a uma minoria étnica chamados de judeus que ficou mundialmente conhecido como "Holocausto". Vamos conhecer um pouco mais do que foi esse terrível acontecimento.

Holocausto

Holocausto é como ficou conhecido o genocídio de judeus realizado a comando dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Pelos judeus, ele é conhecido como Shoá, palavra em hebraico que significa “calamidade”. Ao longo da guerra, os nazistas realizaram ações sistemáticas de extermínio dessa etnia, e o resultado disso foi 6 milhões de pessoas mortas.

Os nazistas nomearam o seu programa de extermínio dos judeus como Solução Final, e, durante esse programa, também foram perseguidos comunistas, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, pessoas com problemas físicos e mentais etc. Entre as práticas realizadas no Holocausto estão o fuzilamento em massa de indivíduos, a utilização dos prisioneiros como trabalhadores escravos, o aprisionamento em guetos e campos de concentração, entre outras.

Como se iniciou o Holocausto?

Na faixa está escrito “Alemães não compram em lojas de judeus”. O antissemitismo na sociedade alemã levou ao genocídio conhecido como Holocausto.
O Holocausto não foi um acontecimento casual e repentino. O genocídio dos judeus pela Europa foi resultado de um longo caminho de perseguição contra essas pessoas e foi consequência direta do forte antissemitismo que existia em todo o continente. No caso da Alemanha, o antissemitismo era muito forte desde o século XIX.

Primeiramente existem historiadores que argumentam que genocídios como o Holocausto foram baseados em ações do neocolonialismo. A crueldade e os assassinatos em massa cometidos contra diferentes povos na África deram força prática a ideias antissemitas. Os alemães, inclusive, foram os responsáveis pelo genocídio do povo hererós, que habitava a região da atual Namíbia.

No caso dos judeus na Alemanha, o primeiro momento de todo esse processo de extermínio deu-se por meio do discurso de ódio. A retórica contra eles fortaleceu-se no pós-Primeira Guerra e transformou-os em bode expiatório da derrota alemã. Todo tipo de teoria conspiratória passou a ser destilado contra os judeus, e quando os nazistas alcançaram o poder, o discurso virou ação.

Assim os judeus foram expulsos do serviço público, depois tiveram suas lojas boicotadas e atacadas. A perseguição nas ruas aumentou consideravelmente, e os casos de violência física começaram a acontecer. Depois eles foram proibidos de casar-se com não judeus, pedidos de cidadania para judeus estrangeiros foram negados, e os judeus alemães tiveram sua cidadania retirada.

Os judeus foram privados de liberdade e de todos os direitos enquanto cidadãos. Quando a guerra começou, os nazistas intensificaram o roubo de seus bens e começaram a agrupá-los em guetos, em algumas partes da Europa. Do alto comando do Partido Nazista veio a ordem de extermínio, e daí vieram todos os horrores do Holocausto.

Dois momentos marcantes no antissemitismo na Alemanha deram-se com as Leis de Nuremberg e a Noite dos Cristais. Ambas serviram como termômetros importantes do grau de ódio e preconceito contra os judeus e delimitaram o avanço sistemático contra eles na Alemanha.



Leis de Nuremberg

As Leis de Nuremberg foram decretadas em 1935 e estabeleceram os princípios para a determinação da cidadania alemã. Aqueles que tivessem ¾ de sangue judeu em sua descendência não teriam direito à cidadania alemã. Assim, definia-se os judeus apenas como “sujeitos de Estado”, isto é, eles não tinham direitos, mas deviam cumprir suas obrigações civis.

Por meio dessas leis, proibiu-se o casamento entre judeus e não judeus, assim como as relações sexuais entre judeus e não judeus, e quem não as cumprisse era acusado de “corrupção sexual”. Os judeus também foram proibidos de contratar empregadas domésticas alemãs com menos de 45 anos de idade.

Noite dos Cristais

Loja judia atacada durante a Noite dos Cristais, em 1938.
A Noite dos Cristais foi um pogrom, isto é, um ataque violento coordenado contra um certo grupo que, nesse caso, eram os judeus. Esse ataque foi ordenado pela própria cúpula nazista e realizado na virada de 9 para 10 de novembro de 1938. A investida espalhou-se por toda a Alemanha, com os judeus sendo atacados em suas residências, além de terem tido suas lojas, e até sinagogas, destruídas em todo o país.

A Noite dos Cristais resultou na destruição de mais de mil sinagogas, além da morte provável de mais de mil pessoas, embora o número oficial determine que apenas 91 pessoas foram mortas. A Noite dos Cristais também deu início ao aprisionamento de judeus em campos de concentração, pois 30 mil deles foram presos e encaminhados para os campos de Buchenwald, Dachau e Sachsenhausen.

Solução Final

Após o início da Segunda Guerra Mundial, um debate muito importante no interior do Partido Nazista era “a questão judia”. Adolf Hitler tinha como ideia inicial promover o extermínio dos judeus após a vitória alemã nesse conflito. Enquanto isso, os nazistas continuavam aprisionando-os e promovendo todo tipo de absurdo contra eles.

A violência contra os judeus era consideravelmente maior no leste europeu. Na Polônia, por exemplo, eles foram obrigados a mudar-se para guetos, locais onde milhares deles foram agrupados em um pequeno espaço de terra. Os judeus já eram sujeitos a jornadas de trabalho forçado na Alemanha, e, com a guerra, isso se estendeu por essa porção do continente.

Uma série de ideias, nesse sentido, foi proposta pela cúpula nazista, como a deportação dos judeus para a União Soviética e para Madagáscar, na África. No entanto, à medida que os nazistas perdiam o controle da guerra, as ações contra essa etnia radicalizavam-se. Até que Reinhard Heydrich e Heinrich Himmler elaboraram o plano conhecido como Solução Final.

O nome Solução Final foi utilizado pelos nazistas como um eufemismo para o extermínio dos judeus. Esse plano estipulou que eles deveriam ser fisicamente eliminados, e isso deu início a uma série de ações. Neste texto destacaremos o papel dos Einsatzgruppen (grupos de extermínio) e dos campos de concentração criados durante o Holocausto.

➥ Filme: A lista de Schindler - Cena - Menina do vestido Vermelho
Cena que nos dá uma ideia de como foi a perseguição realizada pelos nazistas alemães às famílias judias durante a Segunda Guerra.


Grupos de extermínio

A ação desses grupos deu-se no leste europeu e tornou-se uma prioridade dos alemães na guerra, na medida em que os objetivos de conquista territorial não eram alcançados. No final de 1941, a posição dos nazistas em relação aos judeus era de que os que não poderiam trabalhar seriam sumariamente executados.

Em algumas regiões do leste europeu, os grupos de extermínio promoveram uma limpeza étnica sem se importar com a utilização dos judeus como mão de obra. Conhecidos como Einsatzgruppen, os grupos de extermínio incluíam membros do exército alemão, da SS (organização paramilitar — Schutzstaffel) e das polícias nazistas.

Os grupos de extermínio atuaram atrás das linhas alemãs, isto é, agiam nas regiões já dominadas pelos nazistas, e faziam-no em quatro grandes grupos. O papel dos grupos de extermínio era reunir todos os judeus de certa localidade, executá-los e enterrá-los em valas comuns. Os quatro grupos ficaram conhecidos como Einsatzgruppe (A), Einsatzgruppe (B), Einsatzgruppe (C) e Einsatzgruppe (D).

Os grupos de extermínio efetuavam a limpeza étnica por meio de fuzilamentos em massa. Em locais como a Lituânia, esses grupos foram responsáveis pela morte de mais de 110 mil judeus. Um exemplo bastante conhecido do modus operandi dos grupos de extermínio deu-se com o Massacre de Babi Yar, que aconteceu em setembro de 1941.

