terça-feira, 16 de junho de 2020

Revisão Geral das Atividades de Produção Textual 2º Ano


CETI Y-BACANGA
TURMA________ ANO________
NOME:_________________________________
Revisão geral das atividades – Produção Textual

E-mail:karinvalentelima@gmail.com
Professora Karin Cibelle

1-  Aula / Atividade




















 Dissertação. 1. Pesquise sobre o tema para desenvolver um bom texto.  
 TEMA: O CORONAVÍRUS E O DISTANCIAMENTO SOCIAL- UNIU OU AFASTOU AS PESSOAS?

OBS: As redações deverão ser enviadas digitadas ou foto para o e-mail:  karinvalentelima@gmail.com

Atividade 2:

Façam a leitura do conto Missa do Galo de Machado de Assis, pois iremos fazer um debate quando voltarmos as aulas. Esse debate será uma das avaliações do conteúdo das aulas de leitura, interpretação e descrição dos personagens e ambiente. Lembrando que descrição dos personagens devem ser de natureza física e psicológica.  O conto é de fácil acesso e pode ser baixado no site: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp

Links para estudos:

Prazo: 02/04/2020

Missa do galo de Machado de Assis


 Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.
A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-me bem, quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios. Vivia tranqüilo, naquela casa assobradada da rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito.
Boa Conceição! Chamavam-lhe "a santa", e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas, nem grandes risos. No capítulo de que trato, dava para maometana; aceitaria um harém, com as aparências salvas. Deus me perdoe, se a julgo mal. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.
Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos anos de 1861 ou 1862. Eu já devia estar em Mangaratiba, em férias; mas fiquei até o Natal para ver "a missa do galo na Corte". A família recolheu-se à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vestido e pronto. Dali passaria ao corredor da entrada e sairia sem acordar ninguém. Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu levaria outra, a terceira ficava em casa.
— Mas, Sr. Nogueira, que fará você todo esse tempo? perguntou-me a mãe de Conceição.
— Leio, D. Inácia.
Tinha comigo um romance, os Três Mosqueteiros, velha tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D’Artagnan e fui-me às aventuras. Dentro em pouco estava completamente ébrio de Dumas. Os minutos voavam, ao contrário do que costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas quase sem dar por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura. Eram uns passos no corredor que ia da sala de visitas à de jantar; levantei a cabeça; logo depois vi assomar à porta da sala o vulto de Conceição.
— Ainda não foi? Perguntou ela.
— Não fui; parece que ainda não é meia-noite.
— Que paciência!
Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da a1cova. Vestia um roupão branco, mal apanhado na cintura. Sendo magra, tinha um ar de visão romântica, não disparatada com o meu livro de aventuras. Fechei o livro; ela foi sentar-se na cadeira que ficava defronte de mim, perto do canapé. Como eu lhe perguntasse se a havia acordado, sem querer, fazendo barulho, respondeu com presteza:
— Não! qual! Acordei por acordar.
Fitei-a um pouco e duvidei da afirmativa. Os olhos não eram de pessoa que acabasse de dormir; pareciam não ter ainda pegado no sono. Essa observação, porém, que valeria alguma coisa em outro espírito, depressa a botei fora, sem advertir que talvez não dormisse justamente por minha causa, e mentisse para me não afligir ou aborrecer. Já disse que ela era boa, muito boa.
— Mas a hora já há de estar próxima, disse eu.
— Que paciência a sua de esperar acordado, enquanto o vizinho dorme! E esperar sozinho! Não tem medo de almas do outro mundo? Eu cuidei que se assustasse quando me viu.
— Quando ouvi os passos estranhei; mas a senhora apareceu logo.
— Que é que estava lendo? Não diga, já sei, é o romance dos Mosqueteiros.
— Justamente: é muito bonito.
— Gosta de romances?
— Gosto.
— Já leu a Moreninha?
— Do Dr. Macedo? Tenho lá em Mangaratiba.
— Eu gosto muito de romances, mas leio pouco, por falta de tempo. Que romances é que você tem lido?
Comecei a dizer-lhe os nomes de alguns. Conceição ouvia-me com a cabeça reclinada no espaldar, enfiando os olhos por entre as pálpebras meio-cerradas, sem os tirar de mim. De vez em quando passava a língua pelos beiços, para umedecê-los. Quando acabei de falar, não me disse nada; ficamos assim alguns segundos. Em seguida, vi-a endireitar a cabeça, cruzar os dedos e sobre eles pousar o queixo, tendo os cotovelos nos braços da cadeira, tudo sem desviar de mim os grandes olhos espertos.
— Talvez esteja aborrecida, pensei eu.
E logo alto:
— D. Conceição, creio que vão sendo horas, e eu...
— Não, não, ainda é cedo. Vi agora mesmo o relógio; são onze e meia. Tem tempo. Você, perdendo a noite, é capaz de não dormir de dia?
— Já tenho feito isso.
— Eu, não; perdendo uma noite, no outro dia estou que não posso, e, meia hora que seja, hei de passar pelo sono. Mas também estou ficando velha.
— Que velha o quê, D. Conceição?
Tal foi o calor da minha palavra que a fez sorrir. De costume tinha os gestos demorados e as atitudes tranqüilas; agora, porém, ergueu-se rapidamente, passou para o outro lado da sala e deu alguns passos, entre a janela da rua e a porta do gabinete do marido. Assim, com o desalinho honesto que trazia, dava-me uma impressão singular. Magra embora, tinha não sei que balanço no andar, como quem lhe custa levar o corpo; essa feição nunca me pareceu tão distinta como naquela noite. Parava algumas vezes, examinando um trecho de cortina ou consertando a posição de algum objeto no aparador; afinal deteve-se, ante mim, com a mesa de permeio. Estreito era o círculo das suas idéias; tornou ao espanto de me ver esperar acordado; eu repeti-lhe o que ela sabia, isto é, que nunca ouvira missa do galo na Corte, e não queria perdê-la.
— É a mesma missa da roça; todas as missas se parecem.
— Acredito; mas aqui há de haver mais luxo e mais gente também. Olhe, a semana santa na Corte é mais bonita que na roça. São João não digo, nem Santo Antônio...
Pouco a pouco, tinha-se inclinado; fincara os cotovelos no mármore da mesa e metera o rosto entre as mãos espalmadas. Não estando abotoadas, as mangas, caíram naturalmente, e eu vi-lhe metade dos braços, muitos claros, e menos magros do que se poderiam supor. A vista não era nova para mim, posto também não fosse comum; naquele momento, porém, a impressão que tive foi grande. As veias eram tão azuis, que apesar da pouca claridade, podia contá-las do meu lugar. A presença de Conceição espertara-me ainda mais que o livro. Continuei a dizer o que pensava das festas da roça e da cidade, e de outras coisas que me iam vindo à boca. Falava emendando os assuntos, sem saber por quê, variando deles ou tornando aos primeiros, e rindo para fazê-la sorrir e ver-lhe os dentes que luziam de brancos, todos iguaizinhos. Os olhos dela não eram bem negros, mas escuros; o nariz, seco e longo, um tantinho curvo, dava-lhe ao rosto um ar interrogativo. Quando eu alteava um pouco a voz, ela reprimia-me:
