INICIAMOS NO DIA 08 DE MAIO O SEGUNDO BIMESTRE , CLARO
QUE EM CONFORMIDADE COM O PLANEJAMENTO E
CALENDÁRIO INICIAL DA ESCOLA QUE
FORA ANTES DA
PANDEMIA.
SABEMOS QUE TUDO ESTA MUITO DIFÍCIL E CONTURBADO. MAS NÃO DEIXEMOS QUE O DESÂNIMO SE ESTABELEÇA!!
NÓS PROFESSORES ESTAMOS A DISPOSIÇÃO DE VOCES
E ENFRENTANDO JUNTOS TODOS ESSES
PROBLEMAS. MAS PARA QUE QUANDO RETORNAMOS , NÃO ESTEJAMOS TÃO ALHEIOS
AO ESTUDO É QUE PROCURAMOS ESSAS
ALTERNATIVAS.
PROSSEGUINDO COM O GUIA
DE APRENDIZADO DO SEGUNDO BIMESTRE,
ESTAREMOS AGORA COM O CONTEUDO: DANÇA
ESTAREI DISPONIBILIZANDO
COMO NAS ATIVIDADES ANTERIORES, PEQUENOS
TEXTOS NO BLOGGER E VIDEOS NO YOU TUBE
PARA QUE POSSAM TER UMA MELHOR APROPRIAÇÃO DAS
TEMÁTICAS QUE SERÃO ESTUDADAS.
PEÇO QUE TENTEM ENVIAR
AS ATIVIDADES NAS DATAS SOLICITADAS PARA QUE POSSAM CRIAR UMA
ROTINA DE ESTUDOS.
PORÉM SE NÃO
CONSEGUIREM , AINDA SIM É NECESSÁRIO QUE ENVIEM
MESMO DEPOIS DA DATA SEM ÔNUS ALGUM A
VOCÊS.
O OBJETIVO AQUI, É QUE VOCÊS TENHAM UMA PRÉVIA DOS CONTEÚDOS QUE DEVERIA SER TRABALHADO DE ACORDO COM O PLANO ANUAL .
NO RETORNO CREIO QUE DEVEMOS ESTAR FAZENDO UM RESGATE DE TUDO QUE FOI PASSADO A VOCÊS E ESCLARECENDO MELHOR AS DUVIDAS SOBRE AS TEMÁTICAS POSTADAS.
NÃO SE ESQUEÇAM DE ENCAMINHAR SUAS DUVIDAS PAR O MESMO ENDEREÇO DE EMAIL DAS ATIVIDADES QUE FOREM SOLICITADAS lucianadps888@gmail.com .
História da Dança
Juliana Bezerra
Professora de História
A dança nasceu com os primeiros seres humanos. Através
do movimento do corpo, da batida do coração, do caminhar, os seres humanos
criaram a dança como forma de expressão. Por meio das pinturas encontradas nas
cavernas, sabemos que homens e mulheres já dançavam desde a pré-história.
A dança é uma expressão artística que
usa o corpo como instrumento. Assim como o pintor utiliza pincéis e tela para
criar seus quadros, o bailarino serve-se do corpo.
Presente em todos os povos e
culturas, a dança pode ser executada em grupo, duplas ou solos. Pela dança se
expressa a alegria, a tristeza, o amor e todos os sentimentos humanos.
A origem e evolução da dança
Dança Primitiva
Chamamos dança primitiva aquela que
surge de maneira espontânea e é praticada por uma comunidade. Geralmente, é uma
dança usada para celebrar um ritual específico como as colheitas ou a chegada
de uma estação do ano.
Nas culturas indígenas, a dança é
usada em festas ou a fim de se preparar para a guerra. Também é utilizada nos
rituais de passagem, como o início da vida adulta.
Danças milenares
Nas civilizações antigas, como a egípcia ou a mesopotâmica, a dança tinha um caráter sagrado, sendo mais uma forma de honrar os deuses. Esse tipo de dança sobrevive até hoje em países como Índia e Japão.
