segunda-feira, 11 de maio de 2020

Língua Portuguesa - Profª.: Helayne Araújo - Turmas: 100 e 101 - Referente a semana 04/05 a 08/05/2020

AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA - Turmas: 100 e 101
PROFª.: HELAYNE ARAÚJO
Referente a semana 04/05 a 08/05/2020

SEMÂNTICA

A semântica, palavra derivada do grego, é o estudo do significado, do sentido e da interpretação do significado de uma palavra, signo, frase ou de uma expressão. Neste campo de estudo da Linguística, também são analisadas as mudanças de sentido que podem ocorrer nas formas linguísticas devido a alguns fatores, como, por exemplo, o tempo e o espaço geográfico.
As atribuições da Semântica
Na Língua Portuguesa, o significado das palavras leva em consideração os conceitos descritos a seguir:
Sinonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos.
Exemplos: bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico – engraçado.
Antonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados diferentes, contrários, ou seja, os antônimos.
Exemplos: bondoso – maldoso; bom – ruim; economizar – gastar.
Homonímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados diferentes, apresentam a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos. Os homônimos subdividem-se em palavras homógrafas, homófonas e perfeitas:
Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém diferentes na pronúncia.
Exemplos: gosto (substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente indicativo) / conserto (substantivo) – conserto (1ª pessoa do singular do presente indicativo);
Homófonas – São as palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo) / cessão (substantivo) – sessão (substantivo);
Perfeitas: São as palavras iguais tanto na pronúncia como na escrita.
Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); cedo (verbo) – cedo (advérbio).
Paronímia
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, porém são muito semelhantes na pronúncia e na escrita, ou seja, os parônimos.
Exemplos: emigrar – imigrar; cavaleiro – cavalheiro; comprimento – cumprimento.
Polissemia
A polissemia caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui de apresentar vários significados.
Exemplos: Hidrate as suas mãos (parte do corpo humano) – Ele abriu mão dos seus direitos (desistir).
Hiperônimo
É uma palavra pertencente ao mesmo campo semântico de outra, mas com o sentido mais abrangente.
Exemplo: A palavra “flor”, que está associada aos diversos tipos de flores, como rosa, violeta etc.
Hipônimo
O hipônimo é um vocábulo mais específico, possui o sentido mais restrito que os hiperônimos. Exemplo: “Observar”, “olhar”, “enxergar” são hipônimos de “ver”.
Conotação e denotação
Na conotação, a palavra é empregada com um significado diferente do original, criado pelo contexto, diferente do que está no dicionário da língua, utilizado no sentido figurado. Exemplo: Ela tem um coração de pedra! Já na denotação, a palavra é empregada em seu sentido original, com o significado que encontramos quando consultamos o dicionário, o sentido literal.
Exemplo: O voo dos pássaros é admirável.

PRESSUPOSTOS
Uma informação é considerada pressuposta quando um enunciado depende dela para fazer sentido.
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que torna o enunciado sem sentido. 
Repare que as informações pressupostas estão marcadas através de palavras e expressões presentes no próprio enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como certa pelo falante.

SUBENTENDIDOS
Ao contrário das informações pressupostas, as informações subentendidas não são marcadas no próprio enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser entendidas como insinuações. 
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos são de responsabilidade do receptor, enquanto os pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores. 
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a quebra de subentendidos. 

Implícitos:
É a informação subentendida (não esta escrito no texto) que dependerá das características e conhecimento prévio da situação pelas pessoas envolvidas.

Exemplo: Graças a Deus, João parou de beber.

As informações implícitas podem ser várias como: o autor da frase viu de forma positiva ele parar de beber, João bebia antes, João bebia demais, João era um alcoólatra.

Na linguística, a ambiguidade ou anfibologia ocorre quando um trecho, uma sentença ou uma expressão linguística apresentam mais de um entendimento possível, gerando problemas de interpretação no enunciado e dificuldades de comunicação. A ambiguidade é um problema muito comum e presente em diversas construções textuais e orais, estando muitas vezes relacionada à escolha do léxico (escolha das palavras) e à sintaxe (disposição das palavras) da sentença.

Ambiguidade como vício de linguagem
A ambiguidade é vista como um vício de linguagem, isto é, como um desvio das normas padrão estabelecidas para a língua portuguesa. Embora seja aceitável na linguagem lírica e poética, devido à maior liberdade criativa nesse tipo de escrita, a ambiguidade é um vício que deve ser evitado em textos jornalísticos, acadêmicos e, mesmo, durante a comunicação informal enquanto troca de informações objetivas e precisas, já que causa problemas na interpretação dessas informações.

Tipos de ambiguidade
A língua portuguesa apresenta alguns tipos específicos de ambiguidade que ocorrem devido à maneira como o próprio idioma estabelece-se. Vamos conhecer esses tipos vendo exemplos e maneiras de evitá-los.

Uso indevido de pronomes possessivos
Costuma ocorrer quando há mais de um sujeito na sentença e qualquer pronome possessivo ou termo que indique posse, não ficando claro a qual sujeito se estabelece a relação de posse. Exemplo:
Andréia pediu a Fabiano que pegasse sua mochila na sala.
A mochila era de Andréia ou de Fabiano? Para evitar esse tipo de ambiguidade, evite usar o pronome seu ou sua nesses casos e use dele ou dela:

Andréia pediu a Fabiano que pegasse a mochila dele/dela na sala.

Colocação inadequada de palavras
Ocorre quando a sintaxe da frase prejudica o entendimento. Exemplo:
O garoto mal-humorado resmungou durante a prova.

O garoto é sempre mal-humorado ou estava mal-humorado apenas durante a prova? A posição em que se coloca o termo mal-humorado pode definir isso, além de outras construções dando maiores detalhes sobre o garoto (nesse caso, deixaremos o termo explicativo entre vírgulas):
• Mal-humorado, o garoto resmungou durante a prova.
 O garoto, sempre mal-humorado, resmungou durante a prova.

Uso de forma indistinta entre o pronome relativo e a conjunção integrante
Ocorre quando há uso indistinto de um termo que pode servir como pronome relativo (aquele que retoma um antecedente, representando-o no início de uma oração) ou como conjunção integrante (aquela que introduz orações substantivas) dependendo de onde ele é encaixado na frase. Exemplo:
A mãe avisou à filha que estava terminando o serviço.
Quem terminava o serviço: a mãe ou a filha? Novamente, é possível solucionar esse problema mudando a posição das orações.
• À filha, a mãe avisou que estava terminando o serviço.
• A mãe avisou à filha, que estava terminando o serviço.
Uso indevido de formas nominais
Ocorre quando a ambiguidade aparece em contextos de uso de verbos na forma nominal (gerúndio, particípio ou infinitivo). Exemplo:
A garota viu o vizinho correndo.
Quem estava correndo: a garota ou o vizinho? Mudando a posição das orações, temos o seguinte:
§  Correndo, a garota viu o vizinho.
§   A garota viu o vizinho, que estava correndo.

ATIVIDADE:
Após o estudo do material acima, explique as imagens a seguir apontando a intenção de sentido presente em cada uma delas.

TEXTO 1:

TEXTO 2:


TEXTO 3:


TEXTO 4:


TEXTO 5:


TEXTO 6:




DATA DE ENTREGA: 14/05/2020


Nenhum comentário:

Postar um comentário

AULA E ATIVIDADE PROJETO DE VIDA 1º ANO

SEGUE O LINK DA AULA E ATIVIDADE PROJETO DE VIDA 1º ANO: https://drive.google.com/file/d/1treRRXIHZKZzU8cridNdyckqB55Nq-jm/view?usp=sharing ...