Os séculos XVIII e XIX - ideologias e revoluções
Obs: Esse resumo é relacionado às aulas de 01 e 02 do nosso Guia de Aprendizagem do 1º período. Segue abaixo o link onde vocês podem fazer o download do Guia de Aprendizagem do 1º período e acompanhar as nossas próximas aulas e atividades. Ao final desse resumo segue atividade que pode ser respondida aqui mesmo, abaixo dessa postagem no espaço de comentários, ou respondida e enviada ao email cemybacanga@gmail.com até o dia 12/04/2020 com o título ATIVIDADE 3 - HISTÓRIA. Deixem suas dúvidas, sugestões ou reclamações no final da postagem na opção comentários. Bons estudos!! Tia ama vcs!!!😘
https://drive.google.com/file/d/1FPIw-gmHyduylm8JIkzz8fS2BeJ5cqbm/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1FPIw-gmHyduylm8JIkzz8fS2BeJ5cqbm/view?usp=sharing
➥Estudamos nas nossas últimas aulas os processos ocorridas na Europa do século XVIII que levaram à profundas mudanças sociais que levaram ao fim do modelo Absolutista do estado moderno e levaram paulatinamente ao fortalecimento do modelo capitalista de produção. Este resumo se refere ao que já havíamos estudado até aqui, além de mais algumas informações sobre o contexto de surgimento de novas ideias que promoveram mudanças estruturais profundas na sociedade, ao qual chamamos de Revoluções.
Vamos lá estudar um pouco mais sobre esses processos e seus desdobramentos:
Século XVIII - Iluminismo e as Revoluções Liberais
O século XVIII foi o último século da Idade Moderna e o primeiro da Idade Contemporânea e ficou conhecido como o Século das Luzes. As ideias iluministas promovidas na Europa pelos filósofos espalharam-se pelo mundo e inspiraram revoluções como a Revolução Francesa em 1789.
O iluminismo foi um movimento cultural da elite intelectual europeia que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Buscava um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista, promoveu o intercâmbio intelectual e criticou a intolerância da Igreja e do Estado.
Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano. Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação da tirania e superstição que diziam ser o legado da Idade Média.
Século XVIII - O Iluminismo crítica ao absolutismo e a separação de poderes
No século XVIII desenvolveu-se na Europa um novo movimento cultural assente na crença nas capacidades do homem esclarecido pelas luzes da razão e do saber. O século XVIII é, por isso, considerado como o século das luzes e os pensadores desta época são chamados dos poderes, com a consequente limitação do poder régio. O poder legislativo (isto é, o poder de fazer as leis) deveria ser atribuído a um Parlamento cujos deputados fossem eleitos pelos cidadãos; ao rei e aos seus ministros ficaria reservado, exclusivamente, o poder executivo, isto é, o poder de aplicar as leis; o poder judicial (o poder de julgar quem não cumpre as leis) pertenceria a juízes independentes dos outros poderes. As ideias iluministas ganharam rapidamente adeptos.
Para a sua difusão muito contribuiu, entre outras obras, a Enciclopédia,e também os jornais que, nesta altura, começavam a circular com maior frequência e constituíram um poderoso veículo para a formação da opinião pública. Do mesmo modo, os cafés e as reuniões sociais nos salões da nobreza e da burguesia tornaram-se importantes locais de difusão das ideias. Na segunda metade do século XVIII, alguns monarcas absolutos foram sensíveis às críticas dos filósofos iluministas e levaram a cabo reformas tendentes a promover o progresso e o desenvolvimento cultural, eram os déspotas iluminados do despotismo esclarecido promovendo o progresso e o desenvolvimento cultural mas defendendo o princípio “tudo pelo povo, mas sem o povo”.
O despotismo esclarecido não satisfaz os iluministas cujas críticas e ideias continuam a espalhar-se e irão estar na base das revoluções liberais que marcam este século. Toda a estrutura política e social do absolutismo foi violentamente atacada pela revolução intelectual do Iluminismo.
Critica ao Absolutismo
Com as críticas do iluminismo a centralização monárquica, acabou por se constituir num novo absolutismo, desta vez esclarecido e progressista, fundado numa ordem política expressa na constituição do Estado moderno e na existência de uma nova entidade coletiva que, a partir de agora, ia formar a nação. O rei passa a ser senhor absoluto, símbolo nacional. Ele é quem faz as leis, aplica a justiça, cuida das finanças e estabelece hierarquia de funcionários; enfim, ele é a fonte de todos os poderes.