Esse massacre ocorreu como vingança dos nazistas contra um ataque da resistência soviética a um prédio ocupado pelos nazistas em Kiev. Após isso os nazistas ordenaram o fuzilamento de todos os judeus de Kiev, e, em 36 horas, 33.761 judeus foram fuzilados e colocados em valas comuns.

O historiador Timothy Snyder afirmou que a ação dos grupos de extermínio foi responsável pela morte de 1 milhão de judeus durante toda a Segunda Guerra|1|. Já o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos afirma que eles foram responsáveis pela morte de, pelo menos, 1,5 milhão de judeus|2|.

Campos de concentração

Crianças judias separadas de seus pais em campos de concentração alemães durante a II Guerra.

Os campos de concentração foram locais encontrados pelos nazistas para ampliar o extermínio dos judeus na Europa, uma vez que os Einsatzgruppen não conseguiam promover a matança na velocidade que a situação alemã na guerra demandava. Desse modo, muitos judeus eram encaminhados para campos de concentração, e, quando não eram mais necessários, iam para os campos de extermínio.

Os campos de concentração executavam os judeus por meio das câmaras de gás. Nelas, eles poderiam morrer pelo uso do monóxido de carbono, que asfixiava suas vítimas, ou do Zyklon-B, pesticida que, ao ser aquecido, liberava um gás que garantia a morte da vítima por intoxicação aguda. O uso da câmara de gás foi uma ideia tirada do Aktion T4 — programa pelo qual os nazistas executavam pessoas com distúrbios mentais ou deficiência física.

Os campos de extermínio criados pelos nazistas para lidar com “questão judia” foram: Auschwitz-Birkenau, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka. Somando todos esses campos, estipula-se que eles mataram 3 milhões de pessoas. Somente em Auschwitz-Birkenau morreram 1,2 milhão de pessoas aproximadamente.

Além das execuções, os judeus também poderiam morrer por diversos fatores relacionados ao tratamento diário que recebiam. O trabalho exaustivo, as violências rotineiras, a má alimentação e as péssimas condições de vida e higiene fizeram com que outros milhares deles morressem de exaustão, inanição e doenças diversas.

Os campos de concentração foram responsáveis pela morte de milhões de pessoas.

Como acabou o Holocausto?

O Holocausto teve fim com a derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Desse modo, à medida que os nazistas perdiam território, os campos de concentração eram liberados pelas forças aliadas, e seus prisioneiros, libertos. Tanto soviéticos quanto americanos realizaram essa liberação. Como mencionado, o saldo de mortos ao final do Holocausto foi de 6 milhões de pessoas.

Depois da derrota alemã, dezenas de oficiais nazistas foram julgados, no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg, pelos crimes de guerra e contra humanidade, incluídas as ações do Holocausto. Entre os julgados, houve condenações à morte, prisão perpétua, prisão temporária e absolvições.

Milhões de judeus foram resgatados com vida dos campos de concentração após a derrota nazista em 1945. 


➥A CASA DO HORROR: VISITA AO CAMPO DE AUSCHWITZ


➥ O QUE É FASCISMO E O PERIGO DO FASCISMO HOJE!



Filmes

O Holocausto é um dos temas históricos mais abordados pelo cinema, e, portanto, existe uma grande variedade de produções que o aborda. Entre os filmes, alguns títulos são:
  • A lista de Schindler (1993), dirigido por Steven Spielberg.
  • O menino do pijama listrado (2008), dirigido por Mark Herman.
  • O pianista (2002), dirigido por Roman Polanski.
  • A vida é bela (1997), dirigido por Roberto Benigni.
  • Amém (2002), dirigido por Constantin Costa-Gavras.
  • O filho de Saul (2015), dirigido por László Nemes.
  • O diário de Anne Frank (1959), dirigido por George Stevens.
Fonte: www.historiadomundo.com.br 

quinta-feira, 4 de junho de 2020

HISTÓRIA - A ascenção da II Grande Guerra Mundial: o avanço nazista - 3º ano - 01 a 05/06

A ascensão da II Grande Guerra Mundial: o avanço nazista



➥ Antecedentes da Segunda Guerra Mundial: os anos 1930

Os antecedentes da Segunda Guerra Mundial, que ocorreram entre os anos de 1936 e 1939, são fundamentais para a compreensão do desenrolar desse conflito.
Para compreender a dimensão e a importância da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) para a era contemporânea, é necessário saber quais foram seus antecedentes, isto é, ter conhecimento da tensão que algumas regiões do mundo, sobretudo a Europa e a Ásia, passaram a sofrer a partir do ano de 1938. Esses antecedentes conduziram aos primeiros conflitos em terreno europeu a partir de 1939 e em outras regiões do mundo a partir de 1941.

Inicialmente é preciso ter conhecimento da formação da aliança entre as chamadas Potências do Eixo, ou “Eixo Roma-Berlim-Tóquio”. Essa foi uma aliança entre os três principais países que expressavam o totalitarismo nacionalista com pretensões expansionistas nessa época: Alemanha, Itália e Japão. Tal aliança firmou-se após um pacto contra a União Soviética, em 1936, assinado inicialmente por Japão e Alemanha e, depois, pela Itália. Esse pacto ficou conhecido como Pacto Antikomintern. Seu objetivo era traçar zonas de influência político-militar entre as duas principais saídas estratégicas da URSS: a fronteira com a Europa Ocidental e a região da Manchúria, na Ásia, que era disputada pela URSS e Japão. Nesse mesmo ano de 1936 foi deflagrada a Guerra Civil Espanhola, em que a Alemanha nazista prestou “auxilio” às forças fascistas de Francisco Franco ao bombardear a cidade de Guernica – fato que demonstrou ao mundo o poder de fogo da Alemanha de Hitler.

No ano de 1938, houve a anexação da Áustria pela Alemanha sob a justificativa pangermanista da formação do grande império (Reich) germânico. Além da Áustria, a Alemanha também anexou a Tchecoslováquia, que, no passado, fizera parte do antigo Império Alemão e continha um grande contingente de povos germânicos. Esse fato gerou uma tensão na região, já que a Áustria não tinha mais autonomia e o governo tcheco recusava-se a perder a sua. A tensão gerada pelo expansionismo nazista exigiu dos países democráticos ocidentais, que compunham a Liga das Nações, uma postura apaziguadora. A tentativa de contornar essa situação veio com as propostas da Conferência de Berlim, na qual foi assinado um acordo que delimitava as regiões anexadas pela Alemanha e exigia que esse país consultasse a Liga das Nações antes de suas ofensivas.



No ano seguinte (1939), a Alemanha continuou com seu projeto de expansão e já se preparava para um conflito direto com países como a França e a Inglaterra. Dois fatos foram emblemáticos: os nazistas passaram a pressionar a Polônia a construir uma estrada e uma ferrovia, o “corredor polonês”, para permitir o acesso da Alemanha aos territórios da Prússia Oriental e aos mares do norte da Europa. Além disso, a Alemanha quebrou o acordo firmado em Munique, invadindo e anexando a Tchecoslováquia.

Ao mesmo tempo, em 1939, Alemanha e URSS firmaram um acordo chamado Pacto germano-soviético, que consistia em um acordo de não agressão entre esses dois países se, no futuro, a Alemanha viesse a travar uma guerra contra a França e a Inglaterra. A Alemanha, ainda em 1939, inseriu suas divisões sobre a Polônia e, através da tática Blitzkrieg, ou guerra-relâmpago, aniquilou com rapidez a resistência polonesa. O próximo passo dos nazistas foi ocupar o território francês, agravando a situação que já se desenhava desde 1936. Assim começou a Segunda Grande Guerra, que se estendeu até 1945.

