quinta-feira, 26 de março de 2020

HISTÓRIA - Transição da Idade Média para a Idade Moderna - Resumo e atividade - turmas 200 e 201

A Transição da Idade Média para a Idade Moderna


Obs: Esse resumo é relacionado às aulas de 01 e 04 do nosso Guia de Aprendizagem do 1º período. Segue o link onde vocês podem baixar o Guia de Aprendizagem do 1º período e acompanhar as nossas próximas aulas e atividades. Ao final desse resumo segue atividade a ser respondida e enviada ao email cemybacanga@gmail.com até o dia 05/04/2020 com o título ATIVIDADE 2 - HISTÓRIA. Deixem suas dúvidas, sugestões ou reclamações no final da postagem na opção comentários. Bons estudos!! Tia ama vcs!!!😘 
https://drive.google.com/file/d/1B2NzZ3lyGoMk_qOTX39Tu040rC6H4b50/view?usp=sharing


➥Estudamos nas nossas últimas aulas as mudanças ocorridas na Europa que levaram à profundas mudanças sociais que levaram ao fim do modelo feudal de organização. Aqui iremos relembrar um pouco os motivos que levaram à essas mudanças e quais modelos econômicos e sociais foram se instalando em especial podemos adiantar 3 deles:
- O Renascimento comercial, cultural e urbano;
- O Absolutismo;
- O mercantilismo.
Vamos lá, falar um pouco mais sobre essas transformações.

Condições Históricas

  • Baixa Idade Média (Séc. XI-XIV):


• Aumento da população européia;
– Desestruturação do Sistema Feudal com a Primogenitura (direito do filho mais velho herdar a terra).
– Aumento de uma nobreza sem terra.
• Crescimento populacional;
– Aumento de bandidos, ladrões e saques.
• Para diminuir as guerras fratricidas a Igreja criou a Paz de Deus;
– "Que nenhum cristão mate outro cristão“.
– Proibindo guerras aos domingos e em feriados.

      ●   Cruzadas (Séc. XI ao XIII)


CRISTÃOS X MUÇULMANOS• OBJETIVO ESPIRITUAL:• Guerras para libertar Jerusalém dos Muçulmanos;– Expansão do Cristianismo;– Combater a expansão islâmica.• OBJETIVO MATERIAL:– Conquistar terras para expandir o feudalismo e alocar a população excedente.– Dominar cidades estratégicas do Oriente.– Pequenos comerciantes interessados na expansão do comércio.

EFEITO DAS CRUZADAS...

• Os exércitos cristãos não conseguiram derrotar os muçulmanos.
• Possibilitou intercâmbio: Cultural e Comercial.
• A Europa passou a manter contato com outras civilizações: Bizantina e Islâmica.
– Passaram a conhecer o requinte e o luxo.
• Ex: especiarias, tapetes, jóias, tecidos finos, marfim...
• O Mar Mediterrâneo passou as ser controlado pelos comerciantes italianos.

Dissolução do Sistema Feudal

- Emancipação dos servos para o trabalho assalariado ou arrendamento das terras;
- Os senhores feudais se desfazem de parte de suas terras;
- Endividamento junto à burguesa.


PROGRESSO AGRÍCOLA...

• Século X = Últimas invasões bárbaras (os Vikings);

• Inovações tecnológicas: Charrua, peitoral,

ferradura, moinho d’água e a rotação das culturas.

• O Excedente produtivo começa a incentivar o comércio, dinamizando a economia e promovendo a urbanização.

Renascimento comercial do século XV


A partir do século XI...

• As moedas passaram a ser reutilizadas para facilitar as trocas comerciais.

• Principais eixos do comércio:

– Mar mediterrâneo,

– Mar do Norte,

– E as ligações entre estes portos, tanto por via terrestre quanto por via marítima.
Aumento da atividade manufatureira (Produção bélica, construção naval, produção de roupas e tecidos);
- A venda de excedente nas cidades gerou atividades agro-comerciais.



ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA:
• Corporações de ofício ou Guildas:
– Associações que reuniam artesões controlando a produção, distribuição, a qualidade e o preço de seus produtos específicos.
• Hansas ou Ligas Hanseáticas:
– Associações de mercadores.
– Monopólio do comercio local, controlando a concorrência estrangeira e regulamentando os preços.

Renascimento Urbano:

• Cidades com governos Próprios:
– Chamadas de Comunas - designação para a cidade que se tornava emancipada pela obtenção de carta de autonomia fornecida pelo rei.
– Forais ou cartas de Franquia garantiam este direito pois o senhor feudal que dava ampla autonomia aos núcleos urbanos.