— Mais baixo! Mamãe pode acordar.
E não saía daquela posição, que me enchia de gosto, tão perto ficavam as nossas caras. Realmente, não era preciso falar alto para ser ouvido; cochichávamos os dois, eu mais que ela, porque falava mais; ela, às vezes, ficava séria, muito séria, com a testa um pouco franzida. Afinal, cansou; trocou de atitude e de lugar. Deu volta à mesa e veio sentar-se do meu lado, no canapé. Voltei-me, e pude ver, a furto, o bico das chinelas; mas foi só o tempo que ela gastou em sentar-se, o roupão era comprido e cobriu-as logo. Recordo-me que eram pretas. Conceição disse baixinho:
— Mamãe está longe, mas tem o sono muito leve; se acordasse agora, coitada, tão cedo não pegava no sono.
— Eu também sou assim.
— O quê? Perguntou ela inclinando o corpo para ouvir melhor.
Fui sentar-me na cadeira que ficava ao lado do canapé e repeti a palavra. Riu-se da coincidência; também ela tinha o sono leve; éramos três sonos leves.
— Há ocasiões em que sou como mamãe: acordando, custa-me dormir outra vez, rolo na cama, à toa, levanto-me, acendo vela, passeio, torno a deitar-me, e nada.
— Foi o que lhe aconteceu hoje.
— Não, não, atalhou ela.
Não entendi a negativa; ela pode ser que também não a entendesse. Pegou das pontas do cinto e bateu com elas sobre os joelhos, isto é, o joelho direito, porque acabava de cruzar as pernas. Depois referiu uma história de sonhos, e afirmou-me que só tivera um pesadelo, em criança. Quis saber se eu os tinha. A conversa reatou-se assim lentamente, longamente, sem que eu desse pela hora nem pela missa. Quando eu acabava uma narração ou uma explicação, ela inventava outra pergunta ou outra matéria, e eu pegava novamente na palavra. De quando em quando, reprimia-me:
— Mais baixo, mais baixo...
Havia também umas pausas. Duas outras vezes, pareceu-me que a via dormir; mas os olhos, cerrados por um instante, abriam-se logo sem sono nem fadiga, como se ela os houvesse fechado para ver melhor. Uma dessas vezes creio que deu por mim embebido na sua pessoa, e lembra-me que os tornou a fechar, não sei se apressada ou vagarosamente. Há impressões dessa noite, que me aparecem truncadas ou confusas. Contradigo-me, atrapalho-me. Uma das que ainda tenho frescas é que, em certa ocasião, ela, que era apenas simpática, ficou linda, ficou lindíssima. Estava de pé, os braços cruzados; eu, em respeito a ela, quis levantar-me; não consentiu, pôs uma das mãos no meu ombro, e obrigou-me a estar sentado. Cuidei que ia dizer alguma coisa; mas estremeceu, como se tivesse um arrepio de frio, voltou as costas e foi sentar-se na cadeira, onde me achara lendo. Dali relanceou a vista pelo espelho, que ficava por cima do canapé, falou de duas gravuras que pendiam da parede.
— Estes quadros estão ficando velhos. Já pedi a Chiquinho para comprar outros.
Chiquinho era o marido. Os quadros falavam do principal negócio deste homem. Um representava "Cleópatra"; não me recordo o assunto do outro, mas eram mulheres. Vulgares ambos; naquele tempo não me pareciam feios.
— São bonitos, disse eu.
— Bonitos são; mas estão manchados. E depois francamente, eu preferia duas imagens, duas santas. Estas são mais próprias para sala de rapaz ou de barbeiro.
— De barbeiro? A senhora nunca foi a casa de barbeiro.
— Mas imagino que os fregueses, enquanto esperam, falam de moças e namoros, e naturalmente o dono da casa alegra a vista deles com figuras bonitas. Em casa de família é que não acho próprio. É o que eu penso; mas eu penso muita coisa assim esquisita. Seja o que for, não gosto dos quadros. Eu tenho uma Nossa Senhora da Conceição, minha madrinha, muito bonita; mas é de escultura, não se pode pôr na parede, nem eu quero. Está no meu oratório.
A idéia do oratório trouxe-me a da missa, lembrou-me que podia ser tarde e quis dizê-lo. Penso que cheguei a abrir a boca, mas logo a fechei para ouvir o que ela contava, com doçura, com graça, com tal moleza que trazia preguiça à minha alma e fazia esquecer a missa e a igreja. Falava das suas devoções de menina e moça. Em seguida referia umas anedotas de baile, uns casos de passeio, reminiscências de Paquetá, tudo de mistura, quase sem interrupção. Quando cansou do passado, falou do presente, dos negócios da casa, das canseiras de família, que lhe diziam ser muitas, antes de casar, mas não eram nada. Não me contou, mas eu sabia que casara aos vinte e sete anos.
Já agora não trocava de lugar, como a princípio, e quase não saíra da mesma atitude. Não tinha os grandes olhos compridos, e entrou a olhar à toa para as paredes.
— Precisamos mudar o papel da sala, disse daí a pouco, como se falasse consigo.
Concordei, para dizer alguma coisa, para sair da espécie de sono magnético, ou o que quer que era que me tolhia a língua e os sentidos. Queria e não queria acabar a conversação; fazia esforço para arredar os olhos dela, e arredava-os por um sentimento de respeito; mas a idéia de parecer que era aborrecimento, quando não era, levava-me os olhos outra vez para Conceição. A conversa ia morrendo. Na rua, o silêncio era completo.
Chegamos a ficar por algum tempo, — não posso dizer quanto, — inteiramente calados. O rumor único e escasso, era um roer de camundongo no gabinete, que me acordou daquela espécie de sonolência; quis falar dele, mas não achei modo. Conceição parecia estar devaneando. Subitamente, ouvi uma pancada na janela, do lado de fora, e uma voz que bradava: "Missa do galo! missa do galo!"
— Aí está o companheiro, disse ela levantando-se. Tem graça; você é que ficou de ir acordá-lo, ele é que vem acordar você. Vá, que hão de ser horas; adeus.
— Já serão horas? perguntei.
— Naturalmente.
— Missa do galo! repetiram de fora, batendo.
-Vá, vá, não se faça esperar. A culpa foi minha. Adeus; até amanhã.
E com o mesmo balanço do corpo, Conceição enfiou pelo corredor dentro, pisando mansinho. Saí à rua e achei o vizinho que esperava. Guiamos dali para a igreja. Durante a missa, a figura de Conceição interpôs-se mais de uma vez, entre mim e o padre; fique isto à conta dos meus dezessete anos. Na manhã seguinte, ao almoço, falei da missa do galo e da gente que estava na igreja sem excitar a curiosidade de Conceição. Durante o dia, achei-a como sempre, natural, benigna, sem nada que fizesse lembrar a conversação da véspera. Pelo Ano-Bom fui para Mangaratiba. Quando tornei ao Rio de Janeiro, em março, o escrivão tinha morrido de apoplexia. Conceição morava no Engenho Novo, mas nem a visitei nem a encontrei. Ouvi mais tarde que casara com o escrevente juramentado do marido.