A ascensão do Nazismo:



 A Segunda Guerra Mundial: o desenrolar da guerra

A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito da humanidade, acontecendo de 1939 a 1945, em diferentes locais da Oceania, Ásia, África e Europa. Esse conflito foi travado entre Aliados (Reino Unido, França, EUA, URSS etc.) e Eixo (Itália, Alemanha, Japão etc.) e teve como consequências a morte de, aproximadamente, 60 milhões de pessoas e uma destruição material significativa.

A Segunda Guerra Mundial teve como causa direta o expansionismo da Alemanha nazista ao longo da década de 1930. O estopim para o conflito deu-se com a invasão da Polônia realizada pelos alemães, em setembro de 1939. A Segunda Guerra Mundial ficou marcada pelos horrores do Holocausto e do lançamento das bombas atômicas.

Causas

A Segunda Guerra Mundial está relacionada com a expansão do totalitarismo na Europa e teve como causa direta o expansionismo germânico naquele período. Além disso, a derrota na Primeira Guerra tornou-se fonte de humilhação e causa de uma grave crise econômica que atingiu a Alemanha na década de 1920.

Esse cenário permitiu a ascensão do radicalismo da extrema-direita, cujo expoente máximo foi o nazismo. Os nazistas criticavam os termos do Tratado de Versalhes, defendiam a militarização da Alemanha e tinham opiniões abertamente antissemitas. O crescimento dos nazistas durante a República de Weimar (1919-1933) foi exponencial, muito por conta de Adolf Hitler.

Os nazistas, por fim, assumiram o poder na Alemanha, em 1933, e iniciaram a construção de um governo totalitário. Progressivamente, eles procuraram recuperar a economia alemã e reorganizar o exército alemão (desestruturado desde a Primeira Guerra). Uma vez que as forças militares alemãs eram fortes o bastante, deu-se início à expansão territorial.

A expansão territorial defendida pelos alemães fazia parte de um elemento da ideologia nazista que defendia a formação de um “espaço vital” que abrigaria os arianos. A prosperidade dos alemães seria garantida por meio da exploração de povos enxergados como “inferiores”, como os eslavos.

No final da década de 1930, os alemães voltaram-se, a princípio, contra a Áustria, nação historicamente de idioma e cultura alemãs. Planos de unificação da Alemanha e Áustria tinham sido ventilados após a Primeira Guerra, mas foram barrados durante as negociações que levaram à assinatura do Tratado de Versalhes.

Em 1938, os alemães iniciaram uma campanha maciça para garantir a unificação dos dois países. Isso se concretizou em março de 1938, em um evento conhecido como Anschluss. Depois, os alemães voltaram-se contra a Checoslováquia, por conta de uma região daquele país chamada Sudetos.

As exigências alemãs sobre os Sudetos alarmaram ingleses e franceses, e a tensão diplomática na Europa aumentou. Para contornar essa situação, foi organizada a Conferência de Munique, em 1938. Nessa conferência, ingleses e franceses, temerosos de que uma guerra fosse iniciada, cederam às pressões alemãs e permitiram que os alemães invadissem o território da Checoslováquia.

Um ponto importante da Conferência de Munique é que ingleses e franceses demandaram de Hitler o compromisso de que a Checoslováquia seria a última exigência territorial da Alemanha. Hitler firmou esse acordo, mas estava blefando. Ele não acreditava que ingleses e franceses teriam coragem de declarar guerra aos alemães.

Assim, em 1939, Hitler colocou seu olhos sobre a Polônia. À medida que a tensão entre Alemanha e Polônia aumentava, ingleses e franceses assinaram acordos militares com o segundo país para resguardá-lo, em caso de agressão do primeiro. Como Hitler não acreditava na resposta francesa e inglesa, ele ordenou o ataque contra a Polônia em 1º de setembro de 1939.

Esse ato de agressão foi considerado o estopim da Segunda Guerra, pois, dias depois, Reino Unido e França declararam guerra à Alemanha.

Países participantes

A Segunda Guerra Mundial teve dezenas de nações participantes, com graus diferentes de envolvimento no esforço bélico. Esse conflito foi lutado por nações do Eixo contra as nações Aliadas, sendo:

Aliados: Reino Unido, França, EUA e URSS (principais forças);
Eixo: Alemanha, Itália e Japão (principais forças).

Fases da guerra

Destroços do ataque americano com bombas atômicas à cidade de Hiroshima no Japão.

A Segunda Guerra Mundial estendeu-se por seis anos e alcançou um nível de mobilização chamado pelos historiadores de guerra total. Esses anos podem ser divididos em três fases, que são:

1ª fase (1939-1941): ficou marcada pela supremacia das forças alemãs e japonesas no conflito. Os alemães, por meio da blitzkrieg, conseguiram conquistar uma série de nações europeias. Os japoneses, por sua vez, iniciaram sua expansão pelo sudeste asiático, conquistando as colônias de britânicos, franceses e holandeses. Além disso, os japoneses realizaram um ataque que causou grande prejuízo aos norte-americanos, em Pearl Harbor.
2ª fase (1942-1943): é o momento em que o quadro da Segunda Guerra começou a inverter-se. Os alemães foram barrados pelos soviéticos na famosa Batalha de Stalingrado, e o poder de guerra dos alemães iniciou seu declínio. O mesmo aconteceu com os japoneses, que, após a derrota na Batalha de Midway, perderam parte considerável do seu poder de guerra e foram sendo derrotados lentamente pelos norte-americanos.
3ª fase (1944-1945): momento em que os membros do Eixo são derrotados. As forças dos Aliados na Europa cercaram os alemães e conduziram a invasão do território germânico na virada de 1944 para 1945. Os japoneses passaram a sofrer cada vez mais com os bombardeios dos EUA. Internamente o país estava em colapso, mas a recusa dos japoneses em renderem-se levou os americanos a atingirem o Japão com duas bombas atômicas. A derrota do Eixo trouxe o fim à guerra.

Momentos marcantes

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito extenso, marcado por uma infinidade de acontecimentos e muitas reviravoltas. Como mencionado, a guerra iniciou-se com a invasão da Polônia, em setembro de 1939. O território polonês foi conquistado pelos germânicos em poucas semanas e foi dividido entre alemães e soviéticos por conta de uma cláusula do Tratado de Não-Agressão. Vejamos os principais acontecimentos.

Blitzkrieg

De 1939 a 1940, houve um período de pouca ação conhecido como Guerra de Mentira. A partir de 1940, os alemães iniciaram suas ofensivas pela Europa e conquistaram Noruega, Dinamarca, Bélgica, Holanda, França, Iugoslávia, Grécia etc. As grandes conquistas alemãs deixaram o Alto Comando nazista entusiasmado com a capacidade de guerra do país.

Esses avanços só foram possíveis por causa da blitzkrieg, uma tática de guerra inovadora para a época e que coordenava ataques múltiplos de diversas forças do exército alemão. Movido pelo sucesso da blitzkrieg, Adolf Hitler ordenou a realização de um ataque contra a União Soviética. Esse acontecimento mudou o destino da Segunda Guerra Mundial.

Invasão da União Soviética

Mapa que detalha o plano de invasão nazista à União Soviética que ficou conhecido como "Operação Barbarossa".
A Operação Barbarossa foi iniciada pelos alemães em 22 de junho de 1941 e mobilizou mais de três milhões de soldados, além de milhares de aviões, tanques e peças de artilharia. O ataque iniciou-se baseado na tática da blitzkrieg e possibilitou rápidos avanços para os alemães. O objetivo era conquistar a União Soviética em até oito semanas.

Aos poucos, o esforço de guerra dos soviéticos e a falta de recursos da Alemanha para lutar em duas frentes de guerra foram determinantes para a interrupção do avanço germânico. No final de 1941, os alemães possuíam três grandes alvos a serem conquistados na URSS.

