O que estuda a História?
Obs: Esse resumo é relacionado às aulas 01 e 02 do nosso Guia de Aprendizagem do 1º período. Segue o link onde vocês podem baixar o Guia de Aprendizagem do 1º período e acompanhar as nossas próximas aulas e atividades. Ao final desse resumo segue atividade a ser respondida e enviada ao email cemybacanga@gmail.com até o dia 05/04/2020 com o título ATIVIDADE 1 - HISTÓRIA. Deixem suas dúvidas, sugestões ou reclamações no final da postagem na opção comentários. Bons estudos!! Tia ama vcs!!!😘
Nas nossas últimas aulas, aprendemos que produzir e escrever a História da humanidade passa por uma série de processos de escolha, pesquisa e rigor que visam garantir o status de método científico à esse campo de estudos. Com base nisso, vimos também que, como qualquer outra área ou campo de estudo científico a História também se ocupa de um objeto de estudo e esse objeto é o homem. Mas não apenas o homem, o homem em uma perspectiva sensorial bem específica, ou seja, o estudo do homem em sociedade e sua relação com o que chamamos de "tempo". Para se compreender essa relação é imprescindível aos historiadores formularem algumas perguntas. Podemos citar algumas delas como:
- O que leva as pessoas em sociedade a buscarem por mudanças?
- Que motivos levam a essa necessidade de mudança?
- Como a História pode nos ajudar a entender os processos de mudança social do presente?
Sendo assim, afinal de contas, do que se encarrega de estudar a História?
- O passado?
- As ações humanas?
- O tempo?
- A origem das coisas?
- As sociedades e culturas?
Construindo um conceito para a História...
Para Marc Bloch, um famoso historiador francês, a História seria o estudo das ações humanas no tempo. Ou seja, uma forma racional de refletir e organizar as experiências dos sujeitos e grupos sociais em diferentes percepções de tempo (processo histórico).
Mas a História também pode ser...
- A investigação das relações entre passado e presente;
- O registro escrito e oral das experiências humanas;
- O estudo das memórias e representações dos grupos em sociedade
- Uma forma de constituir identidades individuais, coletivas e nacionais.
E o que a História não é...
- Um conhecimento congelado no tempo;
- Uma narrativa recheada de heróis, datas e fatos isolados;
- Uma sequência mecânica de causa e efeito;
- Uma atividade pré-determinada, fechada e sem transformações.
E por que é importante estudar História?
- Contribuição para a construção da ideia de IDENTIDADE, seja ela local, regional e/ou nacional;
- Formação da cidadania; sujeito político – cidadão crítico;
- Compreender os processos de permanências e mudanças em diferentes lugares e tempos.
E quais são as principais “matérias-primas” do historiador?
Para exercer seu ofício de historiador, o estudioso da História, como qualquer outro cientista, necessita de determinadas ferramentas de trabalho. Nesse caso estamos falando de alguns conceitos fundamentais para que o historiador construa um conhecimento dito "histórico", sendo estes os principais:
- A cultura;
- O sujeito histórico;
- O fato histórico;
- O tempo histórico;
- A historicidade;
- A historiografia;
- As fontes históricas;
A Cultura
Podemos entender a cultura como as diferentes formas de concepção e organização da vida em sociedade dos diferentes sujeitos em diferentes tempos e lugares e que determinam suas experiências de vida. Ou seja, as culturas também são históricas, não ficam paradas no tempo, mas interagem entre si e se transformam o tempo todo.
O Sujeito Histórico
Para os PCN’s: “os sujeitos históricos são indivíduos, grupos ou classes sociais participantes de acontecimentos de repercussão coletiva e/ou imersos em situações cotidianas na luta por transformações ou permanências". Exemplos: homens, mulheres, crianças, idosos, indígenas, sem terras, políticos, professores, operários, camponeses...
Exemplos de Sujeitos Históricos:
Sundiata Keita |
SUNDIATA KEITA
Determinados conceitos são criados para explicarem realidades históricas específicas, determinadas e construídas em uma época e em uma cultura específica. A isso chamamos de historicidade. Empregar conceitos de forma aleatória a diferentes tempos e espaços sociais é o que denominamos de anacronismo.
Por outro lado, outros conceitos, por serem capazes de uma visão mais geral de realidades histórico-sociais semelhantes, se encaixam naquilo que chamamos de categoria, como por exemplo os conceitos de trabalho, homem, mulher, revolução ou lazer. Tais categorias não podem ser utilizados como modelos fechados, mas ajudam na análise da dinâmica das mudanças e permanências nos diversos processos históricos.
A forma como cada época e lugar observa, analisa e escreve sobre os seus próprios processos históricos, a partir das categorias e conceitos de sua própria época é o que chamamos de historiografia. Por isso que mais uma vez Marc Bloch nos fala que o historiador se volta para escrever sobre o passado mas com o seu olhar que está no presente.
São todos os vestígios materiais ou imateriais deixados pelas pessoas que viveram no passado. Tudo aquilo que já foi produzido pelo homem ao longo da sua existência pode ser utilizado pelo historiador para tentar compreender os diferentes processos sociais ao longo do tempo.
- Nascido no século XIII
- Fundador do Império de Mali
- Rei guerreiro e figura mítica na história africana
Rainha Nzinga Mbandi |
RAINHA NZINGA MBANDI
- Um dos principais símbolos da resistência africana contra a escravidão moderna;
- Governou o reino de Ndongo, atual Angola;
- Foi uma das mulheres mais influentes e poderosas do continente africano no século XVII.