  
2 -  Aula / Atividade

Dissertação

Além de ser o tipo de texto mais exigido em provas e concursos em todo o Brasil, a dissertação também é um dos textos mais simples de se redigir. Começando pela estrutura dele e finalizando pelo tipo de linguagem empregado, é um texto que pode ser estudado e familiarizado com estudantes de diversos níveis.

Foto: © iStock.com michaeljung

Para se produzir um texto dissertativo são necessárias algumas habilidades, que estão ao alcance de todos a serem adquiridas:
  • Conhecimento do assunto a ser abordado, a fim de aplicar precisão e certeza àquilo que está sendo escrito.
  • Habilidade com a língua escrita, de maneira que se possa fazer boas construções sintáticas, uso de palavras adequadas e relações coerentes entre os fatos, argumentos e provas.
  • Boa organização semântica do texto, ou seja, organização coerente das ideias aplicadas à dissertação, para que as mesmas possam facilmente ser apreendidas pelos leitores.
  • Bom embasamento das ideias sugeridas, boa fundamentação dos argumentos e provas.
Para se entender o que é uma redação dissertativa, devemos distinguir os dois tipos de dissertação existentes: a dissertação expositiva e a dissertação argumentativa.
  • Dissertação expositiva – como o próprio nome já sugere, é um tipo de texto em que se expõem as ideias ou pontos de vista. O objetivo é fazer com que o leitor os considere coerentes e não fazê-lo concordar com eles.
  • Dissertação argumentativa – esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por todos. Nela o intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou ponto de vista exposto. Isso se faz por meio de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc.
Há algumas maneiras de se organizar uma dissertação, que podem ajudar na hora de iniciar o seu texto:
1 - Você pode transformar o tema em um questionamento, e ao longo do texto tentar responder da melhor maneira possível a essa questão.
Ex:
QUESTÃO ABORDADA POR VOCÊ: A Floresta Amazônica, maior floresta tropical do mundo, sofre algum dano com a frequente prática do desmatamento em seu território?
OBS:
  • Sobre o mesmo tema você pode fazer vários questionamentos, porém deve avaliar se você está apto a respondê-los e se não está fugindo ao tema principal.
  • Após fazer essas avaliações escolha apenas um dos questionamentos e fundamente seus argumentos baseando-se nele.
2- Uma outra maneira de desenvolver o seu texto é expondo os contra-argumentos, ou seja, expondo as antíteses possíveis à sua tese.
Ex:
TEMA: Eutanásia
Tese/opinião: A eutanásia realmente deve ser proibida, pois ninguém pode violar o direito à vida.
Antítese/contra-argumento: Com a legalização da eutanásia um hospital poderia estar se utilizando do espaço que um paciente desenganado está ocupando para atender a alguém que tem reais chances de sobrevivência.
OBS:
  • Cuidado para não se contradizer, ou seja, ao apresentar seu contra-argumento você deve estar preparado para convencer o leitor de que ele não tem fundamentos, e deve estar munido de informações convincentes para que possa fazê-lo. Caso contrário você poderá não deixar clara a sua mensagem.
  • Sempre defenda um ponto de vista, pois seu objetivo é esclarecer e não confundir ainda mais as opiniões do leitor a respeito daquele assunto.
  • No caso de temas muito polêmicos, o melhor é se isentar totalmente de opiniões e fundamentar seus argumentos em fatos, estatísticas e opiniões em massa.
3- Uma outra alternativa seria fazer uma relação entre causa e consequência, para que assim se possa ir do início ao fim do problema, olhá-lo como um todo e com isso ir construindo uma opinião.
EX:
TEMA: A Violência nas escolas públicas
Causa: O pouco incentivo aos esportes e às artes nas escolas por parte do governo.
Consequência: Os jovens passam muito tempo nas ruas, em contato com armas e drogas.
OBS:
*A partir da causa e da consequência apresentadas, você deverá desenvolver seus argumentos em busca de uma solução possível e coerente para o problema.
Esquema de uma dissertação
Introdução: No primeiro parágrafo você deverá expor o problema e o caminho a ser seguido no texto para expô-lo ou para defender algum ponto de vista a respeito dele.
Desenvolvimento: Aqui se encontram os argumentos, opiniões, estatísticas, fatos e exemplos. Ao apresentá-los você deve sempre se direcionar para um lado da questão, um ângulo de visão, uma opinião específica. Essa opinião deve ser anteriormente pensada e analisada para que se possa fazer uma boa argumentação ou exposição.
Conclusão: Aqui você deixa claro o objetivo da sua dissertação, expõe o ponto de vista defendido ou a conclusão da sua exposição de forma que se arremate todos os argumentos utilizados durante a construção do texto.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/redacao/dissertacao/