O iluminismo culminou em França com a grande publicação da Enciclopédia (1751-1772)
editada por Diderot e d'Alembert com contribuições de centenas intelectuais tais como Voltaire e Montesquieu. Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França. As novas forças intelectuais difundiram-se para os centros urbanos de toda a Europa, saltando o Atlântico para as colónias europeias, e influenciaram as Revoluções Liberais Americana e Francesa
Despotismo esclarecido
Maquiavel defendia o Estado como um fim em si mesmo, afirmando que os soberanos poderiam utilizar-se de todos os meios - considerados lícitos ou não - que garantissem a conquista e a continuidade do seu poder absoluto. Afirmava que a Monarquia era a origem divina, cabendo aos homens aceitar todas as decisões reais, pois questioná-las transformá-los-ia não somente em inimigos públicos, mas também em inimigos de Deus.
As práticas absolutistas foram contestadas pelas ideias do Iluminismo e é nesse contexto que apareceu o chamado Despotismo esclarecido. O despotismo esclarecido é uma expressão que designa uma forma de governar característica da Europa continental da segunda metade do século XVIII, que embora partilhasse com o absolutismo a exaltação do Estado e do poder do soberano, era animada pelos ideais de progresso, reforma e filantropia do Iluminismo.
➥Abaixo um pequeno doc. sobre a importância do movimento iluminista do séculos XVIII aos dias atuais:
Século XVIII - Iluminismo e a crítica ao mercantilismo
O mercantilismo, doutrina económica típica da época, também foi condenado e novas propostas, mais condizentes com a nova realidade do capitalismo, foram teorizadas. Os primeiros contestadores do mercantilismo foram os fisiocratas. Para os fisiocratas, a riqueza viria da natureza, ou seja, da agricultura, da mineração e da pecuária. O comércio era considerado uma atividade estéril, já que não passava de uma troca de riquezas. Os fisiocratas eram contrários à intervenção do Estado na economia que segundo eles seria regida por leis naturais, que deveriam agir livremente. A frase que melhor define o pensamento fisiocrata é: Laissez faire, laissez passer (Deixai fazer, deixai passar).A fisiocracia influenciou pensadores como Adam Smith, pai da economia clássica.
Século XVIII - A Revolução agrícola
Na Inglaterra, nos séculos XVII e XVIII, a nobreza rural britânica foi alargando as suas propriedades através da aquisição de terras comunais ou de terrenos pertencentes a pequenos proprietários arruinados. Essas propriedades começaram a ser vedadas, transformando-se assim em campos fechados, as enclosures, destinadas principalmente à criação de gado. Introduziram novas culturas, como as da batata e da beterraba, obras de drenagem de pântanos e técnicas revolucionárias:
- Seleção de boas sementes e de animais reprodutores;
- Introdução de um sistema quadrienal de rotação de culturas, que permitiu dispensar o pousio.
A melhor alimentação, aliada à melhoria das condições de higiene e a alguns progressos da medicina fizeram com que diminuísse significativamente a mortalidade, sobretudo a mortalidade infantil. Deste modo, deu-se um acentuado crescimento demográfico.
Uma importante consequência desta autêntica revolução demográfica foi o crescimento urbano. Muitas cidades tornaram-se grandes pólos de atracção para as populações rurais, tanto mais que as mudanças introduzidas na agricultura permitiam dispensar mão-de-obra, provocando o êxodo rural.
À medida que a indústria se ia mecanizando, surgiam as fábricas. Mais importantes ainda que as alterações da paisagem foram as consequências sociais de todo este processo. A produção fabril mecanizada, ou maquinofactura, fez do Homem um instrumento da máquina. O trabalhador deixava de ser um artesão especializado, para se tornar um operário, isto é, um trabalhador sem qualificação, que vivia exclusivamente do seu salário.
Seculo XVIII - Aumento de população e migrações
Ao mesmo tempo que no campo político os estados europeus eram governados por monarcas absolutos, a sociedade e a economia eram dominados por estruturas antiquadas e seculares que vigoravam na Europa desde a Idade Média: o antigo regime demográfico.