Na Grécia antiga, a dança também tinha um caráter ritual, sendo usada
nos cultos aos deuses. Uma das danças mais descritas na Antiguidade era aquela
que se usava para as festas do Minotauro ou do deus do vinho, Baco.
Dança na Europa Ocidental
Com a expansão do cristianismo na
Europa, a dança perde seu caráter sagrado. A moral do cristianismo colocava o
corpo como fonte do pecado e, assim, precisava ser controlado.
Por isso, ao contrário das outras
artes, a dança não entra nas igrejas e se restringe às festas populares e às
celebrações nos castelos. Basicamente, podemos diferenciar dois tipos de dançar
na Idade Média: em pares, em roda ou formando cadeias.
Será este tipo de baile que dará
origem às danças cortesãs e mais tarde, ao balé, como o entendemos hoje.
Dança no Renascimento (sécs. XVI e XVII)
A dança no renascimento começa a
ganhar status de arte, com manuais, professores especializados e, sobretudo,
pessoas que se dedicam a estudá-la.
Foi na Itália que a palavra “balleto”
surgiu. Através do casamento da princesa florentina Maria de Médici com o rei
da França, Henrique IV (1553-1610), este tipo de dança chegou à França. Maria
de Médici (1575-1642) introduziu o “balleto” na corte francesa. Ali, a palavra
se transformaria em balé e ganharia destaque como arte digna a ser praticada
pela corte.
Posteriormente, na corte do rei Luís
XIV (1638-1715), começavam os primeiros balés dramatizados, com coreografia,
figurinos e que narravam uma história com início, meio e fim. É importante
destacar que este rei usou o balé para afirmar sua figura de monarca
absolutista.
Na corte do Rei-Sol, destaca-se o compositor Jean-Baptiste Lully
(1632-1687), que escreveu música para as coreografias e diretor da Academia
Real de Música.
Saber dançar torna-se fundamental na
educação dos nobres. As danças mais conhecidas eram o minueto, a gavote, a
zarabanda, a allamande e a giga.
No final do século XVIII, na Áustria
e no Império Alemão, surge a valsa. Inicialmente, a dança causa escândalo, pois
é a primeira vez que os casais dançam abraçados e de frente para o outro. Este
ritmo vai se espalhar por toda Europa e chega ao Brasil com a vinda da corte
portuguesa.
Até hoje, a valsa está presente nos
bailes de debutantes e casamentos.
Dança no Romantismo (séc. XIX)
No século XIX, com o surgimento do
movimento artístico romântico, o balé se consolida como forma de expressão
artística.
Com a ascensão da burguesia e a
construção dos grandes teatros, o balé deixa os salões dos palácios, para se
tornar um espetáculo. Também na ópera, outra manifestação artística de peso
nesta época, era praticamente obrigatório incluir um número de dança.
No entanto, será na corte russa que o
balé alcançará o auge da criação artística. O compositor Piotr Ilitch
Tchaikovsky (1840-1893), autor de obras como “O Lago dos Cisnes” e “O
Quebra-nozes”, marcou a criação dos balés românticos.
Cena do balé
"O Lago dos Cisnes", de Tchaikovsky
No final do século XIX, as antigas colônias
americanas começam a criar sua própria reinterpretação da música e da dança
europeias. Desta maneira, surge o canto gospel, nos Estados Unidos; o choro e
o samba, no Brasil; e
o tango, na Argentina e no
Uruguai.
Dança Moderna (séc. XX)
A dança moderna será a ruptura do
balé clássico promovida na virada do século XIX para o XX.
Com o crescimento das cidades e da
expansão das indústrias, parte da sociedade já não se identificava com aquele
tipo de espetáculo do balé clássico. Surgem nomes como Isadora Duncan
(1878-1927), uma das primeiras a romper com os movimentos rígidos, o figurino
de tutus, e os cenários grandiosos.
Isadora Duncan preferia roupas
simples, dispensava cenários e dançava descalça. Sua obra abriu várias
possibilidades para novas linguagens na dança contemporânea.
Dança Contemporânea (sécs. XX e XXI)
Denomina-se dança contemporânea toda
aquela criada a partida da década de 60, do século XX.