Esses alvos eram:
  • Leningrado, cidade que os alemães planejaram conquistar deixando a população morrer de fome. Somente em 1944 é que o cerco alemão contra Leningrado foi quebrado;
  • Moscou, a capital soviética. Os alemães chegaram aos arredores de Moscou e ficaram a menos de 30 km do Kremlin, mas o enfraquecimento das suas forças repeliram-nos dos arredores da cidade;
  • Stalingrado, cidade ao sul da URSS. Os alemães tentaram conquistá-la como forma de controlar o Cáucaso e, assim, garantir-lhes recursos importantes, como petróleo. A divisão das forças alemãs e a resistência obstinada conduziram-nos à derrota na maior batalha da Segunda Guerra. Estima-se que o número de mortos em Stalingrado foi de dois milhões de pessoas.
A derrota em Stalingrado enfraqueceu consideravelmente a Alemanha. A quantidade de recursos disponíveis para o país foi reduzida drasticamente e a sua capacidade industrial caiu. Basicamente, os alemães não tinham condições materiais e financeiras de suportar o esforço que a guerra na URSS demandava, e eles sabiam disso desde o final de 1941.

Derrota da Alemanha

Houve derrotas significativas sofridas pelos alemães no território soviético após Stalingrado. O maior destaque, nesse sentido, é Kursk, batalha fundamental para os alemães que terminou com a derrota deles porque foram obrigados a recuar a fim de reforçarem suas linhas na Itália. Os alemães tinham sido expulsos do norte da África, e, com isso, a Itália passou a ser invadida pelo sul.

Eles perderam o controle sobre a Itália, reconquistada pelos Aliados. O líder do fascismo italiano, Mussolini, foi morto por guerrilheiros que lutavam contra os nazistas. No leste europeu, os alemães foram empurrados por milhões de soldados soviéticos. Locais como Estônia, Polônia, Hungria, entre outros, foram reconquistados à medida que as forças soviéticas avançavam.

O Dia D, realizado em 6 junho de 1944, abriu uma nova frente de guerra dos Aliados contra os nazistas e aumentou a pressão sobre os alemães. Em 1945, os Aliados entraram em território alemão, e Berlim, a capital do país, foi conquistada em abril. Adolf Hitler cometeu suicídio e, em maio de 1945, a Alemanha rendeu-se.

Derrota do Japão

Imagens aéreas das bombas lançadas pelos aliados americanos às cidades de Hiroshima e Nagasaki.
A derrota do Japão aconteceu oficialmente em setembro de 1945. A luta contra os americanos tinha sido iniciada em dezembro de 1941, quando os japoneses atacaram a base naval dos Estados Unidos, em Pearl Harbor, no Havaí. A supremacia dos japoneses sobre os norte-americanos na Guerra do Pacífico durou pouco: em junho de 1942, o poderio japonês foi severamente prejudicado.

Nesse mês aconteceu a Batalha de Midway, importante ataque aeronaval que resultou na destruição de quatro porta-aviões da marinha japonesa. Depois disso, os japoneses nunca mais conseguiram recuperar seu poderio na luta contra os EUA. Pouco a pouco, aqueles acumularam derrotas e foram empurrados de volta para o seu território.

Os japoneses sofreram em inúmeras batalhas, como em Guadalcanal, nas Filipinas, em Okinawa etc. Em 1945, os norte-americanos fizeram bombardeios maciços sobre as principais cidades japonesas. O último passo deles era invadir a ilha principal do Japão, mas, para evitar isso, eles fizeram uso de uma arma cruel.

Duas bombas atômicas foram lançadas, uma sobre Hiroshima e outra sobre Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto, respectivamente. O lançamento não foi suficiente para convencer membros do governo japonês a oferecerem rendição. A invasão da Manchúria por tropas soviéticas, a partir de 9 de agosto, foi a pá de cal sobre o governo japonês. Em 2 de setembro de 1945, os japoneses assinaram a rendição e colocaram fim na Segunda Guerra Mundial.

Aula: A Segunda Guerra Mundial - A Era dos Extremos | História | Prof. Otto Barreto


Resumo da aula:

➤ Hora de mãos à obra:

➥Agora que vocês já fizeram a leitura do texto-resumo e assistiram as vídeo-aulas sobre a ascensão do nazismo e o desenrolar da II Guerra  é hora de mãos à massa. Tente responder à lista de questões abaixo: 

https://drive.google.com/file/d/1Gah7F1M1xSE1po5SOjUmAXTqsLPbxpMb/view?usp=sharing

Procurem utilizar a aula do livro didático também como fonte de pesquisa e estudos para estas questões. Sobre as questões, vocês podem tirar fotos do resultado e enviar até o dia 13/06 pelo email: cemybacanga@gmail.com; pelo whattsap da turma ou nos comentários da postagem logo abaixo, ok?! Bons estudos e mãos a obra!!!!💪😉📚


quinta-feira, 28 de maio de 2020

HISTÓRIA - Ascenção do Fascismo na Europa - 3º ano - 25 a 29/05

 Ascenção do Nazifascismo na Europa 


Atualmente tem-se falado bastante sobre fascismo. Mas você sabe o que é fascismo? Do que se trata? Onde e quando ocorreu esse fenômeno? 
Essa semana nossas aulas serão sobre a ascenção (subida) do fenômeno nazi fascista na Europa. Esse fenômeno vem na continuidade das crises políticas e econômicas que ocorreram no início do século XX na Europa e que, ao se aproveitarem dos descontentamentos dos povos com as guerras e conflitos em curso, puseram em prática formas de governo que se caracterizaram basicamente pelo controle autoritário do poder do estado, a repressão às minorias, o nacionalismo exagerado e o excessivo uso da força militar e da violência para impor seus objetivos políticos e manter privilégios de determinadas classes econômicas.
Durante todo o decorrer do século XX e até os dias de hoje, os governos nazifascistas inspiram a cultura pop e as artes em produções que nos alertam para o perigo do avanço de governos de tendência nazifascistas. O medo do ressurgimento da imposição de ideologias antidemocráticas e autoritárias em momentos de crise tem feito, ao longo dos anos, que essas produções se mantenham sempre atuais e pertinentes ao cotidiano das sociedades contemporâneas.
Obras como o clássico da literatura "1984" do autor inglês George Orwell, os diários da jovem judia que viveu os horrores do holocausto nazista na Alemanha e que se transformaram no livro "O diário de Anne Frank", ou os clássicos do cinema, o americano "A lista de Schindler" e o italiano "A vida é bela" se tornaram grandes clássicos por apresentaram o que de mais desumano e cruel podem existir quando governos de inclinação autoritária tomam o poder. 



Também entre as Histórias em Quadrinhos muitos foram os autores que se preocuparam em demonstrar os principais aspectos e características dos governos fascistas de forma a trazer uma mensagem de conscientização acerca dos perigos das ideologias totalitárias. Talvez um dos mais famosos desses quadrinhos, escrita pelo autor inglês Alan Moore, "V for Vendetta" (V de Vingança), se tornou um clássico imediato quando lançado no ano de 1982 justamente por aliar um tema tão complexo como o de um futuro em uma sociedade autoritária e violenta com clara associação aos governos fascistas, um visual sombrio e um personagem antiheróico, audacioso e extremamente inteligente que usava uma máscara que fazia referência a um personagem histórico inglês, o Guy Fawkes e que lutava para conscientizar a população do perigo do governo ditatorial imposto. (Mais detalhes sobre a revista e a história no link: .https://pt.wikipedia.org/wiki/V_for_Vendetta).