O Tempo Histórico
Existem diferentes formas de perceber e demarcar a experiência sensorial que chamamos de tempo de acordo com as diferentes culturas. Os primeiros homens utilizavam como forma de compreender o mundo em que viviam aquilo que chamamos de "tempo geológico" ou "tempo da natureza". Essa forma de experienciar o tempo é aquele das transformações naturais que acontecem ao nosso redor no planeta terra, sendo, dessa forma, extremamente lentas. Esses primeiros grupos de humanos utilizavam essa forma de percepção e contagem do tempo, principalmente, pela necessidade de sobrevivência (cheias dos rios e das marés para as plantações; contagem da época de colheita ou plantio pelos acontecimentos observados na natureza).
Podemos determinar dessa forma que há uma diferença entre os conceitos de tempo, passado e história:
- Tempo: forma humana de experienciar e demarcar os fenômenos da natureza;
- Passado: todos os acontecimentos, naturais ou não, já ocorridos desde o surgimento da Terra;
- História: parte desse passado iniciado a partir do surgimento da vida humana na Terra e que é de interesse desse campo de estudo.
O Tempo Cronológico
Assim, como a forma de conceituar a experiência dos acontecimentos da natureza, o convívio social humano também o fez inventar diferentes formas de classificar e demarcar o tempo. Dessa forma surge o que chamamos de "tempo cronológico", ou seja, aquele tempo dividido em diferentes unidades de medidas. Ex.: segundos, minutos, horas, dias, meses, séculos.
O Calendário é um exemplo desse tempo cronológico, sendo um produto cultural, ou seja criado pelos homens, e varia de uma sociedade para outra. O calendário adotado no Brasil, baseia-se no calendário cristão ou gregoriano. Outros exemplos de calendários são os calendários chinês (ano 4718) ou o calendário islâmico (1441);
Logo, o historiador se ocupa de construir os conhecimentos em História a partir de uma divisão específica do que chamamos de "tempo histórico", ou seja, escrever e interpretar as mudanças e permanências das experiências sociais humanas a partir dos registros e vestígios deixados pelos diferentes povos em diferentes lugares e tempos. Para facilitar esse seu trabalho podemos dividir esse tempo histórico em três diferentes classificações: a curta, a média e a longa duração.
Fonte: https://estudandohistoriacomrafaelafarias.wordpress.com/o-tempo-e-a-historia-2/ |
O Tempo Linear
Quando imagina o futuro e traça planos para alcançar objetivos, você não tem a sensação de que o tempo é como uma linha reta que aponta para determinada direção, obedecendo a uma sequência cronológica?
Para dar um exemplo, lembre-se da linha do tempo que estudamos em nossas aulas: ela traça os acontecimentos distribuídos ao longo do tempo, numa perspectiva do mais antigo para o mais recente, vislumbrando o que ainda está por vir.
Nesse caso a sensação que temos é a de que os acontecimentos são sucessivos, como se houvesse um começo, um meio e um fim mais longos, espaçados. Essa percepção é chamada de "tempo linear". No entanto é importante saber que essas duas formas de perceber o tempo ocorrem simultaneamente em nossas vidas. Assim, também como uma forma de organizar e classificar os eventos em História é que surge a ideia de periodização em História, ou seja, classificar os grandes períodos da História a partir da sua demarcação em uma longa linha temporal:
O Fato Histórico
Acontecimentos considerados fundamentais para determinadas sociedades são chamados de fatos históricos. Não existem versões únicas e definitivas dos fatos históricos e sim versões ligadas à época que as produziu. A análise dos fatos históricos, sua pesquisa e seleção se faz em função das questões do presente do historiador.
Os conceitos de historicidade e a historiografia
Por outro lado, outros conceitos, por serem capazes de uma visão mais geral de realidades histórico-sociais semelhantes, se encaixam naquilo que chamamos de categoria, como por exemplo os conceitos de trabalho, homem, mulher, revolução ou lazer. Tais categorias não podem ser utilizados como modelos fechados, mas ajudam na análise da dinâmica das mudanças e permanências nos diversos processos históricos.
A forma como cada época e lugar observa, analisa e escreve sobre os seus próprios processos históricos, a partir das categorias e conceitos de sua própria época é o que chamamos de historiografia. Por isso que mais uma vez Marc Bloch nos fala que o historiador se volta para escrever sobre o passado mas com o seu olhar que está no presente.
As Fontes Históricas
COMO SE USAM AS FONTES HISTÓRICAS?
O historiador necessita das fontes para cruzar e comparar informações, visando produzir uma análise mais geral dos acontecimentos.Para finalizar.....
O que o Historiador necessita para produzir o conhecimento histórico?
- Fontes, fatos e sujeitos históricos;
- Compreender os ritmos do tempo;
- Compreender que não existe uma versão definitiva dos processos e que a História vive em constante processo de revisão e reescrita (Historiografia).
A importância de se estudar História
- Entender o presente por meio das suas várias relações com o passado;
- Desenvolver a identidade, a cidadania e posicionamentos críticos acerca da sociedade;
- Perceber que estamos em constante transformação, mas que sofremos também com as permanências da História.
ATIVIDADE
Agora vamos exercitar tudo aquilo que estudamos até aqui. Segue link da atividade proposta que deve ser enviada para o email cemybacanga@gmail.com até o dia 05/04/2020 com o título ATIVIDADE 1 - HISTÓRIA. Bons estudos e FIQUEM EM CASA!!! QUARENTENA NÃO É FÉRIAS!!! Até a próxima!!! 😉
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