 Crise do séc. XV:

● Grande fome do século XIV;
- Desequilíbrio na produção e no consumo.
- Terra perdeu qualidade;
- Mudanças climáticas repentinas (1315 e 1317)
● Peste Negra
- Péssimos hábitos de higiene;
- Precárias condições de saneamento;
- 1/3 da população européia foi atingida;
- Clero/Igreja passaram a ser questionados pois foram falíveis.
- População buscou outros caminhos de salvação pessoal.;
● Guerra dos Cem Anos (1346-1450);
Entre ingleses e franceses de 1337 a 1453.
- A longa duração desse conflito explica-se pelo grande poderio dos ingleses de um lado e a obstinada resistência francesa do outro.
- Alegando ter sido designada por Deus para dar fim ao controle inglês, a camponesa Joana D'Arc mobilizou as tropas e populações locais.
– Nesse instante, temendo o fortalecimento de uma liderança popular, os nobres franceses arquitetam a entrega de Joana D'Arc para os britânicos.
Consequências:
- Esvaziamento da população européia;
- Desorganização da produção;
- Aumento da carga de trabalho e impostos p/ os camponeses.
Fortalecimento da Monarquia

➥O vácuo criado no poder, aberto pelo enfraquecimento da nobreza é imediatamente recoberto pela expansão das atribuições, poderes e influências dos monarcas (reis) modernos; Surge então uma necessidade de aproximação entre reis e burguesia pela necessidade de unificação política em torno de uma unificação das: 

- moedas
- impostos
- leis e normas;
- fronteiras e línguas.

➥Surgem também, no campo social, mudanças no sentido de se criarem novos hábitos e maneiras de ser e se comportar, esse processo será identificado como "processo civilizador" e terá como objetivos imediatos:


- Pacificação da guerras feudais;

- Eliminação do banditismo das estradas;

- Exército de mercenários  - monopólio da força de polícia;

- Criação de um burocracia de estado;

- Aproximação com a burguesia (aliança rei x burguesia);

- Controle da nobreza – sociedade de corte.



➥Nova política econômica – Mercantilismo


➥Surge assim, um novo modelo de estado, chamado de Estado Absolutista estabelecendo assim uma nova ordem social, voltaremos já já nesse conceito de estado.

E o Renascimento?

➥O Renascimento, foi primeiro grande momento de construção de uma cultura burguesa, na qual a razão e a ciência são as bases para o entendimento do mundo. 

➥Mas, o que foi mesmo o Renascimento?
- Fruto de todo um processo de transformação que passava o continente europeu. 
- Uma revolução cultural que fundou o nosso muno Moderno.

➥Assim o surgimento do Renascimento cultural enquanto movimento social na Europa teria se dado pelo aparecimento de novos valores  em substituição os valores medievais. Tal processo de construção cultural do homem moderno e da sociedade contemporânea se pautava em três elementos principais:

- Humanismo (Antropocentrismo); 
- Racionalismo; 
- Individualismo; 

Mas... e as Monarquias Nacionais Absolutistas?
(Absolutismo)

➥No quadro final da crise da Idade Média (séc. XIV-XV), a centralização política nas mãos dos reis surgiu como alternativa política capaz de restabelecer a ordem e a segurança. Atuando como árbitro entre os senhores feudais e a burguesia, o rei conseguiu, aos poucos, impor sua autoridade sobre todo o território do reino.
➥Nesse processo que se deu desde a Baixa Idade Média, a fragmentação política, tão marcante no feudalismo, deu lugar ao poder centralizado e aos territórios unificados. Surgiram na Europa monarquias centralizadas, como as da França, Inglaterra, Portugal e Espanha, que chamamos de Estado Moderno ou Estado Absolutista.
➥Os Estados Nacionais Unificados Modernos Centralizados e, finalmente, Absolutistas são característicos da Europa Ocidental entre os séculos XVI e XVIII.
➥Um dos pilares do rei era o exército nacional, possibilitado pelo recolhimento de impostos nacionais (que se sobrepõe aos impostos feudais).
➥O rei absolutista é fruto de uma espécie de equilíbrio de forças entre a nobreza (decadente) e a burguesia (em ascensão), ao passo que precisa de algum amparo da Igreja Católica (que funcionou na época ainda como uma espécie de poder paralelo).
➥Algumas das formas utilizadas pelo rei para manter o poder em suas mãos:
- Aproximação com a burguesia;
- Concessão de cargos à nobreza;
- Arrecadação centralizada de impostos e moeda nacional;
- Unificação de pesos e medidas;
- Formação de exército permanente, normalmente composto de mercenários;
- Expansão dos territórios nacionais, através da guerra ou de colônias;
- Organização político-administrativa centralizada.
Observe no esquema abaixo as principais alianças do rei absolutista:

O Absolutismo na Europa

Os regimes absolutistas se destacaram na Europa Moderna, sobretudo em França, Inglaterra, Espanha e Portugal. Observemos os casos:
França – Nesse país o regime centralizado foi se estruturando durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Devido ao esforço de Guerra para repelir os invasores ingleses, a França foi criando um regime centralizado nas mãos da dinastia de Valois.
No contexto francês é importante destacarmos a figura mitológica de Joana D’Arc, tratada como heroína naquele país (e transformada ems anta no início do século XX). Joana receberia mensagens de Deus, afirmando da vitória francesa e da ascensão dos Valois. Chegou a lutar na Guerra e, durante ela, foi capturada pelos ingleses, que à levaram para a fogueira da inquisição.