  

Mas então professora, o que foi esse fenômeno nazifascista e como ele ocorreu no passado? Vamos então entender como surgiu o nazifascismo na Europa. Vamos assistir agora a aula para entender como esse fenômeno ocorreu na Europa na primeira metade do século XX, no período que chamamos de "entreguerras":

AULA 1: A ASCENSÃO DO TOTALITARISMO: NAZI-FASCISMO NA EUROPA




AULA 2: O ENTREGUERRAS: REPÚBLICA DE WEIMAR E A ASCENÇÃO DO NAZISMO NA ALEMANHA





Resumo da aula:  Ascenção do Fascismo na Europa


➤ Hora de mãos à obra:

Depois da leitura do texto e do resumo e de assistir as vídeo-aulas sobre a Ascenção do Nazifascismo na Europa, é hora de mãos à massa. Falamos aqui sobre a HQ (história em quadrinhos) do quadrinista Alan Moore que faz referência às idias totalitárias de um governo fascista em uma sociedade  contemporânea fictícia. Agora vocês terão a oportunidade de conhecer um pouco mais essa obra. Abaixo segue o link do quadrinho completo em formato pdf. 
Vocês farão a leitura desse quadrinho e em seguida farão uma análise dessa obra e tentarão responder a essas duas questões abaixo:
1) Quais características vistas nas aulas sobre o nazifascismo na Europa do início do século XX é possível observar na obra de Alan Moore?
2) É possível percebermos, em nossa sociedade atual, elementos que podem ser considerados de tendência totalitária? Quais seriam eles (descreva-os)?

Link do quadrinho: 


Vocês tem até o dia 30/06 para enviar pelo email: cemybacanga@gmail.com; Ou podem tirar uma foto das respostas e mandar pelo whattsap da turma ou nos comentários da postagem logo abaixo, ok?! Bons estudos e mãos a obra!!!!💪😉📚




quarta-feira, 20 de maio de 2020

HISTÓRIA - O Alvorecer do século 20, propaganda de massa e o entreguerras - 3º -ano - de 18 a 22 de maio

O Alvorecer do século 20, propaganda de massa e o entreguerras


Aula 1 - Propaganda e Política nos Governos Totalitários





Aula 2 - Crise do Capitalismo e a Grande Depressão de 1929

 (Aula 2 - parte 1)


 (Aula 2 - parte 2)

Crise de 29 - Documentário


Resumo Crise de 1929 e a Grande Depressão: 


➥ Hora de Mãos à Massa

➥ Agora que vocês já assistiram as vídeo-aulas e o documentário, já fizeram a leitura do resumo da aula e já estão com o livro didático de História em casa, façam a leitura da aula do Capítulo 4: A Grande Depressão e os fascismos, das páginas 78 à 83 e tentem responder à atividade abaixo. Podem tirar uma foto do resultado e enviar até o dia 06/06 pelo email: cemybacanga@gmail.com; pelo whattsap ou nos comentários da postagem logo abaixo, ok?! Bons estudos e mãos a obra!!!!💪😉📚


 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

HISTÓRIA - Semana de Revisão - de 07 a 15 de maio - 3º ano


➥ Olá, caros alunos. Essa é uma semana de Revisão de conteúdos!!! Estamos levantando os dados de retorno das atividades de vocês e avaliando como será a continuação das nossas aulas remotas. Enquanto isso, esse espaço será dedicado à entrega das atividades que ainda estejam pendentes e para vocês deixarem aqui as dúvidas de vocês no Blog, email e Whatsapp da Escola. Em breve estamos planejando fazer uma aula por videoconferência e alinharmos nossas atividades. Aproveitem para se organizar direitinho nas suas rotinas de estudo e resolução de atividades. Próxima semana retornamos com o início do nosso 2º período. Até lá.😉💪👍💟 

segunda-feira, 20 de abril de 2020

HISTÓRIA - O Brasil no início do Século XX - a Primeira República - 3º ano - 20 a 27 de abril

O Brasil no início do Século XX - a Primeira República


➥ Aulão: A Primeira República no Brasil




➥ Aula 1: Fim do Império do Brasil

➥ Aula 2: A implantação da ordem republicana 


➥ Aula 3: A República Oligárquica


➥ Aula 4: Estado e economia na Primeira República


➥ Aula 5: A formação da sociedade industrial brasileira

➥ Aula 6: O Brasil dos Modernistas



➥ Apostila O Brasil na Primeira República (resumo)


➤ Hora de mãos à obra:

Agora que vocês já assistiram as vídeo-aulas e os vídeos complementares e realizaram as leituras das apostilas sobre o Brasil na Primeira República, é hora de mãos à massa. Tente responder às questões abaixo:
https://drive.google.com/file/d/1H2cgIZcK2vaqNtr-svmTIrIBfyT6lYw4/view?usp=sharing
Podem tirar uma foto das respostas e enviar até o dia 06/05 pelo email: cemybacanga@gmail.com;  ou pelo whattsap ou nos comentários da postagem logo abaixo, ok?! Bons estudos e mãos a obra!!!!💪😉📚






HISTÓRIA - A Revolução Russa - 3º ano - 13 a 17 de abril

A Revolução Russa

➥“Um fantasma ronda a Europa” – as ideologias socialistas e o socialismo na Rússia

Aula 1: Uma análise dos antecedentes - o que é socialismo:


Aula 2: A Rússia Czarista e os antecedentes da revolução:


Aula 3: Revolução Russa parte II - o ensaio geral, a revolução de fevereiro:


Aula 4: Revolução Russa parte III: Revolução Menchevique e o governo de Lênin


Aula 5: Revolução Russa Parte IV: O socialismo Stalinista


➥Vídeo bônus: 100 anos das Revoluções Russas do Canal Nerdologia


➥Apostila Revolução Russa (resumo)

➤ Hora de mãos à obra:

Agora que vocês já assistiram as vídeo-aulas e os vídeos complementares e realizaram a leituras da apostila com o resumo sobre a Revolução Russa, é hora de mãos à massa. Tente responder às questões abaixo:
https://drive.google.com/file/d/1gYKv_BWabZBZtH3lMG4MeCv_1bQX3HdX/view?usp=sharing
Podem tirar uma foto das respostas e enviar até o dia 04/05 pelo email: cemybacanga@gmail.com;  ou pelo whattsap ou nos comentários da postagem logo abaixo, ok?! Bons estudos e mãos a obra!!!!💪😉📚

quinta-feira, 16 de abril de 2020

HISTÓRIA - Primeira Guerra Mundial - 3º ano - turma 300 - 06 a 10/04

Aula - Primeira Guerra Mundial



Conteúdo Complementar:

Documentário "World War I - end of a age" (1ª Guerra Mundial - fim de uma era)


Resumo da Aula:

➤ Hora de mãos à obra:

Agora que vocês já assistiram a vídeo-aula e o vídeo complementar e já fizeram a leitura do resumo sobre a Primeira Grande Guerra, é hora de mãos à massa. Vocês irão fazer a leitura dos trechos de cartas e diários de pessoas que viveram e combateram na Primeira Guerra Mundial e responderão às duas perguntas abaixo!! Podem tirar uma foto do resultado e enviar até o dia 20/04 pelo email: cemybacanga@gmail.com; pelo whattsap ou nos comentários da postagem logo abaixo, ok?! Bons estudos e mãos a obra!!!!💪😉📚



Questões:

1) Nos testemunhos dos ex-combatentes, procurem identificar que aspectos da Primeira Guerra Mundial são ressaltados – afinal, como é a guerra, para eles?

2) Comparem os testemunhos dos ex-combatentes ao trecho do romance de Erich Maria Remarque, publicado cerca de uma década depois daqueles testemunhos: quais as suas diferenças e semelhanças?

