1ª Aula de Literatura - Profª.: Helayne Araújo
Assunto: Texto literário e Não-literário
Turmas: 100 e 101
Referente a semana 27/04 a 01/05/20
Texto literário e texto não-literário
Qual a diferença entre texto literário e texto não-literário?
As principais diferenças entre os textos literários e não-literários
estão no objetivo e no modo como são construídos.
Os textos literários são textos narrativos e/ou poéticos e sua principal
função é entreter. Os textos não-literários são textos cujo principal objetivo
é transmitir informações, e não contém os mesmos elementos narrativos e
artísticos dos textos literários.
Texto literário
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Texto não-literário
|
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O que é
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Textos
narrativos e/ou poéticos que possuem elementos artísticos e tendem a causar
emoção.
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São textos
informativos e objetivos.
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Função
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Estética.
Destinam-se ao entretenimento, à arte e à ficção.
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Utilitária.
Sua função é informar, convencer, explicar, comunicar.
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Linguagem
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Subjetiva
e conotativa.
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Objetiva e
denotativa.
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Características
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Utiliza
elementos como a musicalidade, figuras de linguagem, multissignificação e
possuem liberdade na criação.
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Linguagem
objetiva e clara.
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Normas
gramaticais
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Costuma
subverter a gramática normativa.
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Geralmente
adota a gramática normativa.
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Elemento
de composição
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Ficção,
baseada na imaginação do artista.
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Utiliza
fatos e informações.
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Análise
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A leitura de um texto literário inclui a busca de
metáforas e simbolismos.
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Analisar um texto não-literário requer
confirmação dos fatos, conhecimento, desenvolvimento de habilidades e
realização de tarefas.
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Exemplos
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Poesias, novelas, histórias e dramas.
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Diários pessoais, notícias, receitas, jornais e
artigos.
|
O que é texto literário?
Os textos literários são baseados na imaginação do escritor/artista e,
portanto, são subjetivos. Com a função de entreter o leitor, esse
tipo de texto está intimamente relacionado com a arte. Por ser um texto
artístico, não tem compromisso com a objetividade e com a transparência das
ideias.
O texto literário possui caráter estético e não somente
linguístico, cuja interpretação e significação variam de acordo com a
subjetividade do leitor. É comum o uso de figuras de linguagem, assim como a
subversão à gramática normativa.
Exemplos de textos literários
·
Novelas;
·
Contos;
·
Fábulas;
·
Dramas;
·
Poemas.
O que é texto não-literário?
Os textos não-literários são informativos. Sua composição
utiliza fatos para comprovar um ponto e a escrita é feita de forma objetiva.
A informação nos textos não-literários deve ser passada de modo a
facilitar a compreensão da mensagem. Por isso, o texto deve ser escrito de
forma clara, de modo que o leitor não tenha dificuldades para compreender as
informações.
Exemplos de textos não-literários
·
Documentos;
·
Receitas;
·
Livros didáticos;
·
Artigos acadêmicos;
·
Manuais de instrução.
Segue alguns links para
aprofundamento do assunto sobre Prosa e Verso:
https://www.youtube.com/watch?v=0v-PO23kK2I
– Revisão sobre O QUE É LITERATURA?
https://www.youtube.com/watch?v=BydAbdmMsAw
– Aula sobre Prosa e Verso
https://www.youtube.com/watch?v=cEFOZXiLWlM – Aula sobre Prosa e Verso
https://www.youtube.com/watch?v=xIzqg5YKhnY
– Aula sobre Prosa e Verso
Segue alguns links para aprofundamento do assunto:
https://www.youtube.com/watch?v=lJY2ppil0uY
– Aula sobre Texto literário e não-literário
https://www.youtube.com/watch?v=Vgxf4eDSADM – Aula sobre Como interpretar um Texto Literário
Textos em Prosa e Verso
Na aula de hoje veremos as diferenças básicas entre o verso e a prosa, que são formas textuais que podem (e vão!!!) aparecer para você no Enem . Por que isso é importante? Algumas questões usam uma terminologia muito ao encontro das definições que veremos a seguir, por exemplo: “na estrofe abaixo…” ou “no segundo verso…”.