Inglaterra – Os ingleses também começam o processo de formação do Estado Unificado ao longo da Guerra dos Cem Anos, porém, depois desse conflito nasce internamente a Guerra das Duas Rosas (1455-85), entre os York e os Lancaster. Fruto do acordo politico entre as duas famílias é a ascensão dos Tudor, na figura de Henrique, o primeiro rei absolutista inglês. 

Espanha – Espanha e Portugal são frutos da Guerra da Reconquista (séc. VIII/IX – XV), quando os
cristãos europeus lutavam para retomar a península ibérica dos muçulmanos (mouros). Em meio a reconquista foram nascendo reinos como Castela, Aragão, Navarra e Leão, que mais tarde se unificariam. O marco decisório para a unidade foi o casamento dos “reis católicos” Fernando de Aragão e Isabel de Castela (1469). A partir daí estaria plantada a base para a formação da Espanha.

Portugal – Este reino também é fruto da Guerra da Reconquista, mas muito mais da Revolução de Avis (1385), movimento liderado pela burguesia portuguesa que colocou no trono o indesejado D. João de Avis (já que este era filho ilegítimo do rei
que havia morrido, a nobreza pretendia entregar a coroa à Castela). A ascensão de D. João de Avis gerara condições para o processo de expansão marítima após Portugal se tornar o primeiro reino absolutista europeu.

Exceções – No processo de centralização do poder da Idade Moderna, são marcantes as ausências de Itália e Alemanha, que só se unificariam no século XIX, sendo chamados de os “Países de Unificação Tardia”. A Itália apresentava muitas cidade e repúblicas com rivalidades entre si, além de pequenos reinos rurais e áreas pertencentes à Igreja. A Alemanha, por sua vez, formava o Sacro Império Romano Germânico, um emaranhado de reinos feudais sob o controle da Igreja Católica que só foi ter no início do século XIX.

Defensores do Absolutismo – Conforme se estabeleceram regimes centralizados na Europa, foram também surgindo pensadores tentando explicá-los.
Jean Bossuet: em “A política retirada das sagradas escrituras” era um dos defensores da origem divina do poder real, dizendo que o rei era um predestinado por Deus para exercer o poder, não devendo, deste modo, ser contestado.
Thomas Hobbes: em “O Leviatã”, dizia que o poder real era virtude de um contrato social que havia sido feito entre os membros da sociedade, os quais atribuíram todo o poder a uma pessoa (o rei). O rei representava a ordem em oposição ao caos de um tempo anterior.
Nicolau Maquiavel: Autor de “O Príncipe”. Defendia que o monarca devia usar de todos os meios para se manter no poder, mesmo que fossem meios imorais (mentira, violência, etc.). A síntese do pensamento maquiavélico é: “os fins justificam os meios”.

EXTRA: Trecho da obra “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel
“Nasce daí uma questão: se é melhor ser amado que temido ou o contrário. A resposta é de que seria necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado. Isso porque dos homens pode-se dizer, geralmente, que são ingratos, volúveis, simuladores, tementes do perigo, ambiciosos de ganho; e, enquanto lhes fizeres bem, são todos teus, oferecem-te o próprio sangue, os bens, a vida, os filhos, desde que, como se disse acima, a necessidade esteja longe de ti; quando esta se avizinha, porém, revoltam-se. E o príncipe que confiou inteiramente em suas palavras, encontrando-se destituído de outros meios de defesa, está perdido: as amizades que se adquirem por dinheiro, e não pela grandeza e nobreza de alma, são compradas mas com elas não se pode contar e, no momento oportuno, não se torna possível utilizá-las.”

Para ajudar a fixar bem o que estudamos até aqui, segue um pequeno vídeo sobre os principais conceitos e conteúdos que vimos até aqui:


Proposta de Atividade:

Agora vamos exercitar tudo aquilo que estudamos até aqui. Segue link da atividade proposta que deve ser enviada para o email cemybacanga@gmail.com até o dia 05/04/2020 com o título ATIVIDADE 2 - HISTÓRIA. Bons estudos e FIQUEM EM CASA!!! QUARENTENA NÃO É FÉRIAS!!! Até a próxima!!! 😉 
https://drive.google.com/file/d/1JUafpHkjIh16cf1Z5w4glz7Az8ACH3B5/view?usp=sharing

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AULA E ATIVIDADE PROJETO DE VIDA 1º ANO

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