P.s: Para os que se interessarem na leitura, segue o link completo do livro: "Nada de Novo no Front" do autor Erich Maria Remarque,


sábado, 4 de abril de 2020

HISTÓRIA - O mundo em ebulição – antecedentes da Primeira Guerra Mundial - 3 º ano - 30/03 a 03/04

O mundo em ebulição – A Primeira Guerra Mundial


Entenda qual foi a ambiência e os antecedentes da Primeira Guerra Mundial.
Como a humanidade mergulhou em sua primeira guerra total? Como se deu a escalada de agressividade entre as nações?

Em 2014 atingimos a distância de exatos 100 anos do início deste trágico evento da história da humanidade. Apesar de diferenças e rivalidades étnicas, os povos europeus não desejavam esta guerra e muito menos que ela fosse uma impiedosa e generalizada carnificina que atingisse civis e militares, sem muita distinção. No entanto, basta lançarmos um olhar sobre o histórico de interesses em jogo para percebermos que a construção e o aprofundamento destas rivalidades não foi fruto de um impulso passional mas resultado do acúmulo de décadas de atritos crescentes e de interesses conflitantes. Muitas vezes somos levados a acreditar que uma guerra trata-se de um evento binário: X contra Y. Mas uma compreensão dos eventos que levaram à eclosão da primeira grande guerra mundial (1914-1919) exige entender qual o ambiente em que se inseriam e qual o papel desempenhado pelos diversos atores no tabuleiro geopolítico mundial.

O lado mais visível de uma aliança aos olhos dos povos e da história em tempos de guerra é o militar. Aqui são essenciais os simbolos de força e coesão nacional: retratos pintados de chefes de estado assinando acordos, bandeiras, hinos, armamentos e a multidão fardada e mobilizada para o conflito. Entretanto, sob todos estes rituais e símbolos, escondem-se interesses financeiros, econômicos, comerciais, territoriais e estratégicos que permanecem ocultos. Tentaremos trazer alguma contribuição ao estudante curioso em compreender como, ao início do século XX, o mundo entrou em um período com duas guerras totais sem precedentes na história humana. Procuraremos compreender melhor a escalada de agressividade entre as nações européias ao início do século XX. Para isso, precisamos voltar um pouco no tempo: ao século XIX.

Os 100 anos anteriores ao início da Primeira Guerra Mundial em 1914 foi um tempo de relativa paz na Europa. Mas era uma paz mal disfarçada. A atenção das ambiciosas e agressivas potências européias estava voltada para a expansão neocolonial sobre a África e a Ásia. Neste dois continentes o poder industrial, financeiro e militar europeu colocou em prática seu modelo brutal de civilização. Nestes longíquos continentes, o modelo era representado pela exploração de recursos naturais, matéria-prima e da mão-de-obra nativa em benefício do capital industrial europeu. Foram tempos de profunda fé no poder do homem civilizado, científico e industrial em detrimento o homem selvagem, natural e primitivo. No campo das ideias, a ciência europeia vivia a certeza absoluta na superioridade biológica, cultural e espiritual do homem branco, cristão e europeu. Segundo estas teorias racialistas de desgualdade entre os humanos, aos povos considerados “inferiores”, negros, indígenas, asíaticos e mesticos, restaria o destino da escravidão e do extermínio.

O fim do século XIX também assistiu uma nova etapa de domínio global europeu após as grandes navegações de conquista realizadas por portugueses, espanhóis e franceses nos 1500. Se fôssemos levados a colocar em poucas palavras o que envolveu o imperialismo europeu do século XIX poderíamos afirmar que: foi uma época de voraz industrialismo e truculenta exploração da mão-de-obra; de grandes transformações tecnológicas no campo das engenharias, da química e da física; uma corrida armada pelo controle de matéria-prima e mercados; de surgimento do nacionalismo moderno e de acelerada colonização. Foi também tempo dos trustes, monopólios e cartéis mundiais dos mais diversos produtos controlados por estas potências. O comércio entre os países se conectava cada vez mais sob o controle de instituições financeiras e bolsas de valores sediadas em Nova Iorque, Londres ou Amsterdã. Elas tinham o poder de regular, por exemplo, quanto café brasileiro seria vendido no mundo e por qual preço. Como o Brasil era um país essencialmente agrícola e, portanto, dependente das rendas produzidas pela exportação, por consequência a (péssima) condição das contas públicas nacionais sempre dependia do que era decidido alhures por estes vistosos homens de cartola. Agora procure imaginar este tipo de domínio econômico, financeiro e comercial ampliado em escala planetária. Comumente este período é compreendido como a Era dos Impérios.

Vamos descrever agora quais foram os principais atores do palco imperialista. Os maiores impérios do período foram: a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha, a casa real Habsburga (que estava à frente da Austria-Hungria mas também ligada por sangue à elite política de toda a Europa), o Japão, a Rússia e o Império Otomano.

Consideraremos neste texto as quatro primeiras forças citadas por serem impérios sediados no continente europeu. Num patamar mais baixo neste jogo citamos Itália, Polônia, Espanha, China e Índia. Os EUA ficam de fora pois, desde a paz obtida junto à Grâ-Bretanha em 1812, desfrutaram produtivamente de um século de paz contra a salvo de ameaças imperialistas européias. Ao final do século XIX os americanos se julgavam distantes demais para se intrometer em confusões no velho continente. Neste período de paz os EUA puderam consolidar seu atual território. Ora pela via da guerra, ora pela compra de terras, os americanos se expandiram por sobre antigas possessões francesas, russas, espanholas e holandesas.

Na Europa, para que os interesses dos grandes países se mantivessem preservados da ambição alheia foram costurados diversos tratados comerciais e de assistência (ou neutralidade) militar em caso de invasão externa. Assim, por exemplo, X assinava um acordo com Y no qual, em caso de X ser invadido por Z, Y se manteria neutro (ou Y viria em socorro?). Os formatos e combinações eram os mais diversos e a Europa se viu repentinamente traçada por uma complexa teia de acordos na segunda metade do século XIX. Por exemplo, a Dupla Aliança, assinada entre alemães e áustro-húngaros em 1879 previa que se a Alemanha fosse invadida pela Rússia, a Áustria-Hungria se manteria neutra. Alguns destes acordos ainda podiam ser mantidos sobre sigilo do público.



Foi uma era em que valia o poder do mais forte. Não havia organismos internacionais que regulassem fronteiras ou protegessem minorías. O direito dos povos à soberania e à paz era respaldada pelo puro poder de destruição de seus canhões. Os países menores, incapazes de impor seus interesses, sofriam invasões, eram incorporados à outras potências, mudavam de nome ou simplesmente podiam desaparecer do mapa. A Polônia é um caso, talvez o mais dramático da Europa, com seu território incerto e identidade fluida devido a mais de 1000 anos de contínuas invasões.

É importante comentarmos a criação de um novo país neste período: a Alemanha. Antes de se unificar como império alemão em 1870, a região era composta por dezenas de pequenos ducados, condados e cidades de já avançado perfil industrial. Ao tempo da unificação e criação da moderna Alemanha, duas propostas para o novo país entraram em jogo: a grande e a pequena Alemanha. Os defensores da “Grande Alemanha” (também reunidos sob o nome de pan-germanistas) afirmavam que a nova nação tinha direito à posse de territórios etnica, racial e historicamente pertencentes ao espírito alemão, o chamado “espaço vital”. E não era pouca coisa este espaço desejado: incluía, além da atual Alemanha, áreas pertencentes à França, Suíça, Holanda, República Tcheca, Eslováquia, Austria, Hungria, Polônia e Lituânia. Como estes territórios teriam de ser conquistados à pólvora e o custo era irreal neste momento para a jovem nação, venceu a proposta da Alemanha menor. Mas mesmo após a unificação, a teoria do “espaço vital” continuou a zunir como um mosquito na cabeça dos homens de estado alemães, do imperador Bismarck até Hitler. A Grande Alemanha e seu “espaço vital” são um tabu muito vivo até hoje entre os alemães.