Vídeoaulas:
Link Web:

ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL: Mapa mental sobre "dissertação" no caderno.
Realizar no caderno os apontamentos dos vídeos. Anote suas dúvidas no caderno ou direcione por e-mail.

Entrega até dia 09/04/2020

Email: karinvalentelima@gmail.com

3-  Aula / Atividade
Assunto: Conto

Conto é narrativa breve escrita em prosa, sendo mais curto que o romance e a novela. Tal qual um texto narrativo, ele envolve enredo, personagens, tempo e espaço.
Os maiores contistas brasileiros são: Machado de Assis, Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Luiz Fernando Veríssimo e Dalton Trevisan.
Sobre o conto, afirma Eça de Queirós, um dos maiores representantes da literatura portuguesa:
No conto tudo precisa ser apontado num risco leve e sóbrio: das figuras deve-se ver apenas a linha flagrante e definidora que revela e fixa uma personalidade; dos sentimentos apenas o que caiba num olhar, ou numa dessas palavras que escapa dos lábios e traz todo o ser; da paisagem somente os longes, numa cor unida.”

Estrutura do Conto

A estrutura do conto é fechada e objetiva, na medida em que esse tipo de texto é formado por apenas uma história e um conflito.
Sua estrutura está dividida em três partes:
·         Introdução: apresentação da ação que será desenvolvida. Nesse momento inicial, há uma breve ambientação do local, tempo, personagens e do acontecimento.
·         Desenvolvimento: formado em grande parte pelo diálogo das personagens, aqui se desenrola o desenvolvimento da ação.
·         Clímax: encerramento da narrativa com desfecho surpreendente.
De acordo com a estrutura básica narrativa (introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho), o conto, por ser uma narrativa mais breve, parte do desenvolvimento para o clímax.
Ou seja, para o momento final, de desfecho, chamado de "epílogo", onde geralmente surge o ponto mais alto de tensão do drama (clímax).

Elementos do Conto

Os elementos que constituem o conto são:

1. Espaço

Local em que se desenvolve a narrativa, seja numa casa, rua, parque, praça, etc. Por serem narrativas breves, o espaço no qual se desenvolve a trama, deve ser um espaço reduzido.

2. Tempo

Designa o tempo em que se passa a narrativa, sendo classificado em: tempo cronológico (exterior) e tempo psicológico (interior).

3. Foco Narrativo

Trata-se do narrador, sendo classificados em:
·         narrador observador: conhecedor da ação, mas não participante.
·         narrador personagem: o narrador é um dos personagens.
·         narrador onisciente: conhece a história e todos os personagens envolvidos nela.
Geralmente os contos são narrados em terceira pessoa, embora há muitos contos narrados em primeira pessoa, nesse caso, quando surge o narrador-personagem.

4. Personagens

Indivíduos que participam da narrativa, sendo classificadas, dependendo do foco em: personagens principais ou personagens secundárias. Por ser uma narrativa curta, o conto possui poucos personagens.

5. Diálogo

Elemento essencial do conto, os diálogos caracterizam a base expressiva desse tipo de texto. Eles desenvolvem os conflitos da trama, sendo determinados pela fala das personagens.
Formados por uma linguagem mais objetiva e metáforas simples, os diálogos são classificados em: diálogo direto, indireto e interior.

6. Epílogo

Corresponde ao clímax da narrativa, determinado pelo desfecho surpreendente, imprevisível ou enigmático da ação.

Tipos de Contos

Dependendo da temática explorada, há diversos tipos de contos, do qual se destacam:
·         Contos Realistas
·         Contos Populares
·         Contos Fantásticos
·         Contos Eróticos
·         Contos de Terror
·         Contos de Humor
·         Contos Infantis
·         Contos Psicológicos
·         Contos de Fadas

Contos Minimalistas
Os Minicontos, Microcontos ou Nanocontos são subcategorias do conto, chamados de "contos minimalistas".
Eles são bem menores que o conto, uma vez que podem ocupar meia página, uma página, ou ser formado por poucas linhas.
Mesmo que não compartilhem da estrutura básica dos contos, esse tipo de texto tem adquirido diversas formas na atualidade, sobretudo após o movimento modernista.
Dessa forma, ele deixa de lado a estrutura fixa narrativa, privilegiando assim, a liberdade criativa dos escritores.

Exemplo de Conto

Segue abaixo um trecho do conto “Missa do Galo”, do escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908). Encontra-se na primeira aula.
Assista os vídeos.