Continuando as experimentações da
dança moderna, os criadores contemporâneos misturam teatro e dança, acabam com
a figura do solista, e proporcionam maior igualdade entre o homem e a mulher no
palco.
Há grupos que, inclusive, chegam a
dispensar a música em suas coreografias. A busca de novas linguagens é
fundamental para a dança contemporânea.
A História da dança no Brasil
A dança no Brasil é o resultado da
fusão entre os costumes indígenas, africanos e portugueses.
A maneira de movimentar dos indígenas e africanos era bem diferente
daquela que os europeus conheciam. Os africanos escravizados dançavam para
honrar seus orixás e aquela forma de mover o corpo escandalizava os
portugueses.
Um dos bailados criados, no século
XIX, pelos negros escravizados, foi a "umbigada". Esta consistia na
aproximação de um casal com maneios do corpo até tocarem levemente o quadril.
Outra dança elaborada no Brasil foi o
maxixe. Neste baile, os casais se abraçavam e davam pequenos saltos. Este foi
um gênero popular que conquistou compositores como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga.
No Nordeste brasileiro, uma das
danças mais destacadas é o Frevo. Este se caracteriza por uma fusão entre a marcha, o
maxixe e passos da capoeira.
História da dança!
"Só
quando danço me liberto do tempo: esvoaçam as memórias, levantam voo de mim.» -
Mia Couto
A
história da dança enriquece sua cultura
pessoal e o faz compreender melhor a evolução de todos os estilos de dança e se
a arte da dança é tão atraente para muitos
brasileiros, é certamente porque a dança está enraizada em nossa cultura!
OS PRIMEIROS DANÇARINOS DA PRÉ-HISTÓRIA
nas cavernas as antigas representações dos dançarinos!
A existência
da dança remonta aos tempos pré-históricos: em algumas cavernas européias,
africanas ou asiáticas, há desenhos dos primeiros homens que praticavam essa
arte. O homem primitivo pintava nas paredes das grutas, cavernas e galerias
subterrâneas cenas de caça e rituais que representavam a caçada. Acreditavam
ser possível, pela representação pictórica, alcançar determinados objetivos,
como abater um animal, por exemplo.
Graças ao
trabalho meticuloso dos arqueólogos contemporâneos, foram encontradas tumbas
decoradas com desenhos de dançarinos no Egito e até mesmo gravuras semelhantes
nas rochas de Bhimetka, na Índia. Estas pedras têm mais de 30.000 anos!
Essas
gravuras são particularmente valiosas para os historiadores da arte. Na
verdade, como a dança é composta de movimentos abstratos, é difícil datar sua
origem com precisão.
A dança é
considerada essencial para a evolução da civilização.
Como os
primeiros homens ainda não tinham nenhuma linguagem oral, o movimento do corpo
ocupava o papel principal na comunicação. As tribos poderiam assim se
reconhecer e se relacionar por meio dessa linguagem corporal.
Foi no ano de
2.000 a.C. no Egito, no meio do deserto que surgiram as danças da chuva. Essa
dança é conhecida não só no Egito, mas em muitas outras tribos e lugares.
Foi
aproximadamente em 4.000 a.C. que a técnica da dança começou a aparecer. Alguns
homens começaram a desenvolver danças religiosas, incorporando movimentos como
o espacate, as danças em casal ou torneios. Graças à simetria dos dançarinos e
às novas sequências coreográficas, a dança começou a se tornar graciosa e
harmoniosa.
A arte da
dança não deve ser subestimada: na verdade, é uma das mais antigas, sem as
quais nossos antepassados teriam dificuldade para se comunicar!
Dança durante a Antiguidade
É mesmo
durante o período da Antiguidade que a dança ganhou importância na sociedade!
Durante o
Egito dos faraós, as técnicas de desenho evoluíram, permitindo que os
arqueólogos aprendessem mais sobre a prática desta arte.
Na época, os
dançarinos egípcios mostraram flexibilidade levantando as pernas muito alto
para trabalhar o equilíbrio corporal.