Agricultura antiquada e pouco produtiva implicava baixa produtividade e elevada mortalidade na população europeia até ao início do século XVIII. A morte estava no seio das comunidades agrícolas. Períodos de elevada mortalidade, as crises demográficas, iniciavam-se com fomes ou epidemias que consigo arrastavam frequentemente outras doenças e um rosário de desgraças. A mortalidade aniquilava entre 10 e 30% da população pondo em causa a sobrevivência das famílias e das comunidades.
Gradualmente as melhorias nas técnicas de cultivo, das condições de vida nas cidades, o aperfeiçoamento do combate às doenças, as melhorias no saneamento básico, e os benefícios obtidos com a Revolução Industrial, fizeram com que a taxa de mortalidade baixasse, ampliando o crescimento natural e levando a um aumento de população que se vai acentuar ao longo do século XVIII culminando na Revolução Industrial.
O movimento de renovação da agricultura, verificado na Inglaterra do século XVIII, faz-se sentir em:
- transformação da propriedade rural (enclosures),
- introdução de novas espécies vegetais e animais (ou seu apuramento)
- aplicação de novas técnicas e processos de produção.
A Inglaterra foi pioneira porque tinha uma aristocracia latifundiária (nobreza detentora de enormes propriedades) politicamente ativa e cada vez mais influente no Parlamento, surge, na primeira metade do século XVIII, um corpo de leis visando uniformizar e regular a posse da terra de forma a facilitar o processo produtivo. Os latifundiários decidiram ocupar e cercar as terras e os resultados não demoraram muito a aparecer maior produção (na primeira metade do século XVIII, esse aumento é superior a 20%) capacidade do campo abastecer e sustentar o crescimento urbano-industrial que se registava no país melhorias significativas, não somente em quantidade, mas também em qualidade, permitem uma época de relativa abundância em produtos agrícolas essenciais (carne, leite e derivados, legumes, batata, cereais, etc.).
A melhoria gradual na dieta alimentar inglesa proporcionará uma maior esperança de vida, um aumento da natalidade e do crescimento natural da população, diminuindo-se a vulnerabilidade do homem face às fomes e pestes. Com a diminuição crescente da mortalidade dá-se uma revolução demográfica, a par da revolução agrícola e da industrial.
Todas estas alterações no espaço agrário inglês trouxeram também outras consequências, mais visíveis no espaço urbano e êxodo rural de minifundiários e assalariados rurais - devido à perda da posse da terra, à mecanização (que origina menos empregos rurais) e às novas técnicas e culturas crescimento demográfico nas cidades, o que dispara os valores da taxa de urbanização. A expansão da Revolução Agrícola para o continente europeu fará, ao longo do século XIX, crescer a população europeia em mais de 100%.
Entretanto os movimentos para acabar com o tráfego de escravos foram ganhado força e Portugal continental proíbe o tráfico de escravos com a proibição ainda de recurso a escravos neste território em 1761 com o Marquês de Pombal.
Século XVIII - A revolução industrial
Na parte final dos anos de 1700, a economia baseada na força manual no Reino da Grã-Bretanha começou a ser substituída por outra dominada pela indústria e pelas máquinas. Começou com a mecanização das indústrias têxteis, o desenvolvimento de técnicas avançadas de produção de ferro e o aumento do uso de carvão refinado. A introdução das máquinas a vapor (abastecidas primeiramente com carvão) e maquinaria bruta (principalmente na manufactura têxtil) deram a base para grandes aumentos na capacidade produtiva inglesa. A expansão do comércio foi possibilitada com uma verdadeira revolução nos transportes.
De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial.
O Reino Unido foi pioneiro no processo da Revolução Industrial por diversos fatores:
➥Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII., que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os investimentos e ampliar os lucros.
➥A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro e de carvão mineral em seu subsolo, principais matérias-primas utilizadas neste período.
➥Dispunham de mão-de-obra em abundância desde a Lei da vedação das terras, que provocou o êxodo rural. Os trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas.
➥A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir matérias-primas e máquinas e contratar empregados.
As mudanças ocorridas na Grã-Bretanha na agricultura, manufactura e transportes produziram um profundo efeito socioeconômico e cultural, que posteriormente se espalhou por toda a Europa, América do Norte, e depois para todo o mundo num processo que ainda continua: a Industrialização.