A prosa, portanto, é aquele texto que ocupa a
página toda. Ou seja, de margem à margem, o autor expõe suas ideias com
períodos simples e compostos numa estrutura que conta, na maioria das vezes,
com parágrafos.
Como exemplo, temos os contos, as crônicas e a maioria
dos romances. Quando se trata de textos literários, deve-se considerar muito a
autonomia do autor, que pode dar traços de poesia à sua prosa (como a rima), no
entanto, sem desobedecer drasticamente as normas gramaticais.
O
verso, por outro lado, é aquela forma de escrever que não usa a folha toda, ou
seja, a ideia é passada em pedacinhos que, juntos, fazem sentido, forma frases
e, por fim, um poema, o qual pode conter ritmo.
Abaixo, temos
um esquema que procura facilitar a explicação:
Digamos que o verso seja
a menor parte de um poema. Um
conjunto de versos forma uma estrofe e,
finalmente, algumas estrofes compõem um poema.
É
preciso considerar que há, na literatura, formas fechadas de se escrever um
poema, como os sonetos que possuem uma métrica (estilo
e regras para a escrita de um poema). Hoje, contudo, a poesia
pode ser sinônimo, às vezes, de liberdade textual e desapego às regras fechadas
que muito se viu anteriormente na história literatura.
No Enem é bem provável que apareça a
interpretação de algum poema ou prosa, mas é interessante perceber que, além de
saber diferenciar essas duas formas textuais, há que se considerar também o
sentido que o autor procura dar ao texto.
Prosa é um texto “comum”, escrito em parágrafos. Como
exemplo para você ver e logo reconhecer o estilo de prosa utilizamos abaixo
o divertido ‘O homem trocado’, de Luís Fernando Veríssimo.
Leia e perceba que o autor lança mão também de muitos
diálogos em seus textos, dando a eles agilidade. O título é O Homem Trocado.
O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda
está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi
tudo bem.
– Tudo perfeito – diz a enfermeira,
sorrindo.
– Eu estava com medo desta
operação…
– Por quê? Não havia risco nenhum.
– Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos… E conta
que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca de bebês no
berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca
entenderam o fato de terem um filho claro com olhos redondos. Descoberto o
erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua verdadeira mãe, pois
o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de
um bebê chinês.
– E o meu nome? Outro engano.
– Seu nome não é Lírio?
–
Era para ser Lauro.
Se
enganaram no cartório e…
Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo
castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira
entrar na universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na
lista.
– Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras
incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.
– O senhor não faz chamadas
interurbanas?
– Eu não tenho telefone!
Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram
felizes.
– Por quê?
– Ela me enganava.
Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia
intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca
alegria, quando ouvira o médico dizer:
– O senhor está desenganado.
Mas também fora um engano do médico.
Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.
– Se você diz que a operação foi bem…
A enfermeira parou de sorrir.
– Apendicite? – perguntou, hesitante.
– É. A operação era para tirar o apêndice.
– Não era para trocar de sexo?
Agora, veja as características de um texto em Versos
Os
poemas são escritos em versos. Os poemas podem ter rimas (mas não
obrigatoriamente). Muitas vezes há uma preocupação com o ritmo, a musicalidade
da poesia.
Convite
Poesia / é brincar com palavras / como se
brinca / com bola, papagaio, pião.
Só que / bola, papagaio, pião / de
tanto brincar / se gastam.
As palavras não: quanto mais se brinca / com
elas / mais novas ficam.
Como a água do rio / que é água sempre
nova.
Como cada dia / que é sempre um novo dia. / Vamos brincar de poesia?
Para você entender: Todo texto literário apresenta dois planos
essenciais: o plano de forma e o de conteúdo.
A FORMA envolve
a construção do texto, ou seja, o vocabulário, a sintaxe, a sonoridade, as imagens,
a disposição das palavras no papel. São os aspectos linguísticos e gráficos do
texto.
O CONTEÚDO é
o plano das ideias. O conteúdo envolve os significados do texto e as suas
relações com o mundo.
Por
exemplo: há autores que privilegiam mais a forma. Os poetas parnasianos, por
exemplo, tinham grande preocupação com a forma (rimas, métrica etc.). Tudo
deveria estar perfeito. Já os modernistas preferem caprichar no conteúdo e
muitas vezes desprezam as rimas.
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