Embora a
dança fosse importante no Egito Antigo, é principalmente na Grécia que esta
arte ganhou um lugar relevante!
Os
dançarinos da civilização grega praticavam:
- Danças religiosas,
- Danças
dramáticas,
- Danças
líricas
- Danças
especiais, etc.
Na Ilíada e
na Odisséia, Homero se baseia em danças realmente praticadas pela
civilização grega, especialmente durante o rito do casamento. A dança é acima
de tudo coletiva: os homens e as mulheres se seguram pelos punhos enquanto
dançam em círculos.
A dança mais
popular na época da antiguidade continua a ser a dionísica. Na verdade, a arte da dança era
vista como um meio de comunicação entre mortais e imortais. O povo grego
dançava durante rituais religiosos em homenagem ao deus Dionísio, embora a dança
também estivesse presente em outros rituais.
O jovem Baco e seus seguidores, (1884) de
William-Adolphe Bouguereau.
Nas festas dionísicas, a dança era expressão
presente e embalava os participantes.
Na
obra De Saltatione, Lucian de Samosata explica a importância da
dança:
"Aqueles que falaram verdadeiramente de sua
origem afirmam que nasceu no momento da criação de todas as coisas e que é tão
antigo quanto o Amor, o mais antigo dos deuses. "
A dança
tinha diversas funções para os antigos:
- Se comunicar e criar amizades durante as
interações sociais,
- Rezar
para um deus durante cerimônias oficiais e rituais religiosos,
- Para
curar enfermos, especialmente durante as danças macabras,
- Expressar
sentimentos ao sexo oposto ou à família
Cada dança
antiga expressava um sentimento particular. A emmélie e
a gymnopédique eram danças lentas e sérias que traziam um
sentimento trágico. Pyrrhics e sicinnis, danças
mais rápidas, expressaram um sentimento satírico. Por fim, cordace e hyporchème,
danças vivas e energéticas, expressaram a alegria dos dançarinos.
Homens,
mulheres e crianças nem sempre praticavam os mesmos estilos de dança. Na verdade, a dança
era acima de tudo um meio de distinguir a condição social, sexo, idade e país
de origem de dançarinos antigos.
Dança na Idade Média
A Idade
Média foi um período sombrio para esta bela arte que é dança!
Na Idade Média, a dança era praticada em grupos, com alegria e bom
humor!
É
particularmente difícil conhecer a história da dança na Idade Média. Durante
estes séculos, apenas uma pequena elite (nobres ou clérigos) sabia escrever e
ler. Há, portanto, poucos registros sobre a dança da Idade Média, já que ela
era sobretudo praticada pelo povo.
A Igreja Cristã
viu a dança como uma atividade sem escrúpulos. As danças noturnas eram tidas
como libertinagem condenada: esta última tentou proibir completamente a arte,
sem nunca conseguir extinguí-la de fato.
Gradualmente, as danças religiosas começaram a desaparecer para dar
lugar a novas formas de dança!
A partir do
século VI, os povos europeus inventaram estilos de danças divertidas para
praticar em grupos em torno de um cantor. A dança e a música eram duas
atividades inseparáveis: as pessoas reproduziam o coro do cantor enquanto
dançava ao seu redor.
Descubra as
principais danças do período medieval:
- Estampie: era
apreciada pela corte francesa, uma espécie de sapateado acompanhado por
música instrumental;
- Saltarello: popular entre as cortes medievais e renascentistas italianas.
Leve e alegre, era uma “dança saltitante”
- Carola: modalidade de maior registro de dança na Idade Média, desde os
séculos XII e XIII. Praticada por um grupo de dançarinos de mãos dadas e
em círculos.
- Branle: uma dança de camponeses onde os dançarinos seguiam o líder.
- Tarantela: popular entre os séculos XIV e XV na região da Campania, Itália - daí a origem de seu nome que deriva de Taranto, cidade no sul da Itália. Consiste na troca rápida de casais, e o ritmo aumenta progressivamente.