Os outros dois movimentos que acompanham a revolução Industrial são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea.
➥Abaixo segue um doc. sobre a importância dos movimentos dos séculos XVIII para o surgimento das indústrias e a mudança social que o mesmo provocou principalmente na Inglaterra:
Século XVIII - A Revolução Liberal Americana
O que território que é agora os E.U.A era no século XVIII ocupado por treze colônias inglesas que se irão revoltar contra a Inglaterra por causa dos impostos e taxas que esta lhes cobrava. Reunidos em Congresso, na cidade de Filadélfia, em 1775, os representantes das treze colônias resolveram criar um exército e entregaram o seu comando a George Washington. No ano seguinte, um novo congresso em Filadélfia decidiu proclamar a independência.
Depois de demoradas negociações, as várias colônias aprovaram, em 1787, uma Constituição que instituiu os Estados Unidos da América sob a forma de uma república federal: cada Estado federado conservava a sua autonomia, mas um governo central ocupava-se das questões comuns, como a defesa e os negócios estrangeiros.
A organização do poder central obedeceu ao princípio da divisão de poderes. Tratava-se, afinal, da primeira aplicação prática das ideias iluministas. O novo regime era uma república democrática, em que tanto o Presidente como o Congresso eram eleitos através do voto dos cidadãos.
Para a Europa e para o mundo dois aspectos eram absolutamente revolucionários: surgiam, pela primeira vez, uma colônia independente e uma república dotada de uma constituição democrática. A declaração da Independência proclama ao mundo, no documento aprovado no dia 4 de Julho, o direito à independência e à livre escolha década povo e de cada pessoa ("o direito à vida, à liberdade e à procura da felicidade" são definidos como inalienáveis e de origem divina). E é seguida da aprovação de uma constituição política (a primeira da História mundial) onde se consignavam os direitos individuais dos cidadãos, se define os limites dos poderes dos vários órgãos e se estabelece um sistema de equilíbrio entre os poderes legislativo, judiciário e executivo de modo a impedir a supremacia de qualquer deles. A revolução americana irá influenciar a Revolução Francesa (1789).
Século XVIII - A Revolução Francesa
A sociedade francesa da segunda metade do século XVIII possuía dois grupos muito privilegiados: o Clero ou Primeiro Estado, composto pelo Alto Clero, que representava 0,5% da população francesa e era identificado com a Nobreza ou Segundo Estado, que constituía 1,5% da população
Esses dois grupos (ou Estados) oprimiam e exploravam o Terceiro Estado, constituído por burgueses, camponeses sem terra e os "sans-culottes", uma camada heterogênea composta por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que usavam.. O Clero e a Nobreza não pagavam impostos e contribuições para o Estado, que eram pagos pelo Terceiro Estado, uma vez que, não só tinham isenção tributária, como ainda usufruíam do tesouro real por meio de pensões e cargos públicos.
Iluministas como Voltaire Diderot, Montesquieu, Kant e Locke criticaram as estruturas políticas e sociais e as suas ideias depressa se espalharam, tendo influenciado a Independência das colónias inglesas na América e a Constituição dos E.U.A. e eram defendidas pela burguesia e intelectuais franceses.
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo saiu às ruas com o objetivo pressionar o rei Luís XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14 de Julho de 1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
Em 1789, na França tinha ainda todas as características de uma sociedade de Antigo Regime: A monarquia era absoluta e de direito divino e havia duas ordens privilegiadas, o clero e a nobreza, que tinham direitos, não pagavam impostos, ocupavam os principais lugares públicos, possuíam mais de 40 % das propriedades agrícolas.
O povo ou terceiro estado, que era 98% da população não tinha quaisquer direitos políticos, situação que o revoltava naturalmente. O Terceiro Estado era constituído por camponeses, trabalhadores urbanos e burgueses.
É neste cenário que se dá a revolução francesa. O terceiro estado, principalmente a burguesia, defendia os princípios iluminista de liberdade, igualdade e fraternidade e exigia uma assembleia onde estivessem os seus representantes e que votasse uma constituição.Depois de lutas sangrentas a Monarquia acabará por cair e é Instituída em França a República com o lema liberdade, igualdade e fraternidade.
