A civilização mesopotâmica produziu manifestações artísticas subordinadas aos interesses do estado e da religião, o que não impediu a criação de formas expressivas de grande originalidade e valor estético. A arte mesopotâmica compreende as obras artísticas das diversas culturas que, na antiguidade, se desenvolveram na região situada entre os rios Tigre e Eufrates, hoje territórios pertencentes a Turquia e ao Iraque. Os principais povos mesopotâmicos foram: os sumérios, os acádios, os assírios, os caldeus e os babilônicos.
Os primeiros vestígios de populações estáveis foram encontrados na região norte e datam de meados do sexto milênio antes da era cristã, na transição entre o neolítico e o calcolítico. Essas comunidades foram denominadas de acordo com a localização dos sítios arqueológicos: Hassuna, Hassuna-Samarra e Halaf. A cerâmica produzida por essas populações é decorada com desenhos geométricos adaptados à forma dos vasos com notável habilidade. No delta formado pelos dois rios, a fase pré-histórica mais antiga recebe o nome de Obeid I. Acredita-se que o povo sumério tenha surgido dos primitivos povoadores, mas a hipótese não foi comprovada. A presença dos sumérios só é corroborada com provas a partir de aproximadamente 3100 a.C., com a invenção da escrita.
As manifestações artísticas da civilização mesopotâmica (pintura, escultura, arquitetura, artesanato, literatura, etc.) e foram desenvolvidas durante cerca de 4.000 anos.
Eles habitavam as terras férteis do vale dos rios Tigre e Eufrates, territórios que hoje pertencem a Turquia e ao Iraque. Os principais povos mesopotâmicos foram: os sumérios, os acádios, os assírios, os caldeus e os babilônicos.
Principais Características
Ainda que seja difícil reunir as diversas características que marcaram a arte mesopotâmica, visto a infinidade de povos e culturas que se desenvolveram na região, no geral, a arte mesopotâmica reflete a história, a política, a religião, as forças da natureza e as diversas conquistas dos povos que habitaram o local até o século VI a.C., ou seja, até a conquista dos persas.
Os principais materiais utilizados para a produção da arte mesopotâmica eram a argila, o adobe, a terracota, a cerâmica, o cobre, o bronze, o basalto, o ouro, a prata, o estanho, o alabastro, o junco, o marfim e ainda, diversas pedras preciosas.
A arquitetura mesopotâmica foi a mais desenvolvida das artes desse período, sendo marcada pela grandiosidade das formas. As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios, em geral muito grandiosos; como havia pouca pedra, as paredes tinham que ser grossas, pois eram feitas de tijolos. Os templos possuíam instalações completas, com aposentos para os sacerdotes e outros compartimentos. Um traço característico dessa arquitetura era o “Zigurate”, torre de vários andares, em geral sete, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu.
Tanto a escultura quanto a pintura eram fundamentalmente decorativas. A escultura era pobre, representada pelo baixo relevo. Destacava-se a estatuária assíria, gigantesca e original. Os relevos do palácio de Assurbanipal são obras de artistas excepcionais. A pintura mural existia em função da arquitetura.
Escultura Mesopotâmica
Os escultores representavam o corpo humano de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos. Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante. As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses. As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo.
Utilizavam e mosaicos para retratar sobretudo, cenas cotidiano, de guerra, rituais, cerimônias, deuses e também a história desses povos.
Rainha da Noite, Antiga Deusa da Mesopotâmia |
Muitas esculturas tinham o objetivo de ornar os grandes espaços arquitetônicos, tal qual as pinturas, e seguiam padrões naturalistas e/ou realistas. Tinham como principal característica a ausência de movimento, constituindo assim, esculturas rijas e estáticas.
Ainda que algumas esculturas foram produzidas em pedra, a maioria delas eram feitas em argila, as quais retratavam seres humanos, mitológicos, animais e deuses de maneira frontal, sejam em pé ou sentados.
Pintura Mesopotâmica
Grandes murais, artigos utilitários e de adorno foram desenvolvidos pelos mesopotâmicos. Muitas pinturas eram produzidas para adornarem os templos e palácios como os murais.
Os artistas se utilizavam de diversas cores (com maior incidência do preto, branco, vermelho e amarelo) e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. A produção de objetos de cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas, que utilizavam também tijolos esmaltados.
Arquitetura Mesopotâmica
As construções arquitetônicas foram marcadas pela grandiosidade nas quais incluíam arcos, pinturas murais, esculturas e decorações em baixo relevo, sobretudo nos templos e palácios. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo.
Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na região;. O zigurate, torre piramidial, de base retangular, composto de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos andares, cada um menor que o anterior. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos queimados e cozidos ao sol. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário, como um local de observações astrônomicas. Como exemplo, o “Zigurate de Ur”, uma espécie de templo em forma de piramidal criado pelos sumérios para adoração dos deuses.
As muralhas construídas por Nabucodonosor eram tão largas, que sobre elas realizavam-se corridas de carros. Mais famosas foi as portas, cada uma dedicada a uma divindades e ornamentadas com grandes figuras em relevo. O caminho das procissões e a porta azul de Ishatar (deusa do amor e da fertilidade) eram decorados com figuras em cerâmicas esmaltada. A porta encontra-se no Museu de Berlim, mas suas cores desaparecem.
Zigurate de Ur, na província de Dhi Qar, no Iraque
Muitas esculturas tinham o objetivo de ornar os grandes espaços arquitetônicos, tal qual as pinturas, e seguiam padrões naturalistas e/ou realistas. Tinham como principal característica a ausência de movimento, constituindo assim, esculturas rijas e estáticas.
Ainda que algumas esculturas foram produzidas em pedra, a maioria delas eram feitas em argila, as quais retratavam seres humanos, mitológicos, animais e deuses de maneira frontal, sejam em pé ou sentados.
Literatura Mesopotâmica.
O mais antigo sistema de escrita teria nascido por volta do ano de 3100 a. C. no Sul da Mesopotâmia, como resultado do processo de assimilação entre os Sumérios e os povos semitas da Arábia.
O processo teve início a partir de uma imagem simples, a qual evoluiu para um símbolo pictográfico fonetizado, para só mais tarde se constituir numa palavra.
O suporte era, à data, a massa mole de argila (placas de barro), na qual se inscreviam e gravavam os símbolos gráficos em forma de cunha (até porque era difícil desenhar em barro mole sinais curvos), para depois serem cozidas como se fossem peças de cerâmica.
Com o decurso natural do tempo, o sistema sumério cuneiforme (do latim cuneus, que significa cunha) foi adotado por outros povos, sendo que a dada altura, em todos os estados da Mesopotâmia se escrevia com caracteres cuneiformes, originalmente constituídos por desenhos de objetos, não só sobre as placas de argila mas também sobre peças de marfim e pequenas tábuas de madeira. Inicialmente concebido para responder a propósitos administrativos (leis, éditos, contabilidade dos comerciantes e dos Estados), depressa extravasou este primeiro objetivo para passar a ser utilizado para exprimir o pensamento do homem.
A escrita mesopotâmica era uma escrita complexa, composta por 2000 sinais cuneiformes originais, muito embora somente 200 ou 300 fossem utilizados constantemente. A escrita cuneiforme manteve-se vigente até ao começo da nossa era.
Os mesopotâmicos se destacaram também na literatura com a criação de poemas e narrativas épicas, como a “Epopeia de Gilgamesh”, inspiradora da descrição do dilúvio em Acádio.
Tabuleta de argila com escrita cuneiforme do assírio antigo |
Música e dança
A música na Mesopotâmia, principalmente entre os babilônicos, estava ligada à religião.
Quando os fiéis estavam reunidos, cantavam hinos em louvor dos deuses, com acompanhamento de música. Esses hinos começavam muitas vezes, pelas expressões: " Glória, louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus", seguindo a enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.
Nas cerimônias de penitência, os hinos eram de lamentação: "aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade. Instrumentos sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses salmos, vê-se o texto interromper-se e as onomatopéias "ua", "ui", "ua", sucederem-se em toda uma linha. A massa dos fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro tivessem gemido bastante.
A procissão, finalmente, muitas vezes acompanhava as cerimônias religiosas e mesmo as cerimônias civis. Sobre um baixo-relevo assírio do British Museum que representa a tomada da cidade de Madaktu em Elam, a população sai da cidade e se apresenta diante do vencedor, precedida de música, enquanto as mulheres do cortejo batem palmas à oriental para compassar a marcha. O canto também tinha ligações com a magia.
Há cantos a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra, cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os viajantes, o estado de transe.
A dança, que é o gesto, o ato reforçado, se apóia em magia sobre leis da semelhança. Ela é mímica, aplica-se a todas as coisas:- há danças para fazer chover, para guerra, de caça, de amor etc.
Conteúdo referente à aula do período: 06/05 a 12//052020. Neste intervalo você deverá fazer o estudo do material.
Questionamentos poderão ser feito pelo grupo do whatsApp ou pelo e-mail: santosjotab@gmail.com
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