Dança popular entre as cortes medievais e renascentistas italianas, o
Saltarello é leve e alegre: era uma “dança saltitante”. Danse champêtre
dans les environs de Rome. Françoise Pinelli - 1800/1825 - Museo di
Roma.
A arte da
dança moderna
Foi no
século 18 que surgiu uma dança bem conhecida do dançarino profissional: o balé!
A palavra
"balé" (ballet) vem do termo italiano "balletto",
diminutivo do "ballo", que significa "dança". "Ballo"
é etimologicamente ligado ao latim "ballo, ballare", que
significa "dançar". A ortografia francesa "ballet" é
usada de forma idêntica em inglês e em alguns dicionários brasileiros.
Originalmente,
"um balé é um gênero dramático cuja ação é representada por pantomimas
e bailarinas" (Wikipedia).
A dança
clássica foi particularmente popular na França e na Itália. Jean-Baptiste Lully
contribuiu para essa popularidade graças às composições que ele interpretou
tanto na corte dos reis, mas também na Ópera National de Paris. Graças à emoção dessas apresentações, o balé de
ação tornou-se um meio de comunicação sob o regime político para transmitir uma
mensagem sutil
Na história da dança clássica, as mulheres demoram para ocupar o papel
principal nos palcos.
As cinco
posições da dança clássica
Pierre
Beauchamp, dançarino e coreógrafo na corte, figura emblemática dessa bela
dança, registrou as cinco posições da dança clássica. É a ele que se
credita a invenção do primeiro sistema de notação gráfica da coreografia:
- Primeira posição: junte seus calcanhares de forma que a ponta de seus pés apontem
para direções opostas. Certifique-se de que suas pernas estejam viradas a
partir das coxas. Não vire apenas os joelhos, ou você pode se lesionar.
- Segunda
posição: igual à primeira, mas posicionando um dos
pés a um pé de distância. Mantenha os dedos virados para fora.
- Terceira
posição: essa posição é como a primeira, mas cruze o
calcanhar do pé à frente para o meio (peito do pé) de seu pé traseiro.
- Quarta
posição: Posicione seus pés para fora, mas posicione
seu pé frontal a cerca de 15cm à frente de seu pé traseiro. Isso pode ser
feito a partir do primeiro passo ou do terceiro.
- Quinta posição: Similar à primeira, mas você posiciona o calcanhar de seu pé
frontal no dedão do pé traseiro.
As máscaras
costumavam ser usadas para favorecer a linguagem corporal das dançarinas.
Os trajes
dos dançarinos ajudaram os artistas a se sentir mais livres, um sentimento
igualmente procurado pelos aprendizes de hoje. Os sapatos e as roupas ajudaram
a acentuar a fluidez do corpo e foi nessa época que a famosa sapatilha meia
ponta nasceu.
Graças à
evolução da dança, hoje assistimos à popularização da arte. Vestimentas mais
confortáveis, aulas acessíveis e movimentos libertadores.
Ao mesmo
tempo, alguns dançarinos descobriram danças eruditas, criando coreografias
refinadas e complexas. Em um ritmo rápido, os artistas tiveram que provar
inteligência e concentração infalível para poder executar perfeitamente os
movimentos.
As danças eruditas, no entanto, eram
reservadas para uma elite; elas agora são acessíveis a todos, graças às aulas
particulares de dança ou à grande quantidade de festivais de dança anuais!
História da dança clássica no Brasil
As danças que aconteciam nos palácios em
comemorações à corte no século XVI chegaram ao Brasil com D. João VI. (1769 –
1826) que fugindo da invasão napoleônica, trouxe e início do século XX,
companhias de ópera francesas e italianas se apresentaram no Brasil, Com elas
vieram os balés que faziam parte das apresentações. (Rengel e Langendonck 2006,
p 68).
No Brasil,
acredita-se que o primeiro balé foi dirigido por Lacombe e apresentado em 1813
no Real Teatro de São João, no Rio de Janeiro.
