AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA - REVISÃO
Profª.: Helayne Araújo Turma: 300
Referente a semana 27/04 a 01/05/2020
Assunto: Orações Subordinadas - SUBORDINADAS, ADJETIVAS E ADVERBIAIS.
MATERIAL PARA LEITURA E ESTUDO:
O que é uma oração subordinada
substantiva?
Primeiramente, vamos entender o que significa,
palavra por palavra, essa expressão:
- Oração: chama-se oração porque a construção
contém um verbo ou uma locução verbal.
- Subordinada: chama-se subordinada porque
estabelece uma relação de dependência com a oração principal — uma sem a
outra não faz sentido — e exerce alguma função sintática para
ela. É diferente das orações coordenadas, que são independentes da oração
principal.
- Substantiva: chama-se substantiva porque a
oração faz o papel de um substantivo na
estrutura da frase, podendo ser substituída pelo pronome “isto” ou sua
combinação com preposições (“disto”, “nisto”, “para isto”, “por isto”, “a
isto”, “com isto” etc.).
Veja um exemplo para entender melhor:
“É importante que as pessoas valorizem a leitura”.
Nessa frase, a oração principal é o trecho “é
importante”, já que contém um verbo e será complementada pela oração seguinte.
Já o trecho “que as pessoas valorizem a leitura” é a oração subordinada
substantiva. Mas como identificar essa classificação? Vejamos:
- “Valorizem” é o verbo que configura o trecho
como uma oração.
- As construções “é importante” ou “que as
pessoas valorizem a leitura” fazem sentido sozinhas? Não, uma precisa da
outra. Por isso, trata-se de uma relação de subordinação entre as orações,
que são conectadas por uma conjunção integrante (o “que”).
- Tente substituir “que as pessoas valorizem a
leitura” por “isto”. Ficaria assim: “é importante isto” ou “isto é
importante”. É uma construção correta e tem sentido? Sim, então significa
que a oração é substantiva.
Quais são os tipos de oração subordinada substantiva?
A oração subordinada substantiva pode exercer, na
estrutura da frase, as funções sintáticas de sujeito, objeto direto, objeto
indireto, complemento nominal, predicado nominal ou aposto. Cada uma dessas
funções representa um tipo de oração, que veremos a seguir.
Mas, antes, você precisa saber que as orações
subordinadas substantivas podem ser desenvolvidas ou reduzidas.
Na forma desenvolvida, elas são introduzidas por
uma conjunção integrante, geralmente “que” ou “se” (mas também pode ser “quem”,
“quantos”, “como”, “onde”, “quando”, entre outros). Nesses casos, a conjugação do verbo fica
no indicativo ou subjuntivo.
Já na forma reduzida, as conjunções são subtraídas.
Elas não aparecem na frase e, por isso, pode ser mais difícil identificar a
oração como substantiva. Mas, para isso, você pode olhar para o verbo (que será
conjugado no infinitivo, gerúndio ou particípio) e fazer a substituição por
“isto”, “disto”, “nisto”, “para isto” etc. Pode testar que dá certo, viu?
Conheça agora os tipos de orações subordinadas substantivas,
conforme a função sintática que exercem na frase:
Oração subordinada substantiva subjetiva
É quando a oração exerce função de sujeito. Para
encontrar o sujeito em qualquer frase, você deve fazer a pergunta “que é
que…?”. Veja um exemplo:
- Não era permitido que as mulheres jogassem
futebol.
Pergunte-se: “que é que não era permitido?”. O
sujeito, então, é a oração subordinada substantiva subjetiva “que as mulheres
jogassem futebol”. Outros exemplos:
- Constatou-se que o filho era dela.
- É comum que as pessoas se sintam cansadas.
