AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA - Turmas: 100 e 101
PROFª.: HELAYNE ARAÚJO
Referente a semana 04/05 a 08/05/2020
SEMÂNTICA
A semântica, palavra
derivada do grego, é o estudo do significado, do sentido e da interpretação do
significado de uma palavra, signo, frase ou de uma expressão. Neste campo de
estudo da Linguística, também são analisadas as mudanças de sentido que podem ocorrer
nas formas linguísticas devido a alguns fatores, como, por exemplo, o tempo e o
espaço geográfico.
As
atribuições da Semântica
Na
Língua Portuguesa, o significado das palavras leva em consideração os conceitos
descritos a seguir:
Sinonímia
Relação
estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou
semelhantes, ou seja, os sinônimos.
Exemplos:
bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico – engraçado.
Antonímia
Relação
estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados
diferentes, contrários, ou seja, os antônimos.
Exemplos:
bondoso – maldoso; bom – ruim; economizar – gastar.
Homonímia
Relação
estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados
diferentes, apresentam a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos. Os
homônimos subdividem-se em palavras homógrafas, homófonas e perfeitas:
Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém
diferentes na pronúncia.
Exemplos:
gosto (substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente indicativo) /
conserto (substantivo) – conserto (1ª pessoa do singular do presente
indicativo);
Homófonas – São as palavras iguais na pronúncia, porém
diferentes na escrita.
Exemplos:
cela (substantivo) – sela (verbo) / cessão (substantivo) – sessão
(substantivo);
Perfeitas: São as palavras iguais tanto na pronúncia como na
escrita.
Exemplos:
cura (verbo) – cura (substantivo); cedo (verbo) – cedo (advérbio).
Paronímia
Relação
estabelecida entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes,
porém são muito semelhantes na pronúncia e na escrita, ou seja, os parônimos.
Exemplos:
emigrar – imigrar; cavaleiro – cavalheiro; comprimento – cumprimento.
Polissemia
A
polissemia caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui de
apresentar vários significados.
Exemplos:
Hidrate as suas mãos (parte do corpo humano) – Ele abriu mão dos seus direitos
(desistir).
Hiperônimo
É
uma palavra pertencente ao mesmo campo semântico de outra, mas com o sentido
mais abrangente.
Exemplo:
A palavra “flor”, que está associada aos diversos tipos de flores, como rosa,
violeta etc.
Hipônimo
O
hipônimo é um vocábulo mais específico, possui o sentido mais restrito que os
hiperônimos. Exemplo: “Observar”, “olhar”, “enxergar” são hipônimos de “ver”.
Conotação
e denotação
Na conotação, a palavra é empregada com um
significado diferente do original, criado pelo contexto, diferente do que está
no dicionário da língua, utilizado no sentido figurado. Exemplo: Ela tem um
coração de pedra! Já na denotação, a palavra é empregada em seu sentido
original, com o significado que encontramos quando consultamos o dicionário, o
sentido literal.
Exemplo: O voo dos pássaros é admirável.
PRESSUPOSTOS
Uma
informação é considerada pressuposta quando um enunciado depende dela para
fazer sentido.
Considere,
por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando Patrícia voltará para casa?”. Esse
enunciado só faz sentido se considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos
temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso Patrícia se encontre em
casa, o pressuposto não é válido, o que torna o enunciado sem sentido.
Repare que as informações pressupostas estão
marcadas através de palavras e expressões presentes no próprio enunciado e
resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no enunciado “Patrícia ainda não
voltou para casa”, a palavra “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é
dada como certa pelo falante.
SUBENTENDIDOS
Ao
contrário das informações pressupostas, as informações subentendidas não são
marcadas no próprio enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser
entendidas como insinuações.
O uso de
subentendidos faz com que o enunciador se esconda atrás de uma afirmação, pois
não quer se comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos são de
responsabilidade do receptor, enquanto os pressupostos são partilhados por
enunciadores e receptores.
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações
subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e pensamentos da
sociedade para criar subentendidos. Já a anedota é um gênero textual cuja
interpretação depende a quebra de subentendidos.
