Conteúdo referente à aula do período: 09/04 a 16/04/2020. Deverá ser feito a leitura do material.
Questionamentos e/ou comentários poderão ser feito pelo grupo do whatsApp ou pelo e-mail: santosjotab@gmail.com
Arte colonial brasileira se refere a todas as manifestações artísticas e artes criadas no período em que o Brasil se manteve como colônia de Portugal, de 1500 a 1822 quando foi proclamada a independência. Época de forte influência européia, eliminação da cultura indígena local e início da identificação da cultura brasileira como cultura própria, embasada quase totalmente na cultura imigrante.
A expressão artística desse período se iniciou na arquitetura a partir de 1530, quando foram criadas as capitanias hereditárias, e se desenvolveu em vínculo com a igreja católica. Esse espaço da arquitetura se deu pela necessidade de construir cidades para os imigrantes que aqui chegavam povoando o país, de forma que as casas fossem seguras, adaptadas ao clima tropical e bem decoradas, tudo de acordo com os materiais disponíveis no Brasil e sem deixar de seguir o estilo Barroco, o qual estava vigente na Europa.
A igreja católica como grande financiadora de artistas na Europa não fez diferente no Brasil, chegou através dos Jesuítas para catequizar os índios, trazendo construções de igrejas esplendorosas, cheias de ouro e de preferência em regiões altas da cidade, com bastante exibição de obras artísticas que representavam os santos ou simbolismos católicos. As igrejas construídas nessa época seguiam também o estilo barroco, o qual se caracteriza pelas curvas e sensação de movimento das esculturas e pinturas.
Alguns dizem que as construções dessa época são do estilo maneirismo, essa confusão ocorre devido ao período de transição do renascimento para o barroco, período cujo os indícios do barroco, chamado de maneirismo, aparecia nas obras, assim é possível encontrar ambas denominações para essa chegada da arte europeia no Brasil.
Houveram muitos artistas europeus que trabalharam nas obras brasileiras, porém, alguns artistas brasileiros se destacaram, sendo um desses o Aleijadinho, escultor dos 12 profetas em pedra sabão do Santuário do Bom Jesus do Matosinhos em Congonhas do Campo, Minas Gerais.
ARQUITETURA
A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy=gente e upad=lugar). Com o tempo os tejupares melhoram e passam os colonizadores a construir casas de taipa.
Com essa evolução começam a aparecer as capelas, os centros das vilas, dirigidas por missionários jesuítas. Nas capelas há crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e a de algum santo, trazidos de Portugal.
A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco Dias, que trabalhou em Portugal com o arquiteto italiano Filipe Terzi, projetista da igreja de São Roque de Lisboa.
Dois eram os modelos de arquitetura primitiva. A igreja de Jesus de Roma (autor: Vignola) e a igreja de São Roque de Lisboa, ambas de padres jesuítas.
Floresciam as igrejas em todos os lugares onde chegavam os colonizadores, especialmente no litoral.
Os principais arquitetos do período colonial foram: Francisco Dias, Francisco Frias de Mesquita, Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim.
A liberdade de estilo dada ao arquiteto modifica o esquema simples, mas talvez pela falta de tempo ou por deficiência técnica não se deu um acabamento mais aprimorado.
Algumas das principais construções de taipas:
- Muralha ao redor de Salvador, construída por Tomé de Sousa;
- Igreja Matriz de Cananéia;
- Vila inteira de São Vicente, destruída por um maremoto e reconstruída entre 1542 e 1545;
- Engenhos de cana-de-açúcar;
- Casa da Companhia de Jesus, que deu origem à cidade de São Paulo.
ESCULTURA
Quando os portugueses chegaram nesta terra, "Brasil", tinham duas intenções: tomar posse do lugar e se defender dos habitantes que aqui estavam ou outros exploradores europeus.
Contavam com os jesuítas para a missão de “converter” os índios, impondo novo vocabulário, hábitos e valores.
Traziam na bagagem o que os europeus tinham como modelo, o pleno esplendor da Arte Barroca, principalmente nas igrejas.
Para as esculturas litúrgicas, os jesuítas tinham as ideias, mas contavam com uma mão de obra com ideias e com o uso peculiares de materiais.
A habilidade em trabalhar com barro, madeira, pedra já era de uso dos Índios, porém foram impostos modelos muito distantes da Arte Indígena, que trazia a genuína expressão desse povo.
Da mesma forma, a expressão artística vindo com os negros trazia uma simbologia, crenças e cores diferentes tanto da Arte Indígena como da Arte Litúrgica imposta pelos jesuítas.
Mas, nessa junção de aprendizado e diferenciação foi formada a base para os primeiros passos da arte Barroca no Brasil.
Para ampliar seu conhecimento assista o vídeo: Arte Colonial Brasileira
Aula em power point: Arte Colonial Brasileira
Estudem este conteúdo, o mesmo deve ser trabalhado até o dia 06/05/2020
Frans Post, Casa de Fazenda - 1651 |
Frans Post, Igreja de São Cosme e São Damião em Igaraçu
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Igreja de Santo Antônio e Convento dos Franciscanos - Igarassu, Pernambuco |
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