Só depois de
um século que o interesse permanente pelo balé aconteceu, com a atuação da
Companhia de Diaghilev (com Nijinski, Massine, Karsavina e Lidia Lepokova) no
Teatro Municipal do Rio de Janeiro, seguida da visita da Companhia de Ana
Pavlova.
A bailarina Maria Olenewa, na foto por volta de 1930, fundou a primeira
escola de dança do Brasil.
A história
do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro começa em 1927, quando
a bailarina Maria Olenewa (1896-1965) fundou a primeira escola de dança do
Brasil, sediada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Olenewa, integrante da
Companhia de Bailados de Leonide Massine, que lecionara na Escola de Danças do
Teatro Colón de Buenos Aires e dançara no Brasil em 1921, fixou residência no
Rio de Janeiro. Animada com as aulas particulares de balé que ministrava na
cidade, tomou a iniciativa de propor a criação da Escola de Dança, dando início
à formação de bailarinos para integrar um futuro Corpo de Baile.
Lá se
formaram, entre outros, Berta Rosanova, Leda Yuqui, Madeleine Rosay e Carlos
Leite. Mais tarde, outros nomes surgiram como Dalal Achcar e Márcia Haydée.
Outros
corpos de baile foram criados por Vaslav Veltchek, Aurélio Milloss, Carlos
Leite e Sansão Castelo Branco, Tatiana Leskova, Nina Verchinina, Dalal Achcar.
Entre os
bailarinos da nova geração vale também citar Davi Dupré, Aldo Lotufo, Marcia
Haydée, Beatriz Consuelo, Sandra Dicken, Dennis Gray, Alice Colino, Ana
Botafogo, Noêmia Wainer.
Podemos
mencionar também muitos compositores que contribuíram com partituras: Villa-Lobos,
Lorenzo Fernandes, Luís Cosme, Alberto Nepomuceno, Heckel Tavares, Cláudio
Santoro.
Já na
cenografia outros nomes marcaram a história: Di Cavalcanti, Burle Marx, Nilson
Pena, Belá Pais Leme, Darci Penteado e Fernando Pamplona. Poetas como Manoel
Bandeira e Vinícius de Morais contribuíram com libretos.
A história
do Theatro Municipal do Rio de Janeiro se confunde com a história da dança
clássica no Brasil.
História da dança contemporânea no Brasil
É dança o que de bom se fez no passado, o que de
bom se faz agora e o que de bom se fará no futuro, e será dança aquilo que
contribuir efetivamente, aquilo que se somar positivamente às experiências
vividas por gerações de artistas que dedicaram suas existências ao plantio e
cultivo de uma arte cujos frutos surgem agora, não apenas nos nossos palcos,
mas nas telas dos nossos cinemas e das nossas televisões, deixando de ser algo
cultivado por uma pequena elite para se transformar num meio de entretenimento
dos mais populares nas últimas décadas. (FARO, 1986, p. 130).
Foi no
século 20 que a dança começou a aparecer como é geralmente praticada hoje!
Desejando se
afastar da reputação que o balé ganhou de dança "intelectual", alguns
coreógrafos contribuíram para popularizar a dança moderna, bem como a dança do
jazz moderno. A dança clássica era considerada como uma prática voltada para o
grupo; já a dança moderna favoreceu a liberdade do dançarino como tal.
Após a
Segunda Guerra Mundial, foi a vez da dança contemporânea se tornar popular!
Alguns
teóricos remetem a origem da dança contemporânea aos experimentos dos artistas
pós-modernos do movimento Judson Dance Theater, iniciado na década de
1960, nos Estados Unidos.
Incorporando
movimentos de diferentes estilos (jazz, dança moderna, dança clássica ...), a
dança contemporânea tem foco na mudança de ritmo e na improvisação. O dançarino
de contemporânea busca, acima de tudo, expressar sua independência e
criatividade por meio de movimentos que são rápidos e lentos, exigindo uma
técnica precisa.
O Grupo
Corpo é uma companhia brasileira de dança contemporânea reconhecida
internacionalmente que atua há mais de 40 anos desenvolvendo espetáculos de
dança.
No Brasil, a
dança contemporânea teve o seu início em meados da década de 40, por meio do
casal Klauss Ribeiro Viana e Angel Vianna.