Além da Alemanha, outro importante ator foi a França. Durante o século XIX o maior esforço político feito no continente europeu foi impedir o acontecimento de uma nova França napoleônica (1804-1814), agressiva, expansionista e que ameaçasse a paz europeia. Entre os anos 1815 e 1854 a França republicana viveu presa na camisa-de-força estipulada no Congresso de Viena (nome dado ao acordo de paz firmado após a derrota francesa nas guerras napoleônicas). Para se proteger do vizinho francês e tentar isolá-lo ao máximo, a recém unificada Alemanha procura juntar forças com o Império Áustro-Húngaro e a Itália na chamada Tríplice Aliança. Com esse novo instrumento criado a também recém-unificada Itália foi alçada à condição de grande potência. Isso a possibilitou expandir suas colônias no norte da África sob a indiferença dos dois outros estados membros. Mas isso não a impediu a Itália de sofrer uma humilhante derrota contra os Etíopes, única nação africana que se manteve independente durante o período neocolonial.

Ainda que os atores nacionais desconhecessem o futuro resultado trágico de suas alianças, dois grupos começam a se desenhar neste momento. A Alemanha procurava reforçar sua Triplice Aliança tentando trazer para seu lado o maior rival histórico da França, a Grã-Bretanha. Em vão. A Grã-Bretanha, apesar de semelhanças com a Alemanha (países do norte, não latinos, além de monarquias protestantes) recusou o convite para um compromisso tão forte. A Alemanha então volta-se para a Rússia de quem consegue um tratado comercial em 1894. Mas neste mesmo ano, a Rússia e a França se aliam para criar um duplo front de resistência à expansão alemã. Conter a ambiciosa Alemanha era uma necessidade tão urgente que a aliança franco-russa uniu dois lados opostos do espectro político europeu do século XIX: 1) a república francesa, revolucionária, parlamentar, constitucional e laica à 2) monaquia czarista russa, aristocrática, absoluta e cristã ortodoxa. A aliança franco-russa era também uma união de rivais da Grã-Bretanha, que por sua vez nunca conseguiu se misturar bem com a França latina ou com a Rússia eslava. Deste ponto em diante o objetivo alemão passou a ser 1) enfraquecer a aliança franco-russa e 2) partir para a criação de uma “liga continental” anti-britânica sendo ela própria, a Alemanha, sua líder. Apesar dos esforços, os alemães não conseguiam nem uma coisa, nem outra. Assim, em 1894, duas forças principais estavam desenhadas na Europa: a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Aliança Franco-Russa.

Em 1897 a Alemanha inicia a construção de sua marinha de guerra. Isso significava uma clara mensagem à Grã-Bretanha, dona dos mares durante todo o século XIX. A Grã-Bretanha há muito não interferia nos negócios do continente, mais entretida com a lucratividade astronômica de seu exército de banqueiros e em sua expansão financeira. Com isto, as relações entre alemães e britânicos passam da colaboração para a desconfiança. Neste momento, Aústria e Itália também concluem que estão sendo usadas pela Alamenha em sua aspiração imperialista. A Áustria assina acordo com a Rússia (com a Convenção de Mürzsteg em outubro de 1903 pela qual os dois países supervisionariam os Bálcãs) e a Itália com a França (ao aceitar um protetorado francês na Tunísia com lucrativos acordos entre ambos). Em Junho de 1902 a Itália renova a Tríplice Aliança mas continua no seu balanço entre Paris e Berlim.

Deste ponto em diante, uma série de eventos nos Bálcãs fez disparar a temperatura na Europa. Os Bálcãs são uma importante região que conecta o mundo cristão europeu ao mundo muçulmano do oriente médio. Este território foi por cerca de 4 séculos controlado pelo Império Otomano, antigo império islâmico hoje reduzido à atual Turquia. Com a rápida decadência Otomana, os Bálcãs se viram em um vácuo de poder e sob a iminência de “invasão” pelas ansiosas potências européias. A tensão nacionalista e étnica era muito viva entre as pequenas nações desta região. Neste processo de avanço europeu e russo por territórios até então otomanos, as nações balcãnicas, pequenas, mais pobres, menos industrializadas e com inúmeras fragmentações religiosas e culturais, entendiam que a nova ocupação estrangeira era um risco a sua soberania, orgulho e perspectiva de independência. São exemplos de nações balcânicas a Sérvia, Albânia, Bosnia-Herzegovina, Bulgária, Romênia, Montenegro e Grécia. A Rússia volta a ter interesses militares nesta região e sua relação com a Áustria-Hungria declina. A Áustria-Hungria, por sua vez, invade e anexa um território ao sudeste, a Bósnia-Herzegovina. Itália e Austria-Hungria iniciam uma disputa pelo controle da Albânia.u muito vivo até hoje entre os alemães.


Os Bálcãs, região compreendida pelo espaço entre Grécia, Romênia e Montenegro, pressionados entre três impérios: Áustria-Hungria, Rússia e Império Otomano (atual Turquia). Crédito: Wikipedia.

E assim a violência escala e estoura nas Guerras Balcãnicas (1912-13). Em meio a ele, um evento fortuito: o assasinato do arqueduque e herdeiro do trono do império austro-húngaro Francisco Ferdinando e sua esposa por um estudante nacionalista sérvio em junho de 1914 produz uma vasta reação em cadeia onde os tratados e alianças assinados jogaram as nações européias pela primeira vez em uma guerra total. Nos primeiros dias de agosto de 1914 a Alemanha se declarou pronta para uma guerra com a Rússia e a França. Os alemães entendiam que era essencial proteger a família real da Áustria-Hungria, os Habsburgos. A Áustria-Hungria por sua vez, se via obrigada a controlar o máximo de territórios nos Bálcãs se quisesse se manter como uma grande e respeitável potência na Europa, agindo como um para-choque contra ameaças à Alemanha vindas do oriente. A Dupla Aliança acabou empurrando alemães e áustro-húngaros para a guerra já que ambos desconfiavam de que lado ficaria a indecisa Itália em caso de uma guerra generalizada.

As declarações de guerra começam a se dar a partir de agosto de 1914. Austria-Hungria e Alemanha ainda tentaram “comprar” o apoio da Itália ao oferecer-lhe territórios de língua alemã. Mas a Itália opta pela neutralidade, a princípio, o que deixou loucos o imperador habsburgo Franz Josef e o chanceller alemão Theobald von Bethmann. Não se sabe se a Itália realmente poderia ajudar numa vitória das potências centrais mas alemães e áustro-húngaros tiveram de redirecionar muitos recursos de guerra com a declaração de neutralidade italiana. A situação ainda se agravaria com a saída da Itália da Tríplice-Aliança em maio de 1915 e, três semanas mais tarde, com sua declaração de guerra à Áustria-Hungria.

Por fim, podemos afirmar que a Tríplice Aliança não foi originalmente desenhada para propósitos positivos. Ao contrário, a aliança consistiu num sistema de afirmação de compromissos e apoios recíprocos. A Tríplice Aliança foi desenhada pela jovem nação alemã como uma forma de expandir sua própria soberania e manter sua integridade territorial contra potências inimigas e também como um instrumento de vigilância contra ameaças vizinhas.

A Guerra

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi o resultado dos atritos permanentes provocados pelo imperialismo das grandes potências europeias.