Liberdade Guiando o Povo, 1830, óleo sobre tela, 260 x 325 cm, Eugène Delacroix, Museu do Louvre, Paris. |
É com a revolução francesa que é publicada a declaração dos direitos do homem e do cidadão, onde defendia a igualdade todos os cidadãos perante a lei. É aprovada a constituição que separa os poderes: executivo, legislativo (pertencia à assembleia) e o poder judicial que pertencia a juízes independentes.
As ideias da revolução francesa irão espalhar-se para outros países da europa, como é o caso da revolução de 1820 em Portugal.
Século XVIII - A herança da revolução francesa
A primeira Constituição da França promulgada em setembro de 1791, tinha como introdução a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão os delegados formularam os ideais da Revolução, sintetizados em três princípios: "Liberdade, Igualdade, Fraternidade".
Foi ainda aprovada legislação que abolia o regime feudal e senhorial , acabava com o dízimo da Igreja e a isenção tributária das camadas privilegiadas e reconhecia a igualdade civil e jurídica entre os cidadãos.
Foi implantada uma monarquia constitucional, isto é, o rei perdeu seus poderes absolutos e criou-se uma efetiva separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Além disso, foram concedidos direitos civis completos aos cidadãos.
A população foi dividida em cidadãos ativos e passivos. Somente os cidadãos ativos, que pagavam impostos e possuíam dinheiro ou propriedades, participavam da vida política. Era o voto censitário. Os passivos eram os não-votantes, como mulheres, trabalhadores desempregados e outros.
O nascimento, a tradição e o sangue já não eram os únicos critérios utilizados para distinguir socialmente os homens. Na prática esses critérios foram substituídos pelo dinheiro e pela propriedade, que, a partir daí, passam a garantir a seus detentores prestígio social.
Em resumo , a Constituição de 1791 estabeleceu na França as linhas gerais para o surgimento de uma sociedade burguesa e capitalista em lugar da anterior, feudal e aristocrática.
As revoluções liberais e a separação do Estado e da Igreja
Depois da revolução francesa numa reacção contra os privilégios do clero e buscando recursos para melhorar o déficit público, o governo revolucionário desapropriou os bens da Igreja, colocou-os à venda. As propriedades da Igreja passaram maioritariamente para as mãos da burguesia. Em agosto de 1790, foi votada a Constituição Civil do Clero separando Igreja e Estado e transformando os clérigos em assalariados do governo, a quem deviam obediência.
Este processo irá ser seguido pelos outros países palco de revoluções liberais ditando a separação da Igreja e do estado e a sua laicização.
➥Finalizando nossa aula, um trecho do documentário do History Channel sobre a importância da Revolução Francesa para o surgimento de uma nova mentalidade individual para o avanço da sociedade industrial capitalista contemporânea:
Fontes: Wikistoria; Mundo Educação; Blog Ensinar História; Youtube.
Proposta de Atividade
➥Agora vamos exercitar tudo aquilo que estudamos até aqui. Abaixo segue link da Constituição de 1791, instaurada a partir do processo de deposição do Absolutismo na França, mais conhecido como Revolução Francesa. Com base em toda a leitura que você realizou até aqui e dos vídeos assistidos, faça a leitura do texto da Constituição e descreva quais os principais pontos encontrados nela que se opõem às ideologias do modelo monárquico absolutista de governo exercido até então na França.
https://drive.google.com/drive/folders/1SaBU15TK4XFxdKOKnpeAL04yj6YoYkiG
➥Você pode responder essa atividade aqui mesmo, nos comentários da postagem ou enviar a mesma para o email cemybacanga@gmail.com até o dia 12/04/2020 com o título ATIVIDADE 3 - HISTÓRIA. Bons estudos e FIQUEM EM CASA!!! QUARENTENA NÃO É FÉRIAS!!! Até a próxima!!! 😉
https://drive.google.com/drive/folders/1SaBU15TK4XFxdKOKnpeAL04yj6YoYkiG
➥Você pode responder essa atividade aqui mesmo, nos comentários da postagem ou enviar a mesma para o email cemybacanga@gmail.com até o dia 12/04/2020 com o título ATIVIDADE 3 - HISTÓRIA. Bons estudos e FIQUEM EM CASA!!! QUARENTENA NÃO É FÉRIAS!!! Até a próxima!!! 😉
Nenhum comentário:
Postar um comentário