Poesia e poema: 


Conto: CIÚME FATAL
          

 William Shakespeare

     De volta ao castelo, Desdêmona correu a procurar o marido em todos os lugares onde ele poderia estar àquela hora. Porém não o encontrou em parte alguma.
        Um mau pressentimento lhe ocorreu; contudo, ela o afastou de imediato, lembrando-se de que Otelo não havia dormido na noite anterior. Com certeza ele havia ido descansar após o expediente da manhã e acabara dormindo, tendo se atrasado para o almoço.
        Reconfortada por essa ideia, ganhou o rumo do corredor e encaminhou-se para o quarto. Não chegou, porém, a caminhar dez passos e Otelo surgiu: o punhal na mão direita, o lenço e a carta na esquerda, os olhos vermelhos, a boca crispada, a respiração ofegante. Ao vê-lo, Desdêmona parou, estupefata, e, antes que pudesse dizer qualquer coisa, sentiu a lâmina fria e fina penetrar-lhe o peito.
        -- Otelo... – gemeu, caindo sem vida.
        O mouro ficou parado, segurando a arma de seu crime e as falsas provas do crime da esposa. Contemplava o rosto de Desdêmona, imobilizado para sempre numa expressão de espanto e pavor.
        Nesse momento, Emília apareceu na outra ponta do corredor. Ao deparar com o quadro horrível, deteve-se por uma segundo, assustada, mas logo recuperou a coragem e aproximou-se depressa:
        – Oh, não... não ...
        A aia, ajoelhou-se ao lado da patroa e abraçou-a tão estreitamente que suas próprias roupas ficaram ensanguentadas. Otelo apenas olhava, talvez sem ver.
        Os soluços de Emília chegaram aos ouvidos de Montano, que caminhava pelo corredor externo, não longe dali, e em alguns instantes o capitão estava também diante da triste cena. Pouco depois surgiu Iago, ofegante por ter corrido, supostamente na tentativa de impedir o mouro de cometer a loucura para qual trabalhava com tanto esforço e astúcia. Os dois homens ficaram mudos, olhando para Desdêmona e Otelo que, por fim, parecendo recobrar a consciência, num fiapo de voz declarou, sem necessidade:
        – Fui eu quem a matei.
        A confissão fez os outros recuperarem a fala.
        – Mas... por quê? – gaguejou Montano.
        – Ela me traía... Com... Cássio! – completou, avançando na direção do tenente, que acabava de assomar ao corredor.
        Montano e Emília rapidamente saltaram sobre Otelo e agarraram-no pelos braços, com toda a força que tinham. Era evidente, porém, que, sozinhos, não conseguiriam segurá-lo por muito tempo. Precisavam de ajuda. Iago, mesmo contra a vontade, achou-se na obrigação de colaborar. Seu plano corria o risco de não se completar, pois incluía a morte de Cássio; no entanto, se não participasse daquela ação, acabaria por denunciar seu desejo de sangue.
        – Que loucura! – exclamou o tenente, acercando-se do corpo inanimado da prima. – Desdêmona amava o senhor, general, desde o momento em que a conheceu. O senhor foi seu primeiro e único amor!
        – Mentira! Vocês me usaram! – gritou o mouro, debatendo-se furiosamente entre as mãos que o prendiam. – O casamento não passou de um plano para ela sair da casa do pai e continuar esse romance sujo com você. Está aqui... eu li... – continuou, tentando estender para os outros as provas da traição. – Primeiro ela lhe deu o lenço, achando que com isso me afastaria. Depois escreveu a carta, contando que o plano avançava bem. Está tudo aqui... Veja! Vejam todos!
        Balançando a cabeça, inconformado, Cássio aproximou-se mais do comandante e apanhou os objetos que segurava.
        – Mas... onde estava isto? ... – balbuciou, pousando em Otelo um olhar carregado de angústia.
        – Ainda pergunta? – o general contorcia-se como uma fera amarrada. – Estava em seu quarto.
        – Mas... como?
        Cássio não entendia como aquelas coisas teriam ido parar em seu quarto. Entretanto, na cabeça de Emília, o enigma principiava a desvendar-se rapidamente.
        – Foi Iago quem pôs isso lá – declarou a mulher, com firmeza.
        (...)
        Era verdade. Emília tinha razão. O general de mil batalhas, de triunfos e glórias, de estratégias invencíveis, havia se deixado enganar por truques grosseiros. Otelo soltou um longo suspiro e deixou a cabeça altiva pender, desalentada, sobre o peito. Já não parecia merecer o título de “soberbo guerreiro” e em nada lembrava o Leão de Veneza. Ao contrário, mostrava-se tão abatido e inofensivo que os homens acabaram por soltá-lo
        (...)
        E, antes que alguém pudesse pensar em detê-lo, ergueu o punhal com ambas as mãos e cravou-o mortalmente na garganta.

     William Shakespeare, Otelo. Adaptação de Hildegard Feist, São Paulo, Scipione, 1992.
Fonte: Livro – Oficina de Redação – Leila Lauar Sarmento, 7ª Série. Editora Moderna, 1ª edição,1998. p. 95-8.

Entendendo o conto: Agora escreva as questões no seu caderno e responda.

01 – Como se explica a atitude passiva de Desdêmona, apesar do seu “mau pressentimento”?
      
02 – Ao descrever Otelo, no início do texto, qual é a imagem que o autor nos passa?
03 – Por que ele diz que “Otelo apenas olhava, talvez sem ver”?
      
04 – Quem é Iago? Qual é o seu papel nessa trama?
05 – O que ele fez para desencadear o ciúme no coração de Otelo?
06 -  Como se descobriu a inocência de Desdêmona?
07 – Qual foi a reação de Otelo, ao constatar seu engano?

08 – Otelo era um respeitado general, possuidor de vários títulos como e de “soberbo guerreiro” e o de “Leão de Veneza”; entretanto transforma-se num fraco, vencido pelo ciúme. Por que o ciúme é tão destrutivo?
      