Resumo

A Grande Guerra, como era denominada antes de acontecer a Segunda Guerra Mundial, foi um conflito em escala global. Começou na Europa e envolveu os território coloniais.
Dois blocos enfrentaram-se: a Tríplice Aliança, formada pela Alemanha, Áustria e Itália, e a Tríplice Entente formada pela França, Inglaterra e Rússia.
A contenda envolveu 17 países dos cinco continentes como: Alemanha, Brasil, Áustria-Hungria, Estados Unidos, França, Império Britânico, Império Turco-Otomano, Itália, Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino da Romênia, Reino da Sérvia, Rússia, Austrália e China.
A guerra deixou 10 milhões de soldados mortos e outros 21 milhões ficaram feridos. Também 13 milhões de civis perderam a vida.

Causas da Primeira Guerra Mundial

Vários fatores desencadearam a Primeira Guerra Mundial.
Desde o final do século XIX o mundo vivia em tensão. O extraordinário crescimento industrial possibilitou a Corrida Armamentista, ou seja: a produção de armas numa quantidade jamais imaginada.
O expansionismo do Império Alemão e sua transformação na maior potência industrial da Europa fizeram brotar uma enorme desconfiança entre a Alemanha e França, Inglaterra e Rússia.
Antecedentes
Acrescentamos as antigas rivalidades entre França e Alemanha, Rússia e Alemanha, e Reino Unido e Alemanha. Também os desentendimentos quanto às questões de limite nas colônias gerados pela Conferência de Berlim (1880).
O antigermanismo francês se desenvolveu como consequência da Guerra Franco-Prussiana. A derrotada França foi obrigada a entregar aos alemães as regiões de Alsácia e Lorena, esta rica em minério de ferro.
A rivalidade russo-germânica foi causada pela pretensão alemã de construir uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá. Além de passar por regiões ricas em petróleo onde os russos pretendiam aumentar sua influência.
O antigermanismo inglês se explica pela concorrência industrial alemã. Às vésperas da guerra os produtos alemães concorriam em mercados que eram dominados pela Inglaterra.
Todas essas questões tornaram o conflito inevitável a medida que acirravam os choques de interesse econômico e político entre as potências industrializadas.

Estopim

A rede de alianças era uma bomba armada pronta para explodir. Em 1908, a Áustria anunciou a anexação da Bósnia-Herzegovina, contrariando os interesses sérvios e russos.
A fim de mostrar uma boa relação entre os novos súditos, o herdeiro do trono Austríaco, Francisco Ferdinando, fez uma visita à região junto com sua esposa.
No dia 28 de junho de 1914, um estudante bósnio assassinou o herdeiro do trono austríaco Francisco Ferdinando e sua esposa, em Sarajevo, capital da Bósnia.
Esse duplo assassinato foi o pretexto para a explosão da Primeira Guerra Mundial que durou até 11 de novembro de 1918.

Fases da Primeira Guerra Mundial

No começo do conflito, as forças se equilibravam, em número de soldados, diferentes eram os equipamentos e os recursos.
A Tríplice Entente não tinha canhão de longo alcance, mas dominava os mares, graças ao poderio inglês.
Os tanques de guerra, os encouraçados, os submarinos, os obuses de grosso calibre e a aviação, entre outras inovações tecnológicas da época, constituíram artefatos bélicos de grande poder de destruição.
Com artilharia pesada e 78 divisões, os alemães passaram pela Bélgica, violando a neutralidade deste país. Venceram os franceses na fronteira e rumaram para Paris.
O governo francês transferiu-se para Bordeaux e na Batalha de Marne, conteve os alemães, que recuaram.
Depois, franceses e alemães firmaram posições cavando trincheira ao longo de toda a frente ocidental. Protegidos por arame farpado, os exércitos se enterravam em trincheira, onde a lama, o frio, os ratos e o tifo mataram tanto quanto as metralhadoras e canhões. Este momento é chamado de Guerra de Trincheiras.
Em 1917, os Estados Unidos, que se mantivera fora da guerra, apesar de emprestar capitais e vender armas aos países da Entente, principalmente à Inglaterra, entra no conflito.
Declarou guerra à Alemanha, por temer seu poderio imperialista e industrial.
Nesse mesmo ano a Rússia, saiu do conflito, por conta da Revolução de 1917, que derrubou o czar e implantou o regime socialista.

Consequências

Embora a Alemanha continuasse sofrendo sucessivas derrotas, seus aliados tivessem se rendido, o governo alemão continuava na guerra. Esfomeado e cansado, o povo alemão se revoltou e os soldados e operários forçaram o kaiser (imperador) a abdicar.
Formou-se um governo provisório e foi proclamada a República de Weimar. No dia 11 de novembro de 1918, o novo governo assinou a rendição alemã. A Primeira Guerra chegava ao fim, mas a paz geral só foi firmada em 1919, com a assinatura do Tratado de Versalhes.
As reações aos efeitos do tratado estão entre as principais consequências da Primeira Guerra Mundial. Sendo assim, em 1939, pouco mais de 20 anos depois, provocaram a Segunda Guerra Mundial.
A Grande Guerra deixou profundas consequências para todo o mundo. Podemos destacar:
redesenhou o mapa político da Europa e do Oriente Médio;
marcou a queda do capitalismo liberal;
motivou a criação da Liga das Nações;
permitiu a ascensão econômica e política dos Estados Unidos.

➥ Para uma melhor compreensão do assunto segue vídeo aula do Professor Otto Barreto do Canal História no Enem:

Proposta de Atividade

➥Pesquisar e resolver as duas questões de vestibular abaixo. Resposta com a letra correta e justificativa devem ser feitas nos comentários da postagem logo abaixo.  Bons estudos a todos!!

1) (Acafe-2015) O início da Primeira Guerra (1914/1918) completou seu centenário em 2014. Conflito de grandes proporções, ela foi o resultado de disputas econômicas, imperialistas e nacionalistas numa Europa industrializada.
Sobre a Primeira Guerra e seu contexto, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
a) A questão balcânica evidencia as disputas entre Alemanha e Hungria pelo controle do mar Adriático e coloca em choque os movimentos nacionalistas: pan-eslavismo, liderado pela Sérvia e o pan-germanismo, liderado pelos alemães.
b) Apesar de ter começado a guerra como aliada da Tríplice Aliança, a Itália passou para o lado da Tríplice Entente por ter recebido uma proposta de compensações territoriais.
c) A Rússia não permaneceu na guerra até o seu término. Por conta da Revolução socialista foi assinado um tratado com os alemães e os russos se retiraram da guerra.
d) Quando a guerra iniciou, multidões saíram às ruas nos países envolvidos para comemorar o conflito: a lealdade e o patriotismo eram palavras de ordem.

2) (FGV-RJ 2015) Sobre a participação brasileira na Primeira Guerra Mundial, é correto afirmarque:
a) O governo brasileiro declarou guerra à Alemanha, em 1914, após o torpedeamento de um navio, carregado de café, que acabara de deixar o porto de Santos.
b) O governo brasileiro manteve-se neutro ao longo de todo o conflito devido aos interesses do ministro das relações exteriores Lauro Muller, de origem alemã.
c) A partir de 1916, o Exército brasileiro participou de batalhas na Bélgica e no norte da França com milhares de soldados desembarcados na região.
d) O Brasil enviou uma missão médica, um pequeno contingente de oficiais do Exército e uma esquadra naval, que se envolveu em alguns confrontos com submarinos alemães.
e) Juntamente com a Argentina, o governo brasileiro organizou uma esquadra naval internacional incumbida de patrulhar o Atlântico Sul contra as ofensivas alemãs.

AULA E ATIVIDADE PROJETO DE VIDA 1º ANO

SEGUE O LINK DA AULA E ATIVIDADE PROJETO DE VIDA 1º ANO: https://drive.google.com/file/d/1treRRXIHZKZzU8cridNdyckqB55Nq-jm/view?usp=sharing ...