Implícitos:
É a informação
subentendida (não esta escrito no texto) que dependerá das características e
conhecimento prévio da situação pelas pessoas envolvidas.
Exemplo: Graças a Deus, João parou de
beber.
As informações
implícitas podem ser várias como: o autor da frase viu de forma
positiva ele parar de beber, João bebia antes, João bebia demais, João era um
alcoólatra.
Na linguística, a ambiguidade
ou anfibologia ocorre quando um trecho, uma sentença ou uma expressão
linguística apresentam mais de um entendimento possível, gerando
problemas de interpretação no enunciado e dificuldades de comunicação. A
ambiguidade é um problema muito comum e presente em diversas construções textuais e orais, estando
muitas vezes relacionada à escolha do léxico (escolha das palavras) e
à sintaxe (disposição das palavras) da
sentença.
Ambiguidade
como vício de linguagem
A ambiguidade é vista como
um vício de linguagem, isto é, como um desvio
das normas padrão estabelecidas para a língua portuguesa. Embora seja
aceitável na linguagem lírica e poética, devido à maior liberdade criativa
nesse tipo de escrita, a ambiguidade é um vício que deve ser evitado
em textos
jornalísticos, acadêmicos e, mesmo, durante a
comunicação informal enquanto troca de informações objetivas e precisas, já que
causa problemas na interpretação dessas informações.
Tipos de
ambiguidade
A língua portuguesa apresenta
alguns tipos específicos de ambiguidade que ocorrem devido à
maneira como o próprio idioma estabelece-se. Vamos conhecer esses tipos vendo
exemplos e maneiras de evitá-los.
Uso
indevido de pronomes possessivos
Costuma ocorrer quando há
mais de um sujeito na sentença e qualquer pronome possessivo ou termo que
indique posse, não ficando claro a qual sujeito se estabelece a relação de
posse. Exemplo:
Andréia pediu a Fabiano que
pegasse sua mochila na sala.
A mochila era de Andréia ou de
Fabiano? Para evitar esse tipo de ambiguidade, evite usar o pronome seu ou sua nesses
casos e use dele ou dela:
Andréia pediu a Fabiano que
pegasse a mochila dele/dela na sala.
Colocação
inadequada de palavras
Ocorre quando a sintaxe da frase prejudica o
entendimento. Exemplo:
O garoto mal-humorado resmungou
durante a prova.
O garoto é sempre mal-humorado ou
estava mal-humorado apenas durante a prova? A posição em que
se coloca o termo mal-humorado pode definir isso, além de
outras construções dando maiores detalhes sobre o garoto (nesse caso,
deixaremos o termo explicativo entre vírgulas):
• Mal-humorado, o garoto resmungou durante a
prova.
• O garoto, sempre
mal-humorado, resmungou durante a prova.
Uso de
forma indistinta entre o pronome relativo e a conjunção integrante
Ocorre quando há uso indistinto
de um termo que pode servir como pronome relativo (aquele que retoma um
antecedente, representando-o no início de uma oração) ou como conjunção
integrante (aquela que introduz orações substantivas) dependendo de onde
ele é encaixado na frase. Exemplo:
A mãe avisou à filha que estava
terminando o serviço.
Quem terminava o serviço: a mãe ou a filha?
Novamente, é possível solucionar esse problema mudando a posição das orações.
• À filha, a mãe avisou que estava terminando o
serviço.
• A mãe avisou à filha, que estava terminando o
serviço.
Uso
indevido de formas nominais
Ocorre quando a ambiguidade
aparece em contextos de uso de verbos na forma nominal (gerúndio, particípio ou
infinitivo). Exemplo:
A garota viu o vizinho correndo.
Quem estava correndo: a garota ou o vizinho?
Mudando a posição das orações, temos o seguinte:
§ Correndo, a garota viu o vizinho.
§ A garota viu o vizinho, que
estava correndo.
ATIVIDADE:
Após o estudo do material acima, explique as imagens a seguir apontando a intenção de sentido presente em cada uma delas.
TEXTO 1:
TEXTO 2:
TEXTO 3:
TEXTO 4:
TEXTO 5:
TEXTO 6:
DATA DE ENTREGA: 14/05/2020
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