Industrialização, imperialismo e neocolonialismo
Quando o assunto é Imperialismo, alguns aspectos devem
sempre ser analisados em conjunto. Os principais são: Nacionalismo,
Neocolonialismo e junção entre o Capitalismo financeiro e o Capitalismo
industrial. Esses aspectos resumem o panorama político, econômico e cultural de
um período que vai desde a década de 1870 até o ano de 1914, ano em que teve
início a Primeira Guerra Mundial.
O termo “Imperialismo” sugere, obviamente, uma “Era de
Impérios”; em grande parte trata-se disso mesmo. Mas, conceitualmente falando,
o Imperialismo do século XIX consistiu num tipo de política expansionista das
principais nações europeias, que tinha por objetivo a busca de mercado
consumidor, de mão de obra barata e de matérias-primas para o desenvolvimento
das indústrias.
Esse fenômeno de expansão dos países europeus teve início a
partir do momento em que, após as Revoluções Burguesas dos séculos XVII e XVIII
e da formação das nações modernas na Europa (como Alemanha, Itália e França),
houve um intenso processo de industrialização desses países. A industrialização
gerou, por conseguinte, uma forte concorrência entre as nações, que passaram a
disputar territórios e estabelecer as suas fronteiras com exércitos
modernizados e uma sofisticada diplomacia. Esse processo acentuou gradualmente
o caráter nacionalista dos países europeus.
Ao mesmo tempo, a industrialização também exigia uma
integração econômica nunca antes vista. O capital gerado pela indústria, isto
é, toda a riqueza do processo de produção – desde maquinários até produtos para
consumo –, precisava de crédito e de sustentação financeira. Os setores do
capital financeiro (bancos e bolsas de valores) passaram a se integrar com o
setor das indústrias, criando assim maneiras de estruturar a complexidade da
economia mundial integrada.
Industrialização e Imperialismo
No final do século XIX, o capitalismo ganhou força com o crescimento da industrialização, o crescimento foi alcançado com base na acumulação de capital gerado e adquirido nos primeiros anos de industrialização.
Por outro lado a acumulação de capital favoreceu o avanço tecnológico na produção, a evolução das técnicas, a influência dos capitalistas para produzir infra-estrutura de transporte e comunicação, que na essência do sistema são fundamentais para consolidação do atual sistema produtivo.
As evoluções não ocorreram apenas nas técnicas, mas também na matéria-prima, dentre muitas vantagens viáveis economicamente, destaca-se a descoberta de materiais mais baratos e duráveis.
As fontes de energia não podem ser deixadas de lado, pois são fundamentais no processo industrial, seja o carvão, fonte de energia para a indústria têxtil na Primeira Revolução, ou mesmo o petróleo, outra fonte de energia para a indústria e transporte, e na comunicação (telégrafo elétrico, rádio, telefone).
O processo produtivo citado não condiz com a realidade de todos os países, isso ocorreu nos países percussores do processo de industrialização como Inglaterra, Bélgica, França, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Japão.
Com o processo de globalização crescendo cada vez mais, o crescimento dos gastos, seja fixos ou não, manutenção, salários, transportes, impostos etc., foram favorecidos, então era necessário cada vez mais recursos financeiros. Com isso as empresas que não tinham um grande volume de capitais não resistiu, permanecendo somente as gigantescas empresas que deram início às expressões trustes, holding e cartéis.
As nações capitalistas adotaram medidas protecionistas, a fim de proteger os empresários internos, essa medida é realizada com a taxação dos produtos importados.
Com a intenção de expandir suas áreas de atuações, buscando mercado, mão-de-obra barata, matéria-prima, e leis ambientais frágeis, saíram para atuar em países da África, Ásia e América Latina, ou seja, neocolonialistas.
Trustes: Fusão de várias empresas numa única.
Holding: Associação de várias empresas com a administração central.
Cartel: Associação entre empresas que regulam preços como é o caso dos postos de combustíveis, ou também áreas geográficas de atuação.
Imperialismo: Dominação econômica de um país sobre o outro. Processo que ocorreu principalmente no período colonial, quando as colônias eram dependentes da metrópole e exploradas por ela.
Neocolonialismo: As multinacionais têm atuado nos países subdesenvolvidos, explorando sua mão-de-obra e seus recursos naturais.
E, assim como nos séculos XV, XVI e XVII, nos quais nações
europeias como Portugal e Espanha promoveram a colonização do continente
americano (e dessas colônias extraíram matérias-primas e nelas desenvolveram
sistemas de organização política e administrativa), as nações imperialistas
industrializadas do século XIX promoveram a colonização de regiões da África,
da Ásia e da Oceania.