- É proibido fumar neste local. (reduzida)
Oração subordinada substantiva objetiva direta
A oração faz a função de objeto direto,
que complementa um verbo transitivo direto e não leva preposição. Se você
consegue substituir por “isto” e manter a correção da frase, significa que você
tem uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Confira alguns
exemplos:
- Os alunos avisaram que se atrasariam. (os
alunos avisaram isto)
- Os jornalistas perguntaram quem daria a
entrevista. (os jornalistas perguntaram isto)
- O estagiário afirmou precisar de ajuda
(reduzida / o estagiário afirmou isto)
Oração subordinada substantiva objetiva indireta
A oração exerce função de objeto indireto, que
complementa um verbo transitivo indireto e leva uma preposição. Portanto, neste
caso, você pode substituir por “disto”, “nisto”, “a isto” etc. para identificar
uma oração subordinada substantiva objetiva indireta. Confira:
- Gostaria de lembrá-los de que estarei ausente.
(gostaria de lembrá-los disto)
- Eu acredito no que você me prometeu. (eu
acredito nisto)
- Ele respondeu ao que haviam perguntado. (ele
respondeu a isto).
Oração subordinada substantiva completiva nominal
Lembra-se do complemento nominal? Ele é muito
parecido com o objeto indireto, por também contar com uma preposição, porém a
sua função é complementar um nome, não um verbo.
Portanto, uma oração subordinada substantiva
completiva nominal complementa um nome (que, nesse caso, pode ser um
substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio) presente na oração principal. Aqui
você também pode fazer a substituição para testar. Veja os exemplos:
- Tenho dúvidas de que ele vá completar a prova.
(tenho dúvidas disto)
- Já estou apto para que me faça as perguntas.
(já estou apto para
isto)
- Estamos longe do que seria o ideal. (estamos
longe disto)
Nos exemplos acima, perceba os nomes que são
complementados pelas orações: “dúvidas” é um substantivo abstrato, “apto” é um
adjetivo e “longe” é um advérbio.
Oração subordinada substantiva predicativa
Este tipo de oração faz a função de predicativo do
sujeito da oração principal. O predicativo é o termo que complementa o sujeito
de uma oração ao atribuir-lhe uma qualidade e sempre é acompanhado de um verbo
de ligação, que indica um estado (ser, estar, parecer, ficar etc.).
Portanto, é fácil identificar esse tipo de oração,
que sempre aparece da seguinte forma: sujeito + verbo de ligação + oração
subordinada substantiva predicativa. Confira os exemplos para entender:
- O bom é que a festa será amanhã.
- A verdade era que nós tínhamos razão.
Oração subordinada substantiva apositiva
A oração exerce função de aposto, que serve para
explicar ou especificar melhor um termo anterior. A oração subordinada
substantiva apositiva geralmente vem depois de dois-pontos.
- Fez-lhe um pedido: que nunca mais fugisse.
- Eu tinha um sonho: que pudesse cursar uma faculdade.
Orações
Subordinadas Adjetivas
As Orações Subordinadas Adjetivas são aquelas
que exercem a função sintática de adjetivo.
Geralmente, são
introduzidas por pronomes relativos (que,
quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto
adnominal do termo antecedente.
Observe as orações equivalentes abaixo:
·
“Admiro alunos estudiosos”
(adjetivo)
·
“Admiro alunos que estudam”
(oração subordinada adjetiva. Isso porque possui a função sintática de um
adjetivo, que é atribuir qualidade ao nome).
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
As orações
subordinadas adjetivas podem ser explicativas ou restritivas.
Orações Subordinadas
Adjetivas Explicativas
Separadas por vírgulas, as orações subordinadas
explicativas, como o próprio nome já indica, explicam melhor ou esclarecem o
termo ao qual se referem.
Exemplos:
O exame final, que
estava muito difícil, deixou todos apreensivos.
·
Oração Principal: O exame
final deixou todos apreensivos.
·
Oração Subordinada Adjetiva
Explicativa: que estava muito difícil.
João, que é o mais calmo
da turma, surpreendeu a todos.
·
Oração Principal: João
surpreendeu a todos.
·
Oração Subordinada Adjetiva
Explicativa: que é o mais calmo da turma.
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