09 – Algumas pessoas dizem que “o ciúme é o tempero do amor”. O que você pensa sobre isso?
      
10 – De que forma superamos certos sentimentos que nos impedem de crescer?

Atividade: Após a leitura e estudo, faça as anotações no seu caderno, e responda as perguntas do conto.      
Data da entrega: 24/04 e-mail: karinvalentelima@gmail.com

4ª Aula / Atividade

O Velho

Carlos Drummond de Andrade


Vocês não acreditam, mas também este cronista costuma ir ao Banco, e não só para pagar contas de luz, gás, telefone. Vai conversar com o Gerente - um gerente simpático, desses que não coçam a orelha quando a gente propõe uma reforma de título. Mas quem sou eu para pleitear tamanha mercê? Procuro o Gerente para conversar sobre amenidades, e ele me ouve com paciência e atenção. Até me conta coisas de seu filho, o Escritor. O Escritor tem três anos e escreve literalmente em todas as paredes da casa. Fareja livros com gravuras e sem gravuras e aprende coisas que eu, possivelmente, ignoro. A curiosidade intelectual do Escritor é insaciável. Assim fazemos do Banco, sem prejuízo dos interesses bancários (pois o Gerente é uma fera para trabalhar no meio das maiores apoquentações), um lugar de grato repouso.

Ontem o gerente estava tão assoberbado de clientes, papéis, telefonemas, recados, que não tive coragem de me aproximar. Fiquei à espera na poltrona, ao lado de dois rapazes que também esperavam. Esperavam e conversavam sobre política, inflação, Copa do Mundo.

– E como vai teu velho?
– Meu velho? Respondeu o outro. – Aquele vai sempre bem. Melhor do que eu, você e todo mundo.
– Qual a última dele?
– Não tem última. Todas são novas e contínuas. Aos sessent’anos – sessenta e lá vai fumaça – nada, corre, entra em pelada, monta, joga vôlei e só não rema porque não encontra companheiros com a mesma fibra, para disputar regata. Enquanto isso, fuma e bebe.
– E... no resto?
– No resto ele é ainda de goleada. Parece mentira, mas as mulheres adoram o Velho, e ele capricha para dar conta do serviço.
– Quantas vezes ele já casou?
– Perdi a conta. Quatro ou cinco, se não me engano. Ou seis. O extraordinário é que nenhuma das ex se queixa dele, todas que conheço continuaram suas amigas e, de um modo ou outro, dão a entender que o desempenho dele é cem por cento. Sabe de uma coisa?
– Sei. Você tem inveja dele.
– Tenho. Pra que mentir? Meu primeiro casamento não deu certo, o segundo menos ainda. Então desisti, agora sou free-lancer. Mas com o Velho é diferente. Todos os casamentos funcionaram.
– Então, por que acabaram?
– O Velho tem uma teoria que casamento não pode esfriar, vira rotina. Antes que isto aconteça, ele passa uma conversa manhosa na gatona – é especialista em gatonas – e o último episódio da novelinha é vivido sem choro nem briga. Um sábio.
– Um mestre.
– É como eu costumo chamá-lo. Ele responde que não tirou diploma e que todo mundo se for habilidoso, tira de letra. Tem dia que chego a me preocupar: “Mestre, olha essas coronárias!” Ele ri, não dá confiança em responder. “Mestre, não tem medo de negar fogo?” Aí então nem se dá ao trabalho de me olhar; faz que não ouviu. O Nuno, meu irmão mais velho – irmão de pai e mãe, do primeiro casamento -, fica besta de ver tanta resistência, e diz que o Velho não existe, que nosso pai é Energia Cósmica em pessoa.
– E teus outros irmãos?
– Os outros? Deixe ver... Somos quatorze irmãos, espalhados no mundo. Todos adoram o Velho, aliás o Nuno também. Falei quatorze, mas só Deus sabe quantos haverá por aí, desconhecidos da gente. Nem o Velho sabe.
– Algum de vocês puxou a ele na vitalidade?
– Uns fazem força, não creio que consigam. Esse negócio não comporta imitação. Ou bem que o cara nasceu com alegria de viver e gozar a vida, ou nasceu sem isso, e não tem vitamina que ajude. Claro que sempre há margem para performances individuais brilhantes, e o normal é a gente ser bem-sucedida – até certo ponto, o ponto X. Mas o Velho excede a marcação. Nunca vi ninguém tão identificado com o mundo, a mulher, as coisas agradáveis da vida. Sem contar vantagem – isso é importante. Não se vangloria de nada. Vive plenamente.
– Quer dizer que ele dá nó até em pingo d’água?
– Não faz outra coisa. Bem, vou indo. Nosso amigo Gerente ainda não se desvencilhou daquele cara, e eu prefiro voltar depois.
– Espera mais um pouco.
– Não posso. Tenho de ir a um batizado.
– Essa não!
O Velho está me esperando. Me escolheu para padrinho do seu rebento mais novo. Tenho um irmãozinho de dois meses, não te contei ainda? Ciao.





Leitura da crônica " O Velho" e pesquisar sobre a vida e obras do autor.


Entrega 29/04/2020

Bons estudos!





5ª Aula / Atividade

O que é Tertúlia Literária Dialógica? Já ouviu falar?

Segundo a Comunidade de Aprendizagem “a Tertúlia Literária é uma prática de leitura dialógica que consiste em um encontro ao redor da literatura, no qual os participantes leem e debatem, de forma compartilhada, obras clássicas da literatura universal. ”

Prezado aluno, na atividade passada você fez o estudo sobre Crônica, realizou a leitura da crônica “O Velho de Carlos Drummond de Andrade” e realizou a pesquisa sobre o autor. A atividade dessa semana iremos realizar uma Tertúlia Literária Dialógica como???
Você vai realizar novamente a leitura da crônica o Velho e retirar o trecho que mais chamou sua atenção e escrever o seu entendimento, a sua compreensão, aqui no blog através dos comentários, assim todos podem participar. Anote no seu caderno também.  Bons estudos!!!