Preparador
corporal, bailarino, professor, Klauss foi introdutor de um método próprio
voltado para a corporalidade expressiva de atores e bailarinos. Pioneiro na
pesquisa e desenvolvimento da técnica somática, criada com o objetivo de
proporcionar a consciência corporal dos seus praticantes, trabalhando corpo e
mente, além da manutenção de sua saúde. Utilizou técnicas que ampliam o
treinamento técnico em dança. Ele também foi o primeiro bailarino a utilizar o
termo “expressão corporal” no Brasil.
A dança
surge de processos internos, de como nossos músculos se movem, como os ossos se
encaixam e como colocamos emoção em nossa massa. Daí a ideia de buscar a dança
que existe dentro de cada um. Quanto mais levarmos em conta essa dimensão
existencial revelada por meio do nosso corpo, mais proveitoso poderá vir a ser
o trabalho realizado e mais rico o resultado, escreve Klauss.
O contato improvisação é uma técnica de movimento criada na década de
1970 por um grupo de coreógrafos e bailarinos norte-americanos, ligados à dança
moderna, linguagem ainda emergente na época.
É pelas mãos
de Klauss Vianna que os bailarinos brasileiros começam a abandonar as
sapatilhas e a usar o corpo como instrumento de criação pessoal. Seu trabalho
no Teatro Ipanema permite ao grupo aprofundar sua proposta não realista e
definir, na linha de interpretação, o teatro ritualístico que caracteriza as
montagens mais importantes da equipe.
Foi Klauss
que assinou a expressão corporal de Roda Viva, de Chico
Buarque, 1968.
No Rio de
Janeiro, a Escola Angel Vianna continua a difundir seu método na formação
profissional de bailarinos, atores, coreógrafos e terapeutas corporais, escola
que se torna curso superior em 2001.
Dança contemporânea
A dança
contemporânea permite desalojar velhos padrões não só de movimento, mas de
formas de pensar. É preciso deixar de lado certos valores para se espreguiçar
no chão ou improvisar mesmo sabendo que, para quem olha de fora, você pode
parecer ridículo.
A
reconhecida coreógrafa alemã Pina Bausch escolhe os bailarinos não pela
técnica, mas pelo que pensam. Para isso, passa dois ou três dias com as pessoas
antes de elegê-las ou não.
Angel
Vianna, professora, bailarina e companheira de vida de Klauss Vianna, diria que
talento tem muito pouco a ver com dançar. É ao experimentar livremente que as
capacidades se afloram. A dança contemporânea já valeria por nos devolver o
corpo como forma de expressar nossa individualidade.
Desde o
século 20, as escolas de dança têm ensinado estilos muito mais variados do que
antes:
- Axé
- Bachata
- Baião
- Balé
- Bolero
- Break
- Capoeira
- Carimbó
- Country
- Dança
contemporânea
- Dança
de roda
- Dança
de rua
- Dança
do ventre
- Dança
moderna
- dança de salão
- Fandango
- Flamenco
- Forró
- Foxtrot
- Frevo
- Funaná
- Funk
- Hip hop
- Jazz
- Jive
- Kizomba
- Lambada
- Lindy
Hop
- Maracatu
- Merengue
- Pagode
- Pasodoble
- Polca
- Pole
Dance
- Pop
Latino
- swing
- Salsa
- samba
- sapateado
- Tango
- Zouk
- zumba
POSTADA EM 20.05
RECEBER EM 27.05
1.- APÓS A LEITURA DOS TEXTOS , OS AUTORES DESCREVEM VÁRIAS MOTIVAÇÕES ( OS OBJETIVOS ) QUE LEVOU E LEVA O SER HUMANO A DANÇAR. RELATE ESSAS MOTIVAÇÕES NOS DIFeRENTES PERÍODOS DA EVOLUÇÃO HUMANA .
2- NO BRASIL DESCREVA COMO A DANÇA SURGE E QUAIS AS INFLUENCIAS E SUAS MOTIVAÇÕES .
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