O processo de expansão para essas regiões foi marcado por
várias tensões e guerras. A África, por exemplo, teve seu território divido
nesta época entre as nações europeias, num evento denominado Conferência de
Berlim, ocorrido em novembro de 1884. Essa divisão caracterizou-se pela
completa arbitrariedade, tribos africanas inteiras foram desagregadas com a
divisão, enquanto que algumas se mesclaram com outras que eram suas rivais
históricas. A Inglaterra, nessa época, ficou conhecida como o grande Império
“onde o Sol não se põe”, exatamente por conta de sua vasta expansão, que
integrava grandes países, como a Índia e a Austrália.
O Imperialismo chegou ao seu ponto de saturação no início do
século XX, quando as tensões nacionalistas se tornaram mais veementes. A
Primeira Guerra Mundial (1914-1918) é fruto direto dessa saturação.
Partilha Afro- asiática
O imperialismo europeu no século XIX se constituiu da
“partilha” da África e da Ásia entre as nações industrializadas europeias
(primeiro a Inglaterra e a França e, posteriormente, a Alemanha, a Bélgica e a
Holanda).
A expansão imperialista aconteceu inicialmente no século XIX
entre os europeus, mas seu ápice ficou marcado durante as duas guerras
mundiais. No século XX, duas nações ascenderam industrialmente: os Estados
Unidos e o Japão, que logo em seguida submeteram diversas regiões da África,
Ásia e América sob o seu domínio econômico e político.
O principal motivo da corrida imperialista foi a exploração
econômica e política a qual os países capitalistas ocidentais desejavam
submeter os continentes africano e asiático. A dominação econômica tinha como
um dos objetivos a busca de mercados consumidores para seus produtos
industrializados. As potências industrializadas necessitavam expandir os
mercados consumidores, pois somente os seus mercados não iriam conseguir
consumir todas as mercadorias produzidas.
O segundo objetivo da exploração econômica dos países
industrializados sobre os africanos e asiáticos foi a exploração de suas
matérias-primas para o aumento da produção de mercadorias nas indústrias.
A exploração política da África e da Ásia pelas potências
imperialistas foi exercida pela dominação política direta, ou seja, os próprios
países imperialistas governavam (enviavam administradores imperialistas) as
colônias da Ásia e da África. O poder imperialista também era exercido pela
dominação política indireta, na qual as elites nativas governavam a partir do
financiamento e controle dos países imperialistas.
A principal ferramenta para legitimar a dominação e a
exploração imperialista sobre a África e a Ásia foi a teoria racial, chamada de
darwinismo social, utilizada pelos imperialistas.
O darwinismo social foi uma adaptação da teoria da evolução
das espécies de Charles Darwin para o âmbito social, ou seja, essa teoria
propagou o propósito de que, na luta pela vida, somente as nações civilizadas
(onde estariam as raças mais fortes e superiores) sobreviveriam.
Segundo a teoria racial do darwinismo social, somente as
potências industrializadas e civilizadas poderiam propagar a civilização. Ou
seja, a raça superior branca europeia levaria a civilização (tecnologia, formas
de governo, religião cristã e ciência) para as colônias.
Sendo assim, dentro da lógica dessa teoria, para a África e
a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria
imprescindível ter o contato com as potências imperialistas. Todo esse discurso
legitimou a exploração política e econômica imperialista nos continentes
africanos e asiáticos até a década de 1960, período marcado pela descolonização
da África e Ásia e fator responsável pela atual miséria e fome existentes em
diversos países africanos.
A exploração
imperialista na África nos séculos XIX e XX foi o fator responsável pela atual
miséria e fome existentes em diversos países africanos
Fontes: Mundo Educação, Alunos On Line, História do Mundo, Canal HistoriAção Humanas.
➥ Depois da leitura do resumo acima, segue a aula do Prof. Jener Cristiano, do Canal HistoriAção Humanas:
Proposta de Atividade
➥ Agora que já estudamos bastante sobre o processo de industrialização dos séculos XIX e XX, vamos exercitar. Façam a leitura do ¨box" Para Refletir no nosso livro didático nas páginas 18 e 19 e respondam às 3 questões. Envio das respostas para o email cemybacanga@gmail.com até dia 15/04. Bjos e bons estudos!!
Obs: Para aqueles que não levaram o livro didático para casa, segue as imagens das páginas referidas:
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