Prazo para entrega dia 11\05\2020 e-mail: karinvalentelima@gmail.com
Iremos marcar um momento para que todos apresentem seus trechos.

6 -  Aula / Atividade
Disciplina: Produção Textual e Leitura. 
 2 ano - Turmas: 200 / 201
 Referente a semana de 18 a 22/05/2020
 Assunto: Crônica em Foco / Leitura de crônicas

Crônica

Crônica é um tipo de texto narrativo curto, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.
Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.
Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso, com o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, fica fora do contexto.
No Brasil, a crônica tornou-se um estilo textual bem difundido desde a publicação dos "Folhetins" em meados do século XIX.

Alguns escritores brasileiros que se destacaram como cronistas foram:
·         Machado de Assis
·         Carlos Drummond de Andrade
·         Rubem Braga
·         Luís Fernando Veríssimo
·         Fernando Sabino
·         Carlos Heitor Cony
·         Caio Fernando Abreu
Segundo o professor e crítico literário Antônio Cândido, em seu artigo “A vida ao rés-do-chão” (1980):
A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero menor. “Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica mais perto de nós. E para muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura (...).
(...) Ora, a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas. Ela é amiga da verdade e da poesia nas suas formas mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas, sobretudo porque quase sempre utiliza o humor. Isto acontece porque não tem pretensões a durar, uma vez que é filha do jornal e da era da máquina, onde tudo acaba tão depressa. Ela não foi feita originalmente para o livro, mas para essa publicação efêmera que se compra num dia e no dia seguinte é usada para embrulhar um par de sapatos ou forrar o chão da cozinha.”
Nesse trecho tão esclarecedor podemos destacar características fundamentais sobre a crônica, por exemplo, a aproximação com o público, na medida em que contém uma linguagem mais direta e despretensiosa.
Principais Caraterísticas
·         Narrativa curta
·         Linguagem simples e coloquial
·         Poucos personagens, se houver
·         Espaço reduzido
·         Acontecimentos cotidianos
Tipos de Crônica
Embora seja um texto que faz parte do gênero narrativo, (com enredo, foco narrativo, personagens, tempo e espaço) há diversos tipos de crônicas que exploram outros gêneros textuais.
Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas, temos:
·         Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da atualidade são as crônicas chamadas de “crônicas jornalísticas” produzidas para os meios de comunicação, onde utilizam temas da atualidade para fazerem reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa.
·         Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com personagens, tempo e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa.
·         Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela para o humor como forma de entreter o público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial para criticar alguns aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc. Importante destacar que muitas crônicas podem ser formadas por dois ou mais tipos, por exemplo: uma crônica jornalística e humorística.
Curiosidade
Do latim, a palavra “crônica” (chronica) refere-se a um registro de eventos marcados pelo tempo (cronológico); e do grego (khronos) significa “tempo”.

Crônica Narrativa

A crônica narrativa é um tipo de crônica que relata as ações de personagens num tempo atual e um espaço determinado.
Em relação a linguagem, as crônicas narrativas possuem uma linguagem simples e direta e muitas vezes, utilizam do humor para entreter os leitores. Ademais, podem apresentar o discurso direto, onde há a reprodução das falas dos personagens.
As crônicas narrativas envolvem os mais diversos tipos de narrador (foco narrativo) e, portanto, podem ser narradas em primeira ou terceira pessoa.
Vale lembrar que a crônica é um texto curto onde a principal característica é relatar acontecimentos cotidianos e de forma cronológica, daí seu nome. Esse tipo de texto é muito veiculado nos meios de comunicação, por exemplo, jornais e revistas.
Além da crônica narrativa, ela pode ser dissertativa-argumentativa ou descritiva. Entretanto, podemos encontrar uma crônica que seja narrativa e descritiva ao mesmo tempo.
Como fazer uma crônica narrativa?
Para produzir uma crônica narrativa primeiramente temos de considerar os principais elementos que compõem uma narração. São eles:
·         Enredo: história da trama, onde temos o tema ou o assunto que será narrado.
·         Personagens: pessoas presentes na história e que podem ser principais ou secundários.
·         Tempo: indica o tempo no qual a história está inserida.
·         Espaço: determina o local (ou locais) onde se desenvolve a história.
·         Foco narrativo: é o tipo de narrador que pode ser um personagem da trama, um observador ou ainda onisciente.
Além disso, devemos observar que os fatos são narrados em ordem cronológica e sua estrutura está dividida em: introdução, clímax e conclusão.
É importante destacar que diferente de outros textos narrativos longos, como uma novela ou um romance, a crônica narrativa é um texto mais curto.
Nesse sentido, por ser uma história breve, ela geralmente possui poucos personagens e um espaço reduzido.
Assim, depois de compreender todos os elementos que compõem uma narrativa, escolhemos o tema, quais serão seus personagens, o tempo e o espaço que ela ocorre.
Exemplo
Para compreender melhor, segue abaixo um exemplo de crônica narrativa curta:
Aprenda a Chamar a Polícia (Luís Fernando Veríssimo)
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:
— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro de escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

Crônica Argumentativa

É um tipo de texto em que a argumentação é a sua principal marca.
Ela é muito utilizada pelos meios de comunicação, sobretudo os jornais e as revistas.
A crônica argumentativa funde aspectos da crônica e dos textos argumentativos e se aproxima do Artigo de Opinião. Ela pode ser do gênero narrativo, dissertativo ou descritivo.
Os cronistas, autores que escrevem as crônicas, expressam nesse tipo de texto um tema e sua posição, ponto de vista ou juízo de valor sobre tal assunto.
Como fazer uma crônica argumentativa?


