A presença de povos indígenas do Maranhão data do período pré-Cabralino e, de acordo com o Censo 2010, do IBGE, o Maranhão tinha 38.831 índios de diversas etnias, sendo que 76,3% estavam em terras indígenas.
Estudos genéticos revelaram que os maranhenses, de forma geral, são resultado de uma mistura 42% europeia, 39% indígena e 19% africana.
O Maranhão tem uma das populações mais miscigenadas do país, tendo os índios influenciado nos traços físicos, hábitos na alimentação, modo de viver, expressões e palavras usadas no dia a dia (ex. “Hen-hem”, do tupi “sim”), instrumentos musicais, danças e ritmos, lendas, mitos e alguns elementos presentes na religiosidade popular.
O trançado da fibra do buriti é uma herança indígena que se tornou uma prática transmitida entre gerações pelas comunidades locais.
O Artesanato representa ainda, apesar de tudo, uma fonte econômica. Bastante desenvolvida é a tecelagem em que utilizam linha de algodão natural e colorida, para tecerem as faixas usadas nos dias de festas.
Utilizam ainda o jenipapo e urucu na pintura corporal e a através de motivos geométricos, expressam a arte de sua cultura.
Os Pukobyê são agricultores, praticando também caça, pesca e fabricação de artesanatos como meios de subsistência.
Os povos indígenas maranhenses pertencentes ao tronco linguístico Jê, estão classificados na grande família linguística Timbira. Dos povos falantes de língua Tupi, apenas dois possuem línguas classificadas numa mesma família linguística.
Os Tenetehara – Guajajara estão distribuídos em 10 terras indígenas, localizadas em vários municípios do Maranhão, principalmente às margens dos rios Corda, Mearim e Pindaré.
Os índios do Maranhão são conhecidos regionalmente como Guajajara. As aldeias Tenetehara variam em tamanho, dependendo da quantidade de famílias extensas que nelas habitam.
As casas são distribuídas em ruas de traçados desiguais, assemelhando-se aos povoados do interior maranhense.
Os Apaniekrá – Canela
Os índios Apaniekrá, cujo nome significa “filho da piranha”, habitam uma única aldeia na terra indígena Porquinhos. O outro grupo é denominado de Canela Kamkokamekrá, localizado na área Indígena Canela, cujo entendimento regional é que são um povo só.
Os demais povos falantes de língua do tronco Macro-Jê, esse grupo também distribui suas casas na aldeia fazendo um formato circular.
Vivem, fundamentalmente, da agricultura, da caça, já mais escassa, e da pesca, como também da fabricação de artesanatos.
Os índios Urubu-kaapór autodenominam-se kaaporté, que significa “habitante da mata”. |
Esse povo habita a terra indígena Alto Turiaçu, a qual existem várias aldeias. São regionalmente conhecidos como Urubu. Quanto a cultura, eles expressam uma grande habilidade na arte plumária, na fabricação de belíssimos arcos e na construção de suas casa, amplas, sem paredes e características pelo telhado de palha e ubim.
Os Guajajara são um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil. Habitam mais de 10 Terras Indígenas na margem oriental da Amazônia, todas situadas no Maranhão. Sua história de mais de 380 anos de contato foi marcada tanto por aproximações com os brancos como por recusas totais, submissões, revoltas e grandes tragédias. A revolta de 1901 contra os missionários capuchinhos teve como resposta a última "guerra contra os índios" na história do Brasil.
Além de guajajara, este grupo tem uma outra autodenominação mais abrangente, Tenetehára, que inclui também os Tembé. guajajara significa "donos do cocar" e Tenetehára, "somos os seres humanos verdadeiros". Às vezes, os guajajara traduzemTenetehára por "índio", excluindo desta categoria os grupos Jê, como os Canela, que são chamados àwà ("selvagens, bravos"). Não se conhece com certeza a origem do nome guajajara, mas provavelmente foi dado aos Tenetehára pelos Tupinambá. Tanto entre os próprios índios quanto na literatura científica, atualmente a denominação guajajara é mais usada do que Tenetehára.
Os guajajara abandonaram grande parte de sua cultura material tradicional, ainda produzindo um pouco da cestaria e redes de dormir para uso doméstico e comercialização. Com os incentivos da Funai a partir dos anos 1970, os guajajara voltaram a produzir arte plumária, adornos, armas e cestaria, lembrando-se de padrões antigos e imitando modelos de outros povos indígenas, finalmente criando um novo estilo próprio que hoje em dia pode ser identificado com facilidade. Desse modo, os guajajara também voltaram a usar pintura corporal, por ocasião tanto de festas e rituais como de manifestações políticas.
Adornos e pinturas são elementos privilegiados para expor a estética de um povo. Para a maioria dos povos indígenas, o corpo não é o único suporte da arte gráfica. Os mesmos desenhos aplicados sobre a pele estão presentes também em objetos – cuias, cerâmicas, cestos, nos tecidos e, hoje em dia, no papel.
Muitos povos indígenas valorizam os objetos adornados, cujas técnicas de confecção e estilos se diferenciam entre si. Alguns são exímios ceramistas, outros se destacam na arte de esculpir em madeira e há, ainda, os que possuem um sistema de embelezamento e de se relacionar por meio do corpo com pinturas sofisticadas.
Conteúdo referente à aula do período: 10/06 a 16/06/2020. Neste intervalo você deverá fazer o estudo do material.
Questionamentos poderão ser feito pelo grupo do whatsApp ou pelo e-mail: santosjotab@gmail.com
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