Língua
Portuguesa – Profª.: Helayne Araújo
Referente a semana 30/03 a 03/04/2020
Referente a semana 30/03 a 03/04/2020
1ª
AULA: Tríade da Comunicação: Linguagem, Língua e Fala
Linguagem: a linguagem é todo sistema
verbal e não verbal pré-estabelecido que nos permite a realização da
comunicação. Características do sistema verbal e não-verbal:
a)
Verbal: o destaque na comunicação são as palavras.
b)
Não-verbal: não considera as palavras, mas outros sinais. Como exemplo de
linguagem não-verbal são os sinais de trânsito, gestos faciais, gestos
corporais, etc.
Língua: é uma forma de linguagem. A
língua é baseada em palavras, ou seja, em uma comunidade, um determinado grupo
de indivíduos usa a linguagem verbal. Como exemplo, duas falas
estrangeiras são línguas diferentes.
Fala: os sinais utilizados pelo
indivíduo é a linguagem oral. É um ato singular, pois cada indivíduo pode optar
pelas variedades da língua que desejar para exposição da fala. Conforme o
momento, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural que está
inserido, etc.
Na
unidade da língua existe uma enorme variação nos diversos níveis da fala. Além
da sua própria fala é importante conhecer a fala dos outros para sermos capazes
de efetuar um diálogo eficaz. Mesmo que a comunicação seja com diversas pessoas
de variadas culturas e que haja algumas alterações na linguagem delas.
Níveis da
fala
Há uma
característica individual da fala, por isso observamos variados níveis:
Nível
coloquial-popular: é uma fala mais utilizada na rotina das pessoas, constantes nas
situações informais. É mais usada na fala espontânea, a
maioria dos indivíduos não se preocupam com a forma culta da língua ao falar em
um ambiente não-formal.
Exemplo:
“Xaxado, já imaginô se nois dois fosse astrornata?”.
Chico
Bento e a Turma do Xaxado.
Nível
formal-culto: existe
nesse nível preocupação com a forma correta das regras gramaticais da nossa
língua. Geralmente utilizada em situações formais. Há cautela com o vocabulário
e obediência com a norma culta da língua.
Exemplo:
“A busca para compreender o cérebro humano acaba de dar um passo importante. Um
estudo publicado na revista americana "Science" apresentou o primeiro
modelo computacional do cérebro capaz de simular comportamentos humanos
complexos, como realizar somas e completar séries de números”.
O signo linguístico é um elemento representativo na
tríade da comunicação. Existem dois aspectos: o significado e o significante. A
nossa memória é um fator fundamental nesse processo. Escutamos uma palavra e
logo após a reconhecemos devido a nossa lembrança. Essa lembrança ocorre porque
o nosso cérebro armazenou uma real imagem sonora dessa palavra, isso acontece
devido o elemento significante. Ao realizar o conceito da palavra
escutada denominamos de significado que também se encontra
armazenado na nossa memória.
Deve-se
obedecer aos padrões determinados de organização. É essencial em uma língua
tanto o reconhecimento de seus signos, como o uso correto de suas regras
gramaticais convencionais.
Referências
Bibliográficas:
Azevedo, Benedita. Site: www.recantodasletras.com.br
Chico Bento e a Turma do Xaxado. Site: www.historiaequadrinhos.com.br.
Site: http://www.soportugues.com.br
Jornal Folha de São Paulo. Ciência. 16/12/12.
Azevedo, Benedita. Site: www.recantodasletras.com.br
Chico Bento e a Turma do Xaxado. Site: www.historiaequadrinhos.com.br.
Site: http://www.soportugues.com.br
Jornal Folha de São Paulo. Ciência. 16/12/12.
2ª AULA: Variações Linguísticas
As
variedades linguísticas diferenciam-se da norma-padrão por convenções sociais,
momento histórico, contexto ou região em que um falante insere-se.
As variações
(variantes ou variedades) linguísticas são as ramificações
naturais de uma língua, as quais se diferenciam da norma-padrão em
razão de fatores como convenções sociais, momento histórico,
contexto ou região em que um falante ou grupo social
insere-se. Trata-se, pois, de objeto de estudo da Sociolinguística, ramo que
estuda como a divisão da sociedade em grupos – com diferentes culturas e
costumes – dá origem a diferentes formas de expressão da língua, as quais,
embora se baseiem nas normas impostas pela gramática prescritiva, adquirem
regras e características próprias. As variações linguísticas diferenciam-se em
quatros grupos: sociais (diastráticas), regionais
(diatópicas), históricas (diacrônicas) e estilísticas
(diafásicas).