Para elaborar uma crônica argumentativa, primeiramente escolha um tema contemporâneo que queira abordar, seja a fome no mundo, o aumento do preço da gasolina, a economia brasileira atual, uma briga entre vizinhos, o aumento do trânsito nas grandes cidades, dentre outros.
Feito a escolha, leia sobre o assunto, organize suas ideias e selecione argumentos.
Lembre-se que a crônica argumentativa tem que apresentar argumentos, senão trata-se de um texto meramente informativo.
Uma importante característica das crônicas é o acentuado teor crítico, com presença de humor, ironia e sarcasmo. Portanto, seja criativo!

Note que a crônica narrativa argumentativa narra uma breve história, com personagens, tempo e espaço. Ela pode conter discursos diretos (com marca da fala dos personagens, por exemplo, o uso de travessão), indiretos (palavras dos personagens proferidas pelo narrador, ao invés de utilizar as marcas pessoas) e os indiretos livre (fusão dos dois tipos de discursos: direto e indireto).
Principais características da crônica argumentativa
As principais características de uma crônica argumentativa são:
·         Argumentação e persuasão;
·         Linguagem coloquial, simples e direta;
·         Textos relativamente curtos;
·         Temas cotidianos e polêmicos;
·         Crítica, humor e ironia;
·         Induz a reflexão;
·         Subjetividade e criatividade;
·         Fusão do estilo jornalístico e literário;
·         Poucos personagens, se houver;
·         Tempo e o espaço limitados;
·         Caráter contemporâneo.

Exemplo de crônica argumentativa
Segue abaixo um exemplo de crônica argumentativa do escritor brasileiro Luis Fernando Veríssimo, que apresenta um texto crítico e humorístico sobre a falta de tempo nos tempos modernos:
Exigências da vida moderna (Quem aguenta tudo isso?)
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causado ferro.
E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para...não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia.
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo.
Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!
Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes.
Chame os amigos e seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro.
E já que vou, levo um jornal...
Tchau...
Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.

Para mais pesquisas:


Vídeo:


Caros alunos, após a leitura (realize a leitura silenciosa e depois a leitura em voz alta) sobre Crônica em foco, você irá realizar alguns apontamentos no seu caderno, anote: conceito, características, tipos de crônicas.
A partir de sua janela da sua casa, construa uma crônica com o seu olhar.

Prazo para o envio da atividade:  05/06/2020
Enviar para o e-mail: karinvalentelima@gmail.com

7 - Aula / Atividade
2º ANO - PRODUÇÃO TEXTUAL E LEITURA
Turmas: 200 / 201
Profª.: Karin Cibelle
Redação



INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado
2. O Texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
 4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou qual não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto
_______________________________________________________
Tema de redação: A prática da justiça com as próprias mãos no Brasil
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A prática da justiça com as próprias mãos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
_______________________________________________________
TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I













Disponível em: http://jornal4cantos.com.br/legitima-defesa-e-justica-com-as-proprias-maos-voce-sabe-a-diferenca/ Acesso em 11 agosto 2017

TEXTO II

Não é a primeira vez que ondas de ódio popular manifestam-se através da famosa justiça com as próprias mãos. Se não temos um Estado forte, punível, justo, célere e capaz de usar a jurisdição para resolver todos os conflitos como a sociedade deseja, por que não dar à sociedade o direito de resolver os seus problemas sem o dedo do Estado? Simples, porque isso nos remete ao estágio dos primórdios humanos onde o famoso olho por olho e dente por dente era muito mais importante e eficaz que os 250 Artigos da Constituição e os 97 da ADCT. Mas afinal, por que isso é preocupante?
Diferentemente da justiça aplicada pelo Estado, a “justiça” aplicada pelo povo diretamente não comporta princípios e leis que são responsáveis por toda a evolução jurídica e social até o presente momento. Essa autotutela popular é perigosa porque princípio nenhum é capaz de parar o sangue na garganta de um pai que acabou de ver seu filho ser morto, sua mulher e filha ser estuprada, seu carro comprado com todo o esforço dividido em milhões de prestações ser levado por um irresponsável que quer que tudo venha fácil pra si. E não é pra ser diferente. Disponível em: https://jus.jusbrasil.com.br/artigos/116592121/justica-com-as-proprias-maos-ate-onde-e-justa Acesso em 11 agosto 2017


TEXTO III










Disponível em: https://jfhipermidia.wordpress.com/cotidiano/justica-com-as-proprias-maos/ Acesso em 11 agosto 2017



TEXTO IV






Disponível em: http://www.assimpassei.com.br/justica-com-as-proprias-maos-no-guaruja-nao-e-caso-isolado/ Acesso em 11 agosto 2017
_______________________________________________________
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A prática da justiça com as próprias mãos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Prazo para o envio da redação: 04/06/2020 para o e-mail: karinvalentelima@gmail.com

Informações importantes / Extra

 

Correção da redação do Enem

A redação do Enem é avaliada por dois corretores, que concedem uma nota entre 0 e 200 pontos em cada uma das cinco competências:
1) Domínio da norma padrão da língua portuguesa;
2) Compreensão da proposta de redação;
3) Seleção e organização das informações;
4) Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto
5) Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os valores e considerando as diversidades socioculturais.
Caso a diferença entre as notas dos dois avaliadores for maior que 80 pontos em uma competência ou superior a 100 pontos no total, um terceiro corretor avalia a redação. Nesse caso, a nota final do participante será a média aritmética entre as duas notas totais que mais se aproximarem.
Persistindo a discrepância de notas, a redação é avaliada por uma banca de especialistas. Essa banca também avalia todas as redações que recebem nota 1000 pelos avaliadores.


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AULA E ATIVIDADE PROJETO DE VIDA 1º ANO

SEGUE O LINK DA AULA E ATIVIDADE PROJETO DE VIDA 1º ANO: https://drive.google.com/file/d/1treRRXIHZKZzU8cridNdyckqB55Nq-jm/view?usp=sharing ...