Tipos de variações linguísticas
1. Variedades regionais, geográficas ou diatópicas
São as
variedades linguísticas que sofrem forte influência do espaço
geográfico ocupado pelo falante. Em um país com dimensões
continentais como o Brasil, elas são extremamente ricas (tanto em número quanto
em peculiaridades linguísticas).
Essas variantes
são percebidas por dois fatores:
·
Sotaque: fenômeno fonético (fonológico) em que pessoas de uma
determinada região pronunciam certas palavras ou fonemas de forma particular.
São exemplos a forma como os goianos pronunciam o R ou
os cariocas pronunciam o S.
·
Regionalismo: fenômeno
ligado ao léxico (vocabulário) que
consiste na existência de palavras ou expressões típicas de determinada região.
Em Goiás, por exemplo, normalmente se diz “mandioca”;
no Sul, “aipim”; no Nordeste, “macaxeira”.
2. Variedades sociais ou diastráticas
São as variedades linguísticas que não dependem da
região em que o falante vive, mas sim dos grupos sociais em que
ele se insere, ou seja, das pessoas com quem ele convive. São
as variedades típicas de grandes centros urbanos, já que as pessoas dividem-se
em grupos em razão de interesses comuns, como profissão,
classe social, nível de escolaridade, esporte, tribos urbanas, idade, gênero,
sexualidade, religião etc.
Para gerarem sentimento de pertencimento
e de identidade, os grupos desenvolvem características próprias, que vão desde
a vestimenta até a linguagem. Os surfistas, por exemplo, falam
diferentemente de skatistas; médicos comunicam-se diferentemente de advogados;
crianças, adolescentes e adultos possuem vocabulário bastante diferente entre
si. Os grupos mais escolarizados tendem a ser mais formais, enquanto os grupos
de menor formação normalmente são mais informais, ou seja, há diferentes registros de linguagem.
Há dois fatores
que contribuem para a identificação das variedades sociais:
·
Jargão (termo técnico): palavras
ou expressões típicas de determinados ambientes profissionais.
3. Variedades históricas ou diacrônicas
São as variedades linguísticas comumente usadas no
passado, mas que caíram em desuso. São percebidas por meio dos arcaísmos
– palavras ou expressões que caíram em desuso no decorrer do tempo. Essas
variedades são normalmente encontradas em textos literários, músicas ou
documentos antigos.
Veja o exemplo a
seguir:
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante
dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de
Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os
pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem
de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as
plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua,
nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução
moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para
comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas
lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício,
jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha.
O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete,
depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos
limpos, ele abria o arco.
ANDRADE,
C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
4. Variedades estilísticas ou diafásicas
São as
variedades linguísticas que surgem da adequação que o falante faz de seu nível
de linguagem ao estilo exigido pelo texto ou pela situação comunicativa. A
crônica, por exemplo, é um texto cujo estilo exige uso de linguagem coloquial;
a dissertação, por sua vez, exige do redator um estilo de escrita mais formal.
Portanto, caberá ao falante ou redator dominar as diferentes variantes a fim de
adequá-las à situação comunicativa (mais ou menos formal) e ao estilo exigido
pelo texto.
Por que existem as variedades linguísticas se há uma norma-padrão?
A resposta é bem simples. A língua apresenta variações,
visto que a própria sociedade divide-se em grupos: há os mais ricos e mais
pobres; os que moram nesta ou naquela região; jovens e idosos; os cristãos e os
budistas; os surfistas e os skatistas; os sambistas e os roqueiros; os médicos
e os advogados e assim por diante.
É natural que cada esfera da sociedade adapte as regras
da gramática normativa ou o vocabulário de acordo com suas necessidades
comunicativas. Por fim, é válido destacar que todos
os idiomas possuem variações e que todas
elas possuem validade: não há variedade bonita ou feia; certa ou errada,
elegante ou deselegante. Elas são apenas diferentes
e contribuem para a riqueza cultural de qualquer país.
Agora que já conhecemos os tipos de Variações
Linguísticas, chegou a hora da pesquisa:
ATIVIDADE: Pesquise sobre as variantes linguísticas
(palavras e expressões) presentes no falar maranhense. Escreva o máximo que
encontrar.
DICA: Converse com seus familiares, certamente
eles terão bastante informação para lhe passar.
DATA DE ENTREGA: 08/04/2020 (4ª FEIRA)
OBS.: NÃO RECEBEREI ATIVIDADES VIA
WHATSAP!! Não envie foto das atividades, escrevam no próprio e-mail ou mesmo
digitalize sua atividade e envie anexada ao e-mail. Qualquer dúvida ou
dificuldade entre em contato via whatsap ou deixe sua mensagem no blogger.
Desde já agradeço,
Beijos no coração de vocês... Bom
estudo!!
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